capítulo 21

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Eu temi pela minha vida. Foi isso que senti no cap. anterior 😂

Gente, gosto de passar um pouco do que acontece na realidade tbm. Essa coisa de só ter alegria, momentos bons e sexo o tempo todo é legal? É! Mas eu, gosto de ir além disso. Gosto de juntar de um tudo em uma fic. Peço desculpa, mas o cap. tinha que acontecer infelizmente.
Podem guardar suas armas porque a fase tensa está chegando ao fim.

Nesse Cap. Jace ta de castigo, não vai aparecer, mas em compensação tem Jonathan 👀

Boa leitura 💖

Música: Ghost Of You - 5 SOS

(Nossa Clarysinha sofre tanto😭😭😭😭)

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Eu evitei responder às perguntas de izzy. Ela percebia que eu não estava bem, comentando meu abatimento e palidez. Mas eu desconversava. Pela primeira vez não desabafei com ela nem contei o que me preocupava. Tinha vergonha que ela soubesse o modo humilhante e violento com que eu fora tratada.

Há quase três dias eu não via e nem falava com Jace. Desde quarta-feira de manhã bem cedo, quando ele bateu na porta do banheiro avisando que Bruno me levaria para casa com Alyssa (sim eu tinha passado a noite no banheiro aquele dia). Foi incrivelmente fria. Eu saí de lá humilhada e dolorida, com um ódio imenso dele. Passava aqueles dias apavorada, com medo que ele me chamasse e me machucasse novamente.

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Era impossível comparar aquele Jace bruto e violento o homem que me deu tanto prazer todo esse tempo. Mas ele era o mesmo homem frio e que me desprezava. Na madrugada de sexta para sábado, eu dispensei Maria.

Dormia em meu colchonete, por volta das quatro horas da manhã, quando acordei com a voz baixa e fraca de Jonathan a me chamar. Levantei de um pulo, olhando-o. Meus olhos encheram-se de lágrimas ao fitar seus embaçados e foscos.

- Babe?

- Sim, meu amor. Sou eu.

Segurei carinhosamente sua mão fria e inerte e beijei-a.

– Estou aqui.

- Não consigo... me mexer.

Notei que ele estava consciente da realidade que o cercava. Há muito tempo isso não acontecia e um medo atroz me dominou. Lembrei que os médicos haviam dito que ele teria uma melhora relativa antes de falecer, recobrando a consciência.

- Sente dor?

- Não.

- Não. Não consigo ver você direito.

Seus olhos sem vida tentavam se fixar em mim. Percebi o desespero em seu rosto.

– Acabou, não é? Eu cheguei ao fim.

- Não! Você está aqui comigo! Vivo!

- Isso não é vida.

Sua voz era muito fraca e baixa.

– Não posso nem tocar em você. Não posso mais nada. Acabe com isso, por favor. Acabe com meu sofrimento.

Fiquei muda e surpresa, fitando-o. Ele foi mais explicito:

- Deixe-me morrer, Clary. Ninguém vai saber, por favor, estou implorando. Você pode fazer isso.

- Não! Jonathan.. não! Eu não posso perder você..

Falei horrorizada, começando a chorar.

– Nunca! Acha que eu poderia matar você?

- Eu já estou morto. Por favor, agora...

chantagem -CLACE Onde histórias criam vida. Descubra agora