capítulo 5

1.6K 101 11
                                    

OIE MEUS AMORES ESTOU AMANDO ADAPTAR ESSA FANFIC E ESPERO QUE VOCÊS ESTÃO GOSTANDO TAMBÉM 🤗😍

*MÍDIA*: É A FILHA DE CLARY E JONATHAN "ALYSSA" 🤤❤️

UMA BOA LEITURA A TODOS 🤗💚
=======================================

- Mamãe, por que o papai gritou? Eu não consegui dormir. – Alyssa ergueu o rostinho para mim, sentada em meu colo no sofá. Havia acordado de seu cochilo à tarde com os gritos de Jonathan e estava um pouco assustada, sem querer ficar sozinha.

Acariciei os fios do castanho de seus cabelos, fitando seus olhos grandes e de um verde reluzente, no tom exato de âmbar. Os olhos dela eram idênticos aos meus.

- Você sabe que o papai está dodói, não é, Pipoquinha..?! Às vezes ele esquece das coisas e fica um pouco nervoso, mas logo ele se acalma. Agora ele está dormindo como um anjinho.

- Ele vai dormir e nunca mais acordar, como o pai do Noah?

- Só o papai do céu sabe quando a gente não vai acordar mais. Se o seu pai estiver muito cansado, talvez seja melhor para ele, não é?

- É. Eu queria que ele ficasse aqui com a gente. Ele nunca brinca comigo. Só você. Ele nunca saiu da cama?

- Saiu, antes de ficar doente. Agora ele precisa descansar. – Olhei-a com amor, vendo o rostinho inocente e confuso. Alyssa nunca teve um pai de verdade, presente. Jonathan já estava doente quando ela nasceu e piorou enquanto ela crescia. Inclinei-me para beijar sua bochecha. – Mas ele te ama muito, Pipoquinha. E eu estou aqui para brincar com você.

- Ainda bem. – Ela sorriu para mim e eu sorri de volta. Adorava ficar com ela assim no colo, mimando-a. Era linda, doce e o amor da minha vida. Eu nunca amara ninguém do jeito que a amava. Por ela eu daria a vida. Tal pensamento renovou o medo que não saía de dentro de mim, enquanto os dias passavam. No dia seguinte completaria uma semana do prazo dado pelo agiota e eu tentara de tudo naqueles dias para conseguir algum dinheiro. Passara roupa na casa de vizinhos, fizera faxina, me desdobrara, mas só conseguira o suficiente para pôr comida em casa e comprar a pomada para evitar feridas em Jonathan. Estava exausta e mal conseguia dormir.

O dono da casa vivia me cercando e perdia a paciência com o aluguel atrasado. Nada dava certo. Parecia que um círculo de dor, medo e pobreza se fechava cada vez mais à minha volta e eu não sabia como escapar daquilo.

Parei de acariciar os cabelos de Alyssa ao pensar em Jace. Uma onda de vergonha e humilhação me envolveu e a raiva que eu sentia dele aumentou. Havia uma solução para os problemas. Prostituir-me para aquele canalha. Mas eu não podia fazer algo assim. Eu era casada e Alyssa foi meu único amor. Eu nunca me deitaria com ninguém por dinheiro. Devia haver outra solução.

Bateram na porta de repente e eu me assustei. Alyssa quase cochilava em meu colo e despertou.

- Será a tia Izzy, mamãe?

- Não sei. – Ergui a voz : - Quem é?

Bateram outra vez, agora com mais força. Percebi que era mais algum problema. Talvez uma cobrança. Gelei ao pensar que poderia ser o agiota, vindo um dia antes do prazo combinado.

-  Alyssa, vá para o seu quarto e feche a porta. Deite na sua caminha e tente tirar um cochilo. Só saia de lá quando a mamãe chamar.

Bateram mais na porta, fazendo o vidro trepidar. Gelada, eu me levantei com Alyssa.

- não quero ficar sozinha mamãe.

- Vá. Faça o que eu disse. Daqui a pouco vou te buscar.

Ela ia reclamar, mas pareceu perceber que eu estava nervosa e obedeceu. Respirei fundo e fui até a porta. Vi a sombra grande de um homem através do vidro.

- Quem é?

- A senhora sabe quem sou. Se não abrir, vou arrombar.

- Vou chamar a polícia!

- Antes de a polícia chegar, eu já terei entrado aí e resolvido o problema.

Comecei a tremer e a suar frio, sem saber o que fazer.

- Vim apenas conversar. É melhor a senhora abrir.

- Por favor, tenho uma filha pequena e meu marido está doente!

- Só quero conversar. As coisas só pioram amanhã, se não pagar a sua dívida. Vim dar um recado do dono. Eu sabia que só deixaria o homem mais nervoso e que ele arrombaria aquela porta velha facilmente, se quisesse. Abri somente o vidro e o encarei. Era um negro alto e grandalhão, com olhar malévolo e uma cicatriz no canto da boca, que repuxava seus lábios para baixo no lado esquerdo.

- ele quer saber da grana estará aqui amanhã entendeu?

- Preciso de mais um prazo. Olha, eu...

- Sem prazos e sem essa sua conversa errada vadia. Amanhã ele virá aqui e, se a puta não tiver o dinheiro, vai pagar muito caro. Pode chamar a polícia e até se esconder por algum tempo, mas a gente te encontra. – Ele sorriu, expondo um dente dourado na frente. Olhou-me de cima abaixo. – Ele vai gostar de receber o pagamento de outra maneira. Depois de usado, seu corpo vai parar na lama. Coitada de sua filha. Sem mãe e sem pai. O sr. gosta muito de menininhas. Vai ter o maior prazer em cuidar dela..

Eu não consegui dizer nada, imobilizada pelo pavor. Estava gelada e trêmula.

- Tenha uma boa tarde. Amanhã, a esta hora, virei aqui com o dono, pegar o que a senhora deve. E é melhor não fazer nenhuma besteira. Tem alguém de olho na senhora. – Lançou-me mais um olhar asqueroso e se retirou. Levei as mãos ao rosto e comecei a soluçar, em desespero. O que eu ia fazer? O quê?

-  Clary. – Era izzy na porta, assustada. – O que houve? Era do agiota?

Sequei as lágrimas rapidamente, concordando com a cabeça, tentando me controlar. Tremia muito ao abrir a porta.

- ei Clary eu juro..juro que gostaria muito de poder te ajudar!

Sem suportar mais tanta pressão e desespero, abracei-me a ela e deixei as lágrimas descerem livremente. Ela tentou me confortar, fazendo carinho em minhas costas, acalmando meus tremores. Por fim consegui me afastar e enxuguei os olhos, tirando o cabelo do rosto.

- Não posso deixar que façam mal à Alyssa. Se eu não tiver o dinheiro amanhã, vão me estuprar e matar, e depois vão pegar a minha filha! Deus do céu, o que eu fui fazer! Desesperei-me sem poder pegar empréstimo e recorri a esse agiota, que não passa de um bandido! Não posso nem chamar a polícia! Depois eles se vingariam.

- O que vai fazer Clary? Quer que eu peço dinheiro ao Simon..a gente dá um jeito e vende Cupcakes de manhã e até o meio dia já temos algum dinheiro sei lá..eu junto com um pouco do meu e..

— Izzy.. não.. não quero que gasta comigo e muito menos ficar sempre tirando das suas condições para me dar..

Olhei pra ela, sentindo-me subitamente muito fria.

- Só posso fazer uma coisa...ser a prostituta de JACE WAYLAND...

================================

chantagem -CLACE Onde histórias criam vida. Descubra agora