capítulo 22 (HOT)

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FOGOOOO NO PARQUINHO SÓ DIGO ISSO,E SIM FINALMENTE Clary VAI TOMAR AQUELA DECISÃO👀👀

Boa Leitura! 🔥❤️

Esse Capítulo contém conteúdo +18, se sentir ofendido (a) PULEM!

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Eu o fitava, apavorada com tudo aquilo. Como eu poderia prometer algo que eu já não cumpria? E como Jonathan exigia algo assim de mim? Isso era amor? Desejar que eu me fechasse para a vida aos vinte e oito anos de idade? E eu? O que eu queria? Não conseguia raciocinar com clareza.

- Você é minha. Só minha.

Ele murmurou, muito cansado.

- Sou sua, Jonathan, pra sempre.

– Diga. Diga.

- Isso.

Ele fechou os olhos. Sua expressão era horrível, muito retorcida pela tentativa de sorriso. Percebi um prazer perverso nele e tentei me convencer que era da doença. Não queria enxergar um homem frio e manipulador no meu marido. Mesmo depois de tudo que ele dissera.

- Jonathan

As pálpebras dele tremiam. Chamei-o baixinho diversas vezes. Por fim ele ficou imóvel, mergulhado na inconsciência. Fiquei olhando para ele por um tempo longo. Depois o ajeitei na cama e deslizei para meu colchonete, com os olhos secos e uma decepção horrível me engolfando.
Tinha a sensação ruim de que todo o meu casamento fora uma farsa. Jonathan ficou comigo porque eu era bonita e cobiçada. Ele sentia prazer com a minha devoção, o meu amor incondicional. Sentia prazer porque eu era dele e havia outros que me desejavam. Nunca fui mais que isso. Um brinquedinho para ser cobiçada, mas que só ele brincava.

Estava chocada, fria. Pensei nas vezes em que eu o via sair para farras, nas desculpas que ele inventava, nas declarações de amor que me impediam de ir embora. Nas várias vezes em que ele me decepcionou por ser fútil, por não querer trabalhar, por debochar do meu desejo de estudar e ser advogada. Nas brigas que ele sempre vencia, pois sabia que eu o amava e sempre dava um jeito de me enrolar com palavras doces e atenções que não duravam muito.
Dez anos. Eu havia vivido dez anos com um homem egoísta e mimado que só me tive como um trunfo. Um homem que tivera a capacidade de pensar em me dividir na cama com um colega. Como eu pude me enganar todo aquele tempo, passando por cima de todos os problemas, com a burra certeza de que ele me amava?
Eu não consegui nem chorar. Eu que chorava à toa, sentia-me seca e gelada. Um boneco de repente abandonado por seu ventríloquo. Era assim que eu me sentia. Sem querer, a imagem de Jace veio à minha mente. E tudo o que disse Jonathan sobre ele.

Que ele me desejava. Disso eu sabia, pois fora clara a atração entre nós desde o começo. Mas o modo como ele disse, que Jace me devorava com os olhos. Que até sua própria mãe havia percebido. Se Jonathan não tivesse escolhido aquela época para se aproximar de mim, o que teria acontecido entre mim e ele?

Lembrei do que ele disse, após termos feito amor no sofá, no sábado antes da festa. Que ele poderia ter tirado a minha virgindade há dez anos, quando me agarrou no corredor. Por mais que eu me julgasse apaixonada por Jonathan naquela época, nós ainda não tínhamos nada e eu ficava realmente cheia de desejo por Jace.

Ele poderia ter me seduzido facilmente. Talvez toda a minha vida tivesse tomado um rumo diferente. Mas eu me deixara levar por Jonathan, pelo amor doce de infância, por suas palavras de amor.

Ele era meu príncipe encantado e Jace o vilã, que nos humilhava e desprezava. Agora eu via que nada era o que parecia ser. Que eu me iludi. Todos nós éramos coisas diferentes do que parecíamos. Fechei os olhos, cansada demais para continuar pensando em tudo aquilo. Dez anos. Fizemos nossas escolhas e o tempo era imperdoável.
Tudo poderia parecer uma farsa, mas nós participamos dela e não havia como mudar aquele fato. Assim como não havia como mudar que Jonathan estava doente e que lhe restava muito pouco tempo de vida. Ele era o homem que eu escolheria e amaria, apesar de tudo que eu sabia agora. Era o pai da minha filha. E eu faria de tudo para que seus últimos momentos fossem os mais tranquilos possíveis.
Durante o sábado, meu dia foi rotineiro, em casa com Jonathan inconsciente, Alyssa animada, brincando e falando sem parar, a presença de Maria e o papo com Izzy,que aparecia para ver como iam as coisas e conversar.

chantagem -CLACE Onde histórias criam vida. Descubra agora