O excesso de informações em sua cabeça a impediu de organizar os pensamentos em um primeiro momento. Afinal não haveria motivos para ela ir na frente sozinha, a menos que tivessem uma estratégia. E se houvesse estratégia, deveriam conversar sobre ela antes.
Sua mente estava focada somente no fato de que havia um intruso ali e era o seu dever expulsá-lo. Mais do que isto, o somar dos dias parada na sede a estavam deixando com energia demais acumulada e a adrenalina de saber que teria um oponente verdadeiro deixava seu corpo em um estado de excitação automático.
Estar ali era como uma autorização para dar o seu máximo sem se preocupar com consequências. No entanto na medida em que foi se aproximando da porta algumas coisas começaram a se organizar em seus pensamentos.
Primeiramente se o oponente estava mesmo no jardim, ela já deveria estar o sentindo. Segundo, ir sozinha. Ela queria ação, estava parada ali desde que chegara, mas, fosse lá quem estivesse do lado de fora, seria tudo resolvido mais rápido e facilmente se ele fosse resolver.
– Mas o que faz aqui? – Exclamou ao ver os contornos da pessoa que se encontrava de costas para si no jardim.
– Você. – Foi a única coisa dita antes que o visitante se virasse para encará-la.
– Não devia estar aqui. – Disse se aproximando.
– Não, não devia. Pois se estou é culpa tua! – Disse antes de começar a ataca-la, arremessando armas em Sakura.
– Mas o que... – Sakura apenas desviou do ataque, realmente sem entender o significado daquilo.
Usou o seu Tsuten kyaku e a terra sob seus pés se abriu em uma cratera entre ela e seu oponente. Precisava entender contra o que estava lutando antes de atacar.
– Não quero machucar você. – Advertiu a rosada com uma expressão de preocupação em seu rosto que foi desaparecendo na medida em que a risada maldosa do ser que estava do outro lado chegou em seus ouvidos.
– Acho engraçado você ainda ter esperança de um dia ser melhor do que eu em algo, Sakura. – A rosada arregalou os olhos, havia anos que não ouvia essa frase, marca registrada da antiga e dolorosa rivalidade entre ela e sua amiga. – Acha que é capaz de me ferir usando seus ataques tão simples?
Ino pulou a cratera, passando para o lado de terra onde estava a médica, e assim que pôs os pés no chão socou o mesmo com toda força. O chão tremeu e por fim abriu um buraco sob seus pés. A intenção não era ferir, apenas mostrar que tudo o que a outra fizesse, ela poderia acompanhar.
– Ino você deveria estar em missão. O que aconteceu? – Perguntou enquanto pulava para não sentir o tremor do golpe dela na terra.
– Aha como é sarcástica. – Desdenhou com maldade e correu para o ataque corpo a corpo.
–Ino, onde está Deidara, Pain e Konan? – Sakura continuou lhe fazendo perguntas.
A cena ante seus olhos estava começando a assustá-la. A amiga com certeza não estava normal, nem parecia a mesma pessoa.
– Não me interessa onde estão. Não me importo com esta organização, nem como missão e nem com você. – Ino gritou sem deixar de ataca-la.
O que era aquilo, Sakura estava começando a entender. Aquela não era Ino, quase podia dizer com certeza. Ainda não compreendia bem o motivo. Teria que entrar no jogo do oponente em sua frente, e assim o fez.
Atacou de maneira simples, porém eficiente. Após alguns minutos de luta ela teve a certeza que buscava: Aquela não era Ino.
Treinava com a loira quase todos os dias, aquele não era o estilo de luta dela. Sua mente trabalhou depressa, apenas a ordem sabia do paradeiro delas e quase toda ordem estava fora missão.
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O lugar certo para nós
FanfictionSakura e Ino compreenderam que Konoha não era mais capaz de lhes oferecer tudo o que almejavam para suas vidas. Insatisfeitas elas foram embora para se tornarem ninjas de vila nenhuma. Não tinham nenhum plano em mente a não ser o desejo de estender...