A missão

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Deidara havia acabado de chegar à sede da Akatsuki, estava satisfeito por cumprir com êxodo a missão para qual fora mandado. Bateu na porta sala do líder por mera formalidade, sabia que Konan já havia sentido seu chakra e informado Pain sobre sua presença.

– Entre Deidara – A voz grave ecoou vinda de dentro da sala fechada.

O loiro entrou em silêncio, fechando a porta atrás de si com cautela em sequência. O ar gélido dentro da sala de luz fraca e tons amadeirados praticamente exigiam um nível alto de silêncio e cautela.

– Sente-se e espere. – Aquilo era claramente uma ordem e foi obedecida.

Itachi estava meditando em seu quarto quando sentiu o chakra do braço direito de Pain se aproximando. Ele sabia o que isso significava.

– Entre Konan – Disse antes mesmo que ela batesse. Não era a toa que aqueles dois eram tidos como os dois melhores rastreadores da organização.

– Itachi-kun, Deidara chegou e Pain quer sua presença para passar detalhes da missão que cumprirá com o loiro – Ela lhe pareceu um pouco insegura e isso não era normal.

– Obrigada – Disse de forma educada e se levantou.

Konan se virou para voltar para sala do líder já que o recado já tinha sido dado, mas parou bruscamente. Ela pareceu escolher palavras para prosseguir aquela conversa e ele entendeu, sem interromper o momento de reflexão dela em um primeiro momento.

A azulada era a mais singular dentre as pessoas que moravam ali e dividiam a mesma ambição distorcida. Eram palavras do próprio líder que entre os variados motivos que levara cada um àquela organização, o motivo de Konan era puramente amor.

Mesmo que isso fosse óbvio demais ao olhar de todos os outros Akatsukis, parecia que apenas o próprio ruivo que conhecia a menina desde sua infância não sabia identificar com sabedoria qual era o amor que a azulada sentia para estar ali. Apesar de trazer a todos os membros da organização uma doce dose de afeição e feminilidade, era atrás do cinza tempestuoso do rinnegan que se escondia o amor da mulher, e não da menina.

– Sabe que pode me contar o que a incomoda, Konan-san. – O Uchiha resolveu-se por encorajar o desenrolar da conversa.

Ela virou e tornou a fitá-lo ao ouvir suas palavras, parecia muito desconfortável com o que diria, mas a curiosidade parecia maior que o orgulho. A verdade era que desde o início a sua era a única presença feminina naquele lugar, agora Itachi estava querendo trazer uma mulher poderosa para o local. Mesmo que fosse uma prisioneira, isto a deixava insegura de certo modo.

– Você a conhece. Ela como ela é? Bonita?

– Sei que não contará isso à Pain – Olhou-a com cumplicidade, sabia do sentimento da ninja pelo líder – Então posso confessar que quando a encontrei pela última vez minha visão já estava ruim o suficiente para não saber te responder isso, mas imagino que ela deve ser no mínimo, exótica – Foi sincero – Com certeza ela tem uma personalidade forte e difícil de lidar, não vai ser fácil trazer ela até aqui. Nem de manter.

Itachi sorriu minimamente, um meio sorriso com o canto do lábio repuxado para cima ao pensar nisso, mas Konan não percebeu. Talvez nem mesmo o Uchiha tivesse dado conta de seus atos.

– Não se preocupe, ele não gosta disso em uma mulher. – Prosseguiu com audácia.

Konan não era ambiciosa, estava ali para ficar ao lado do ruivo e nada mais. Uma kunoichi de alto nível de habilidades que pudesse ofuscar o brilhantismo por trás de seus origamis não a preocupava e Itachi sabia disto. A menina do antigo trio da chuva enrubesceu, não achava que ele seria tão direto.

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