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Boa leitura meus amores, espero que gostem!!!

Dentro da sala Inês encarou Victória e ela sentou com um sorriso no rosto e acariciou sua barriga avantajada e esperou que ela dissesse algo.

— Por que está fazendo isso? — por fim quebrou o silêncio.

Victória a encarou com seu olhar imponente e rapidamente a respondeu.

— Porque boca pra acusar todo mundo tem, mas quero ver sustentar e provar o que diz! — foi curta e grossa. — Você achou mesmo que iria deixar barato essa acusação pra você ficar gozando por aí de boa moça enquanto eu saia de ruim nessa história? — sorriu. — Eu sou Victória Sandoval e você vai aprender a dançar conforme a minha música!

Inês bufou internamente e manteve a pose ali em sua frente, não daria o gosto a ela de ver o quanto estava afetada e cheia de ódio e também elas estavam na frente do delegado e ela não queria se complicar mais ainda.

— Você sabe muito bem como as coisas foram! — falou entre-dentes.

Victória sorriu com a ousadia dela e olhou para o delegado sentada a frente das duas.

— Olhe bem para mim e para minha barriga, eu não iria ser louca de agredir essa senhora dessa forma! — ficou de pé mostrando a barriga. — Meu filho é minha prioridade e eu não me arriscaria a bater nessa senhora como ela diz que eu fiz e ser responsável por algum dano a ele. — voltou a se sentar e a encarava. — O que ela queria era chamar a atenção de Victoriano e conseguiu! Agora você que lute pra tê-lo ao seu lado depois que for comprovado que você é uma biscate que se machucou sozinha por um homem que se quer te corresponde!

— Senhora Victória tenha modos! — o delegado a repreendeu.

— Me desculpe, mas não tem como ser diferente com essa senhora! — ficou novamente de pé. — Já foram colhidas todas as amostras que precisava para que comprove que eu não tive nada a ver com o que essa senhora sofreu e agora é somente colher os dela e em alguns dias saberemos quem está mentindo aqui!

Inês ficou de pé e a encarou.

— Você sabe que não vai ganhar essa! — falou entre-dentes.

— Eu já ganhei! — piscou pra ela. — Você que lute pra ter Victoriano novamente aos seus pés! — e sem mais saiu da sala porque não precisava estar mais ali.

Inês olhou o delegado que estava de braços cruzados e respirou fundo sentando-se novamente.

— Algo em sua defesa?

— E-Eu, menti...

— Isso eu já sei! — foi firme. — Victória foi muito categórica em sua defesa e uma mulher que faz tudo isso pra provar sua inocência sem precisar é porque o outro é sim mais que culpado!

— Eu só quero a minha família de volta!

Oscar ainda estava ali representando Victória e ouvia tudo atentamente, foram minutos ali com o delegado explicando a ela que Victória estava disposta a seguir com o processo mesmo com ela dizendo a verdade e Inês mesmo a contra entendeu o que tinha feito e aceitaria a punição que receberia sobre sua mentira. Depois de assinar alguns papeis, ela saiu da sala e buscou por Victoriano, mas ele não estava ali e certamente deveria ter ido atrás de Victória, era justamente isso mesmo que ele tinha feito e estavam do lado de fora com ele tentando conversar.

— Você vai mesmo seguir com isso?

Ela riu sem paciência alguma para ele.

— Você está fazendo com que eu sinta ódio de você! — foi sincera.

— Eu não estou te acusando, Victória, eu entendi no dia que sai da sua casa que estava defendendo a pessoa errada e quero que me perdoe por isso! — falou sincero.

— Acho que é tarde de mais pra receber as suas desculpas! — foi firme estava com raiva dele. — Volte para sua Inês e siga caindo no jogo dela.

— Pare de dizer essas coisas! — se aproximou mais dela e ela se afastou, mas o carro impediu que ela fosse muito longe e ele a segurou pelo pescoço. — Eu amo você!

Ela riu da fala dele.

— Bem estranha sua maneira de amar! — virou o rosto.

— Eu errei mais estou aqui te pedindo perdão! — acariciou o rosto dela sentindo sua pele macia. — Eu te amo tanto!

Victoriano não aguentou mais se segurar e aproximou seus lábios dos dela que o olhava intensamente querendo fugir mais não conseguiu e quando seus olhos se fecharam sentindo os lábios dele nos seus, as mãos automaticamente foram em seu cabelo tornando aquele beijo mais intenso para os dois. Inês que saia da delegacia parou e os olhou e entendeu que seria muito difícil reconquistar sua família, colocou a mão na consciência e constatou que o erro tinha sido dela e não adiantaria agora querer voltar atrás por vê-lo com outra.

Inês tinha passado tanto tempo com ele em seu pé querendo que voltassem que ela se acostumou e agora que ele finalmente tinha seguido em frente, ela tinha visto que necessitava dele por puro capricho ou seria mesmo amor? Ela respirou fundo e quando percebeu que o beijo terminava ela se aproximou e disse:

— Podemos ir, Victoriano?

Victória o soltou de imediato e o empurrou para longe dela, ele a olhou e depois olhou para Inês que esperava uma resposta dele.

— Você pode ir Inês, eu não vou! — falou firme.

— Claro que você vai! — Victória falou com raiva e ambos a olharam. — Foi justamente pra te ter que ela armou tudo isso e agora tem a recompensa porque não foi em mim que você acreditou e sim nela! — trincou os dentes sentindo raiva. — Vá com ela e terminem de uma boa vez o que tiverem pra viverem juntos! — caminhou para o outro lado do carro.

— Victória, espera! — ele falou nervoso.

— O nosso se acabou Victoriano! — estava mordida de ciúmes e entrou no carro saindo dali cantando pneu.

Victoriano passou a mão no cabelo e Inês se aproximou dele tocando em seu ombro, ele se afastou no mesmo momento e a encarou.

— Isso é tudo culpa sua e da sua maldita mentira!

— Victoriano... — ia falar.

— Não abra a boca para dizer mais mentiras, Inês, você acabou com nosso casamento e mesmo com todo o esforço que eu tive pra tentar te trazer de volta, você não quis! — começou a falar o que sentia. — Foi você quem estragou o nosso casamento e a nossa felicidade e agora não venha me dizer que se arrependeu porque eu não acredito!

— Eu te amo! — falou com seus olhos cheios de lágrimas.

— Um amor falso é isso que sente, o que quer é que eu volte a me arrastar aos seus pés como eu fazia antes, mas isso não vai acontecer porque eu amo Victória e é por ela que vou me arrastar se for preciso até que ela me perdoe! — bufou. — É com ela a minha família agora e te quero longe! — foi firme.

— Ela não é e nunca vai ser mulher pra você! — falou com raiva.

— Isso quem tem que decidir é eu! — bateu no peito. — Limite-se apenas a ser a mãe dos meus filhos, se preocupe com eles que é quem precisa de você como mãe! — caminhou para encontrar um táxi.

Inês deixou uma lagrima escorrer por seu rosto enquanto o via ir e depois de respirar fundo, seus olhos ficaram negros com tudo que tinha ouvido desde que chegou ali e de uma coisa ela tinha certeza: Não ficaria barato aquela afronta.

FEITO NO CAMPO - VyVOnde histórias criam vida. Descubra agora