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Amorecos, aqui está mais um para vocês e a coisa deu ruim!!

Inês tinha os olhos em fogo, pensou rapidamente e começou a se bater, se arranhar e alguns objetos foram ao chão e ela chorou, chorou forte pegando o telefone e discando para a única pessoa que importava para ela naquele momento: Victoriano.

— Ai, Victoriano, por favor, me ajude! — soluçou na linha.

— O que aconteceu? — perguntou preocupado pelo choro dela.

— Sua mulher veio até aqui e me bateu, me pegou desprevenida e eu não tive nem a chance de me defender! — chorou mais e Victoriano se assustou, não era possível que Victória tinha feito aquilo. — Eu preciso de você, Victoriano!

Ele passou a mão no cabelo e disse que já estava a caminho e ela sorriu ao desligar o telefone... Victoriano dirigiu até a casa de Inês com toda velocidade possível, não podia acreditar que Victória tinha se prestado aquele papel ridículo de ter ido até a casa de Inês e agredi-la como se fosse uma adolescente e pior ainda, estava grávida e podia muito bem se machucar se Inês conseguisse se defender. Em sua cabeça tinha tantos pensamentos e todos eles eram contra o que Victória tinha feito, freou o carro e desceu rapidamente entrando na casa, Inês estava ainda no chão e chorava "pelo ocorrido", ele foi até ela e abaixou.

— Meu deus, Inês...

Ela o olhou e de imediato o agarrou deixando que suas lágrimas rolassem por seu rosto com mais força, ele a tirou do chão e a sentou no sofá, olhou ao redor e respirou pesado: Victória tinha feito mesmo um grande estrago ali. Pensou ele enquanto a tinha agarrada nele.

— Fique calma, você precisa de um medico?

Ela se afastou por um momento e mostrou os braços arranhados para ele.

— Ela é uma selvagem! — soluçou. — Nunca pensei que uma mulher da classe dela pudesse me fazer isso!

— Eu não posso acreditar que ela tenha feito isso! — suspirou.

— É só você olhar ao redor e em mim! — falou com desespero. — Ela chegou aqui que nem uma doida gritando e dizendo que eu deveria ficar longe de você e que se voltasse a me aproximar, eu não viveria para contar o restante dessa historia.

Qualquer um que visse aquele cenário iria acreditar em Inês, ela falava com tanta firmeza que até ela mesma já estava acreditando em sua mentira. Victoriano se levantou e passou as mãos no cabelo e ela ficou a observar todos os passos dele, já tinha ganhado aquele jogo de Victória porque o conhecia e sabia que ele não gostava daquele modo de resolver as coisas.

— Por que contou a ela o que quase aconteceu? — ficou de pé e gemeu de dor.

Victoriano a olhou e foi novamente até ela e a fez sentar.

— Não fui eu quem contou e sim nosso filho, Emiliano! — falou com pesar. — Me perdoe por isso, eu vou conversar com ela!

— Ela vai negar... — deixou mais lágrimas rolarem por seu rosto. — Vai dizer que não fez, mas está claro pra você que ela é uma selvagem! — passou as mãos nos braços fazendo cara de dor.

Victoriano iria respondê-la, mas seu celular tocou e ele pegou de seu bolso vendo o nome de Victória na tela e de imediato seus olhos foram aos de Inês.

— É ela? Atende! — suspirou.

Victoriano pensou em recusar, mas poderia ser importante e ele pensou logo no bebê e a atendeu.

— Amor...

Nem conseguiu concluir a ligação porque um grito soou na linha.

— O que esse homem está fazendo aqui, Inês?

FEITO NO CAMPO - VyVOnde histórias criam vida. Descubra agora