chantagem -CLACE

capítulo 8

Gente só vim avisar que não e bem um "HOT" mais e basicamente isso vou postar o capítulo 9 para vocês tomarem que gostem e uma boa leitura 🤗❤️

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Fiquei que paralisada, sem conseguir nem pensar direito.

- É uma proposta generosa Clarisse. Quando você poderia conseguir dez mil dólares em um mês, além de uma enfermeira competente para cuidar de seu marido? No final de tudo, posso até conseguir um emprego para você, se isso interessar.

Franzi o cenho e balancei a cabeça, confusa.

- Não entendo. Você é rico, é lindo, não precisa desse trabalho todo. – Fitei seus olhos penetrantes. – Por que Jace?

- Gosto de desafios Clarisse. Ultimamente tudo tem sido muito fácil. E você sempre foi um desafio. Vai ser divertido ter um brinquedo particular, disponível quando eu quiser. Não se preocupe. Se eu enjoar de você antes de um mês, libero-a do acordo.

Senti-me suja, humilhada. Tive novamente vontade de chorar e fugir dali, mas sabia que não podia sair sem o dinheiro.

- É claro que faremos um acordo por escrito. – ele concluiu. – Caso não cumpra o contrato, eu a processarei. E você sabe que tenho meios de pôr você até na cadeia. Tenho muitos conhecidos. Seria uma pena deixar sua filha ir para um lar adotivo.

- Você é louco! – Levantei-me de supetão, vermelha de raiva. Minha bolsa caiu no chão e eu praticamente joguei o copo sobre uma mesinha ao lado do sofá, entornando um pouco da bebida. – Deixe minha filha fora disso!

- Preciso de uma garantia. – Jace também se levantou, deixando o copo de lado. – Você não tem nenhum bem. Mas não se preocupe. Não me interesso pela menina e só poderei usar o contrato se você não cumprir com a palavra dada.

- Não vou fazer isso!

- A porta é ali. – ele se aproximou lentamente de mim. Ergui a cabeça, encarando-o até ele parar a minha frente. Ele era um pouco maior que eu, mas bem ameaçador de perto. - Quero uma resposta agora Clarisse!

- Isso é injusto. – Respirei fundo. – Onde está a droga desse contrato?

- No quarto.

- Preciso lê-lo.

- É claro.

Segui-o por um corredor comprido até uma suíte enorme, luxuosa. A cama imensa, com lençóis de seda preta, deixou-me mais tensa. Procurei não olhar naquela direção e parei perto da porta.

Jace pegou duas folhas de papel sobre uma cômoda e observou-me ler. Era um contrato simples e autenticado.

Eu me comprometeria a pegar um empréstimo de dez mil dólares em troca de um trabalho de acompanhante de um mês. Em caso de rescisão do contrato por minha parte, eu teria que ressarci-la do prejuízo, com juros. Era como se eu estivesse caindo nas mãos de outro agiota, só que aquela ali não cobraria com violência, mas podendo me colocar na prisão.

Ergui os olhos e encontrei os de Jace. Uma energia pura, forte e tensa parecia fluir entre nós. Senti que toda a minha vida mudaria se eu assinasse aquele contrato e que eu nunca mais seria a mesma.

- Onde está a caneta? – Perguntei baixo.

Ele me indicou a cômoda. Em silêncio assinei as duas folhas. Ele deixou uma sobre a cômoda e pegou a outra. Só então percebi o envelope gordo ali perto.

- A metade do dinheiro. – Jace disse friamente. – Vou guardar o contrato. Esteja pronta quando eu voltar.

Não o olhei quando ele saiu do quarto. Abri o envelope e vi várias notas de dinheiro lá dentro, mas não quis contá-lo. Aquele dinheiro me fez sentir nojo de mim mesma e eu deixei o envelope fechado sobre a cômoda. Abracei-me, nervosa.