capítulo 12 (HOT)

2.3K 109 11
                                    

Parei de me debater, furiosa, respirando com dificuldade.

- Não fale mais do Jonathan e muito menos da minha filha. Eles não merecem passar por sua boca suja!

- Se eles convivem com você, devem passar por lugares bem piores.

Eu queria gritar, espernear, bater. Queria sair correndo dali e nunca mais voltar. Meu queixo tremia sem controle, assim como meu corpo, como se o frio viesse de dentro, dos meus ossos.

- Deixe-me em paz. - Falei baixo. Toda fúria parecia ter se esvaído, mas o sentimento de humilhação que ficou era ainda pior. - Me solta!

- Você não vai sair daqui, vai ficar e cumprir com a sua parte no contrato.

- É sexo que você quer? Não vou fugir. Porque não acaba logo com isso?

Ele me soltou com brusquidão e me empurrou para o sofá. Fiquei do mesmo jeito que caí,quase deitada, olhando-o através das mechas do cabelo que estavam sobre o meu rosto.

- Você é uma puta Clarisse.

Eu não revidei ou retruquei. Jace parecia fora de si. Agarrou meu braço com força e me levantou. Praticamente me arrastou para o quarto.

- Deite na cama e abra as pernas, você vai ser tratada como merece. Como uma Vadia!

Empurrou-me sobre a cama e caí de bruços. Virei-me, sem deixar que a mágoa ou a dor me dominasse. Eu precisava ser forte. Não deixaria ele saber como poderia me afetar.

Furioso, ele rasgou a embalagem do preservativo e colocou-o. Ajoelhou-se na cama, afastou meus joelhos para os lados e deitou-se sobre mim. Enfiou as mãos sob minhas nádegas, segurando-as com firmeza para que eu não saísse do lugar. Olhou-me com os olhos que pareciam de um louco e me penetrou.

Eu não estava preparada e me contraí ao ser invadida daquele jeito. Como ele era muito grande, machucou-me. Senti como se tivesse me queimando, como se me rasgasse. Não pude evitar a dor e fechei os olhos, apertando-os, enquanto engolia o grito de dor. Fiquei toda dura, mal ousando respirar.

Ele parou dentro de mim e ficou me olhando. Sentia-me estremecer e percebera a dificuldade na penetração.

- Clarisse. - Disse baixo.

Eu não queria ouvir mais nada, rezava para que tudo acabasse logo. Rígida, continuei na mesma posição.

- Eu nunca estuprei uma mulher.

Jace parecia se dar conta de que era o que estava fazendo comigo.

- Olha para mim Clarisse.

Mantive-me com os olhos bem fechados. Ele tirou as mãos de minhas nádegas e levou-as ao meu rosto. Senti o toque suave em minha face e nos cabelos. E logo depois os lábios macios beijando minhas pálpebras.

Ele não saiu de dentro de mim, mas também não fez nenhum movimento brusco. Deslizou os lábios por todo meu rosto e beijou suavemente a minha boca, sem forçar a língua. Uma de suas mãos desceu até meu seio e acariciou-o lentamente.

Continuei quieta, retraída, embora as carícias fizessem o medo diminuir aos poucos. Eu não sabia o que esperar dele, mas senti a mudança. O que quer que o tenha deixado furioso, parecia ter sumido.

Jace tocou-me com dedos e lábios carinhosos, beijou todo meu rosto, mordiscou meu pescoço e enfiou a língua em meu ouvido. Enquanto ele brincava com o lóbulo de minha orelha, tive raiva do meu corpo, que se arrepiava e reagia a ele contra a minha vontade.

Quando a boca quente explorou sensualmente meus seios, eu apertei os lábios, novamente com vontade de chorar. Aquele homem me humilhou, me ofendeu, agora me seduzia. Eu queria resistir, mostrar que não era a mulher volúvel que ele pensava, experiente e com diversos amantes.

Mas como, se bastava ele me tocar daquele jeito para que o prazer me dominasse a ponto de fazer a razão sumir?

Sugando um mamilo, jace acariciou o outro seio e moveu-se lentamente dentro de mim.

Fiquei surpresa por não sentir dor. Estava molhada, excitada, perdida. Ele passou a me penetrar sensualmente, mesmo assim tentei resistir e mantive-me o mais quieta possível, com o rosto virado para o lado e os olhos fechados. Mas de que adiantava isso se o meu corpo me traía, aberto e receptivo à invasão dele?

Jace parou de me penetrar e beijou minha barriga lisa, descendo mais. Abriu minhas pernas e, quando passou a língua dura por meus lábios vaginais, estremeci por inteiro, excitada e envergonhada. Ele chupou o clitóris gostosamente e foi impossível ficar imóvel diante das ondas de prazer que me invadiram.

Sua língua desceu mais, por todo o sexo, entrando em mim, lambendo, deixando-me louca.Quis gritar, agarrar-me a ele, gemer, mas lutava bravamente comigo mesma, e estremecia, mal conseguindo segurar os quadris.

Ele ergueu-se e deitou-se novamente entre as minhas pernas. Dessa vez entrou gostoso dentro de mim, penetrando-me até o fundo, em movimentos ritmados e sensuais. Beijou meu pescoço e entrelaçou os dedos nos meus, sobre a cama. Suas arremetidas eram deliciosas e eu o sentia apertado, deslizando pela carne macia do interior da vagina.

Não aguentei mais, ondulei sobre os lençóis com ele, erguendo os quadris para senti-lo melhor, gemendo baixinho, abri os olhos e virei o rosto para ele. Jace me olhava fixamente, com os olhos castanhos, cheios de desejo.

Abri os lábios quando ele me beijou e correspondi, cheia de volúpia e tesão. Abandonei qualquer pensamento que não fosse o de estar ali, nos braços dele.

O orgasmo veio rápido, para nós dois. Agarramo-nos, gozando, beijando-nos, colados da cabeça aos pés. Quando acabou, ficamos ainda nos braços um do outro, suados, quietos, esperando a respiração acalmar. Com a cabeça sobre o peito dele e o braço por sua cintura, fiquei com os olhos abertos, confusa com tudo o que acontecera naquela noite. Tudo começara de um jeito e terminara de outro.

chantagem -CLACE Onde histórias criam vida. Descubra agora