capítulo 11

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Procurei ao máximo ficar com aly e dar atenção a ela, já que não dormiria em casa naquela noite. Também fiquei com Jonathan o maior tempo possível, conversando com ele, cuidando de suas necessidades, tentando me redimir um pouco pelo que eu faria mais tarde. É claro que ele continuava desacordado e possivelmente não ouvira uma palavra do que eu dissera.

O celular tocou quase às seis horas daquele início de noite de quinta-feira. Corri para atendê-lo na sala, ansiosa e com o coração acelerado.

- Oi. - Falei, um pouco ofegante.

- bruno está indo buscar você Clarisse.

Ouvir a voz de jace trouxe uma enxurrada de lembranças à minha memória. Senti-me quente, viva, pulsante. E com raiva de mim mesma.

- Tudo bem. A enfermeira já chegou.

- Ótimo. Vejo você daqui a pouco.

- Tá.

Ele desligou. Eu peguei o celular e levei para o quarto de alyssa, para guardá-lo em minha bolsa.

***

Cheguei à cobertura um pouco depois das sete horas e toquei a campainha. Quando jace abriu a porta, senti como se tivesse passado uma eternidade desde que nos vemos, a menos de vinte e quatro horas. Percebi que eu contaria os minutos desde então e que ele não saíra da minha cabeça.

Ela cumprimentou-me com um leve aceno de cabeça, frio. Estava maravilhoso com jeans, descalço e uma camiseta azul.

- Oi Jace.

Indicou-me com a mão que entrasse. Caminhei até a sala, sem saber ao certo como me portar. Ele me seguiu. No meio da sala virei-me para ele e, antes que eu dissesse qualquer coisa, ele falou:

- Tire a roupa.

- O quê? - Indaguei, surpreendida.

Seus olhos azuis pareciam pegar fogo.

- Você ouviu o que eu disse.

- Eu acabei de chegar. - Falei baixo, com uma ponta de raiva.

- E para que você acha que está aqui? Paguei por um mês e quero aproveitar ao máximo o que comprei.

Senti-me atacada por suas palavras grosseiras e seu sorriso cínico. Ele estava me tratando como uma prostituta. E eu nem podia reclamar. Afinal, eu fora mesmo comprada.

Era uma idiota chorona e fiquei possessa ao sentir os olhos marejarem. Nem pisquei, tentando me controlar. Eu não reclamaria nem daria um show. Seria do jeito que ele quisesse. Eu seria a sua prostituta.

Sem desviar o olhar, deixei a bolsa sobre uma cadeira e levei os dedos trêmulos aos botões da camisa rosa que eu usava. Desabotoei-os, um a um. Eu a tirei e pus sobre a mesma cadeira onde deixara a bolsa. Usava um sutiã cor da pele grande e sem atrativos, mas um dos poucos que não estavam em estado lastimável.

Jace me olhava fixamente. Ele estava diferente. Apesar de parecer frio, eu sentia uma espécie de raiva emanando dele.

Desci o fecho da calça e a despi, deixando também a sandália de lado. Por fim livrei-me do sutiã e da calcinha. Fiquei completamente nua. Olhava para ele sem me deixar intimidar.

- Vá para o sofá.

Eu fui. Sentei sem dizer uma palavra.

Ele se aproximou de mim e parou bem à minha frente levantou a camiseta e tirou-a. Depois fez o mesmo com a calça e a cueca box. Nu e ereto, ele ordenou:

- Chupa!

Fui engolfada pela humilhação. Senti-me o ser humano mais nojento e imundo do mundo.Tudo o que ele me fizera sentir no dia anterior pareceu perder a importância diante do modo que ele me tratava agora, como se eu não fosse nada.

As lágrimas teimaram em voltar e eu enxerguei tudo embaçado. Sentindo um bolo na garganta, abri a boca e inclinei a cabeça até o seu membro. Ele continuou imóvel, esperando, eu não ia chorar, jace não ia saber o modo como me afetava.

Deslizei os lábios sobre o órgão em ereção, não querendo fechar os olhos para as lágrimas não descerem. Senti-o na boca e movi a cabeça para frente e para trás, automaticamente, com a garganta travada.

- Chupe direito Clarisse, como fez ontem comigo. Sabe muito bem o que faz com essa boca, não é? Treinou com quantos?

Afastei a boca rapidamente e cheguei para trás no sofá, olhando-o com raiva.

- Do que você está falando?

- Não se faça de boba. - Jace sorriu, sem parecer sentir vontade.

- Há quanto tempo Jonathan está doente? Dois, três anos? Quantos boquetes você vem treinando por aí desde então, até chegar à perfeição? É assim que sustenta a sua filha?

- Desgraçado! - Murmurei, começando a tremer. As lágrimas correram livremente pelo meu rosto, tamanho era o meu ódio. - Você é sujo e pensa que todos têm o seu caráter! Sempre foi assim não é, Jace? Julgando os outros pelas suas sujeiras!

- Vai dar uma de santa agora Clarisse? Uma mulher que pega dez mil em troca de sexo e que larga o marido morrendo em casa?

- Ahhhh!!! - Gritei furiosa, levantando-me, avançando nele. Queria arranhá-lo, mordê-lo, fazê-lo sentir a dor que eu sentia naquele momento. - Eu te odeio!

Jace agarrou-me com facilidade, prendendo-me contra seu corpo. Debati- me loucamente, fora de mim, chorando.

- Seu desgraçado! Desgraçado!

- Por que esse drama todo Clarisse? Ontem você não parecia nem um pouco furiosa ontem, enquanto eu te fodia.

Ele também parecia cheia de raiva. Notei o que ele pretendia, queria me ofender.

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Gente esse capítulo Está curto mil perdões prometo que irei postar o 12 nesse exato momento bjs até o próximo capítulo ❤

chantagem -CLACE Onde histórias criam vida. Descubra agora