Sasuke era tão previsível, que aquilo até parecia piada. Ainda assim, mesmo com toda a raiva que sentia pelo idiota em sua frente, sentia também algo como tristeza. Sasuke foi alguém especial em sua história, e agora ela sabia que não hesitaria mais em matar o irmão que Itachi ainda sonhava em recuperar.
Seu plano inicial era apenas descobrir os planos de Sasuke até o mais velho chegar, mas isso agora estava fora de questão. Talvez fosse melhor acabar com tudo antes da chegada do moreno, mas para isso teria que saber mais sobre as fraquezas do moreno, afinal ainda estava presa em uma corrente que lhe dava choques toda vez que era tencionada. Apenas uma coisa era certa, teria que continuar jogando.
Sakura riu em alto som, sua voz ecoava pelo cômodo enquanto que seus ombros sacolejam com a força dos movimentos. No fim, estava curiosa se doeria ou não matar Sasuke.
O ataque do moreno foi previsto, e a velocidade com o mesmo foi lançado também. Uma feliz novidade, porém, foi o fato de que tão rápido quanto Sasuke se moveu, ela pode senti-lo. O moreno seria uma grande aprendizagem para si, afinal.
E ainda ajoelhada sobre o chão sujo de carvalho, sentou-se sobre as próprias pernas e se moveu rapidamente para a esquerda, sentindo o braço do Uchiha roçando por seu tronco em diagonal, descendo pela lateral de seu tórax até a cintura. A lâmina da espada em sua mão entrando firme no solo, causando cicatrizes de rachaduras no chão.
O corpo do moreno se desequilibrou a acabou sobre o da rosada, que puxou a perna livre aumentando o espaço entre elas, forçando Sasuke para o espaço formado. Em uma ação rápida a Haruno usou o cotovelo mais próximo do corpo do Uchiha para derrubá-lo e mantê-lo preso ao chão, ao mesmo tempo em que seu corpo se moveu ficando sobre o dele.
Suas pernas trabalharam para laçar as coxas do moreno com a corrente presa em seu outro tornozelo. Sem se importar com o choque que receberia, puxou a corrente fazendo que liberasse sua energia diretamente nas coxas laçadas do moreno, recebendo a mesma descarga junto com ele, entretanto, aquele golpe tinha um valor muito mais psicológico do que letal.
O moreno gritou, sentindo a curta corrente queimando diretamente a pele de suas coxas. Uma mera distração para o golpe pelas costas da menina que tinha usado o peso do próprio corpo para mantê-lo ao chão, o moreno apareceu ás suas costas estendendo o shidori através do corpo da rosada, que despencou no chão sobre o corpo ilusório que tinha atingido.
– Tsc.. você morreu irritante da mesma forma como eu me lembrava. – Disse olhando para o corpo imóvel da rosada no chão.
– Você acha mesmo? Sabe, eu podia lhe dar um conselho sobre Uchihas morrerem cegos, mas eu começo a crer em uma opção melhor, você é mal de mira mesmo Sasuke.
Os olhos do moreno se alargaram, quando Sakura tinha conseguido se livrar da corrente que a mantinha presa? Como não tinha percebido? Seguindo o som da voz que havia conversado consigo, encontrou a rosada em pé, cerca de dois metros de si.
– É. Mesmo irritante você não é mais tão patética afinal.
– Que bom que notou. – Disse em ironia, levando o pé de apoio a frente do corpo, em um sinal mudo de batalha.
Sasuke riu. Aquilo era patético, pensar que Sakura achava que tinha capacidade para enfrentá-lo era uma piada. Mas ele estava errado, Sakura não deu mais nenhum sinal de que estava planejando uma luta, muito diferente disso, a rosada olhou para o chão, parecendo encontrar algo muito interessante lá.
– Então foi aqui, não foi? – Perguntou se abaixando, levando os dedos indicador e médio em direção ao chão, tocando a madeira. – Foi aqui que eles morreram, aqui que você perdeu tudo. – Terminou a frase trazendo seus dedos sujos de sangue do chão até a altura de seus olhos. – Como você é porco Sasuke, não limpou a sujeira por todos estes anos, tsc, se bem que esse cheiro pútrido combina com seu espírito sem vida.
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O lugar certo para nós
FanfictionSakura e Ino compreenderam que Konoha não era mais capaz de lhes oferecer tudo o que almejavam para suas vidas. Insatisfeitas elas foram embora para se tornarem ninjas de vila nenhuma. Não tinham nenhum plano em mente a não ser o desejo de estender...