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Espero que gostem dos desfecho que estou dando por aqui...

— A senhora solicitou médico? — a empregada perguntou assim que a viu.

— Sim, mas ele chegou rápido! — comentou e foi até a porta. — Olá, sou Victória Sandoval!

Ele que olhava a linda vista se virou com um lindo sorriso no rosto e de imediato se reconheceram.

— Heriberto/Victória!! — disseram juntos...

Eles riram e ele nem pensou duas vezes em abraçá-la forte.

— Meu Deus, não acredito que ainda consigo te reconhecer! — brincou ao soltá-la.

— Eu que não acredito que você mesmo tão velho não mudou nada! — riu.

— Você não mudou nada, quer dizer... Meu Deus olha essa barriga! — tocou apaixonado. — Nossa Victória, quantos anos faz que não nos vemos?

— Acho que uns quinze anos! — o puxou para dentro.

— A vida passa correndo, mas me diz do que precisa? Eu estou assumindo a clinica do doutor Morreti enquanto ele viaja e nunca pensei que fosse te encontrar assim! — sorriu.

— Eu preciso que examine a minha filha, ela sumiu o dia todo e chegou completamente bêbada e tenho medo que ela tenha usado drogas! — suspirou tirando o sorriso do rosto e voltando a sua realidade.

— Quantos anos ela tem?

— Dezessete anos! — sabia que se fosse a um hospital tomaria uma bronca.

— Muito jovem para estar fazendo isso! — segurou a maleta e com a outra mão tocou seu ombro. — Me mostre onde ela esta e eu a examino, depois peço para trazerem o que preciso porque como estava perto vim de imediato para saber do que se tratava.

— Eu agradeço por ter chegado tão rápido! — subiu com ele e no corredor encontrou Victoriano.

— Maria está tentando controlá-la, mas está difícil! — contou nervoso por não poder fazer nada. — Eu ia entrar, mas não queria ser inconveniente e ela ainda não está vestida! — alertou por causa do medico.

Victória entrou no quarto e pediu que ele esperasse ali por alguns minutos e com muito custo ela e Maria conseguiram vestir Fernanda que ficou deitada na cama, Heriberto entrou e a examinou, ligou para a clínica e pediu tudo que era necessário, mas naquele momento pediu que Victória trouxesse um café forte para ela. Victória fez o que ele pediu e logo a medicação chegou, ele fez o que era necessário e logo Fernanda estava dormindo.

— Agora ela vai dormir até amanhã! — juntou suas coisas. — Eu vou ficar até o soro acabar e assim a monitoro, claro se não for nenhum incomodo.

— Jante conosco, Heriberto! — falou mais aliviada por ver a filha adormecida. — Temos muito que conversar!

— Disso você tem razão! — eles saíram do quarto junto a Maria.

— Filha, vá se trocar para que possamos jantar! — olhou para Maria que assentiu.

Victoriano estava na sala esperando por noticias e se virou quando os viu descer as escadas rindo de algo que ele não entendeu, Victória o mirou e Heriberto como era espontâneo já foi se apresentando para ele.

— Me desculpe a minha falta de respeito, me chamo Heriberto Rios Bernal! — deu a mão a ele.

— Victoriano Santos! — ficou de pé o cumprimentando. — Como está Fernanda?

— Sua filha está bem e não que seja normal para uma adolescente, mas isso acontece com muita frequência nos hospitais! — foi pratico.

— Eu não sou pai dela, mas a considero como se fosse minha filha! — sorriu de leve. — Ela deve ter uma boa justificativa para o que fez, Fernanda é uma boa menina!

— Me desculpe, eu achei que...

— Não tem importância! — sorriu e o chamou para sentar.

Victória sentou junto a eles e Heriberto começou a perguntar muitas coisas para ela e Victoriano nada entendeu até que ele explicou que eles tinham sido melhores amigos na faculdade e que logo cada um seguiu sua carreira já que ela tinha se casado e ele foi para fora do país. Victoriano não gostou nada de vê-la sorrir para outro homem mais nada disse e apenas acompanhou uma parte da historia que ele não sabia até que seu telefone tocou e ele se afastou para atender, Inês tinha saído da cirurgia e agora eles precisavam esperar para saber qual era o real estado dela, ele agradeceu ao filho e disse que logo estaria com eles.

Victória mesmo de longe o observou e quando ele sentou ao lado dela, ela o olhou era uma clara pergunta sem se quer mover os lábios e ele não a respondeu, Maria desceu e eles seguiram para a mesa de jantar. Eles jantaram enquanto conversaram e logo Heriberto foi ver Fernanda, ela acordou se sentindo ainda um pouco tonta e ele pediu que ela descansasse e que nunca mais fizesse aquilo e ela concordou virando para o lado voltando a dormir.

— Victória, agora que estou na cidade não quero perder novamente seu contato! — sorriu segurando a mão dela.

— Nem eu quero! — devolveu o sorriso. — Podemos almoçar quando estiver com um tempo livre.

— Eu te aviso e marcamos! — beijou o rosto dela. — Se precisar de mais alguma coisa é só me ligar que eu volto!

— Obrigada mais uma vez! — ele se despediu e se foi.

Victória fechou a porta e ao se virar tinha os olhos de Victoriano depositados nela.

— Ainda está aqui? — desdenhou voltando a velha carranca.

— Você é meu melhor amigo de escola! — a imitou falando e Victória teve que rir.

— E é verdade ou você acha que entre homem e mulher não pode haver amizade? — o encarava.

— Por que está fazendo isso?

— Isso o que? — acariciou a barriga sem tirar os olhos dele.

Ele suspirou.

— Eu sei que as coisas entre nós dois nos últimos dias não tem sido como o esperado, mas eu te amo e já reconheci meu erro, mas também não posso me afastar de Inês num momento como esse! — foi verdadeiro.

— Assumir o erro é uma grande virtude, mas isso não quer dizer que o outro tenha que perdoar! — foi firme. — Inês vai estar sempre no nosso caminho enquanto você não colocar um ponto final definitivo e eu não sou o tipo de mulher que aguenta isso, eu não preciso disputar nada e mesmo que eu te ame mais que a mim mesma. — fez uma pausa para respirar. — Eu não vou suportar esse tipo de coisa!

Ele se aproximou dela e tocou seu rosto com uma mão e com a outra tocou sua barriga.

— Está me dizendo que se eu não me afastar de Inês mesmo num momento como esse, você vai me deixar? É isso que está querendo me dizer?

— Estou dizendo que eu sou a sua mulher e que é em mim que você tem que confiar e respeitar! — foi firme. — Se Inês está assim tão no seu passado a deixe de uma vez! Eu não estou dizendo para não se preocupar com ela, afinal vocês foram casados durante anos, mas no momento sou eu quem está ao seu lado e esperando um filho teu. E está na hora de você decidir, ela ou eu!

FEITO NO CAMPO - VyVOnde histórias criam vida. Descubra agora