O encontro

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– Estamos quase, é a próxima vila. Você ainda não me passou os detalhes da missão. – Disse Deidara de maneira profissional.

Silêncio. Foi o caminho todo assim. O loiro tentou de todas as maneiras puxar conversa com Itachi, mas o moreno fingiu não o ouvir descaradamente o caminho todo.

Muitas coisas estavam estranhas, primeiro, eles estavam indo atrás de uma medi-nin, depois aquele misto de expressões na face do Uchiha, que é sempre frio e inexpressivo. Somente agora que Deidara tinha reparado, mas Itachi não levava seu famoso sharingan nos olhos, sabia que ele gostava deixá-lo a vista, porque sabia que isso intimidava as pessoas.

O Uchiha estava no mínimo estranho, mais estranho do que ele normalmente já era. Lembrava-se das palavras do líder, o sucesso dessa missão interessava diretamente seu parceiro. Mas por quê? Estava em missão com Itachi e nem sabia o que tinha ido fazer ali, sentia-se um mero guia sem valor.

– Itachi, quer parar de frescuras e me dar os detalhes, un – E isso tudo estava começando a irritá-lo.

– Basta saber que precisamos levá-las à sede conosco vivas, inteiras e conscientes. – Falou vencido, sabia que o loiro não ia desistir enquanto não falasse.

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– Estou começando a enjoar dessa vila, Sakura – Ino estava deitada na grama com a cabeça escorada na perna da amiga, era hora do almoço e elas estavam descansando embaixo de uma árvore. – Já deveríamos ter ido embora, estamos há muitos dias no mesmo lugar, isso pode acabar denunciando nossa localização.

– Tem razão. Vamos tirar o resto do dia de folga, partiremos amanhã antes da hora do amanhecer.

Elas ficaram na estrada por dias a fio, não queriam parar, mas resolveram de última hora ajudar aquela pequena vila que estava quase toda destruída. Não era uma vila shinobi e muito pobre para contratar ninjas, então resolveram ajudar.

Mas não era isso que buscavam. As queriam alguém que as treinasse ainda mais, mas até agora nenhuma ideia tinha lhes parecido à altura do que procuravam. Já eram da maior vila do país do fogo.

Agora estavam no acampamento que montaram na floresta daquela vila, Ino afiava suas kunais e Sakura estava deitada na sombra de uma árvore concentrando chakra em vários pontos específicos do corpo. Era como uma meditação que a ajudava a aperfeiçoar seu controle de chakra quase perfeito.

– Acha que ainda estão procurando a gente? – A voz da amiga desconcentrou a rosada.

– Arrependida? – Sakura desde que caíram no mundo havia adquirido uma frieza impressionante na voz, de fato, podia-se dizer com certeza que aquela garota de Konoha não existia mais, havia apenas uma mulher de temperamento controlado e determinada ali.

Ela estava segura da decisão tomada. Não estavam dando um tempo, aquilo não era a fuga de duas adolescentes rebeldes e nem férias.

– Nem um pouco. É só curiosidade. – Ino também tinha mudado muito.

– Com certeza tem um esquadrão ANBU atrás de nós, mas não se preocupe já estamos longe o bastante para eles nos pegarem.

– Hum, com certeza devem estar pensando que fomos raptadas ou algo do gênero, afinal, eles devem pensar que somos alvo fácil não é mesmo?

– Sempre subestimadas.

– Parece estranho Sakura-chan, conhecíamos tantas pessoas naquela vila, mas eu não sinto falta de ninguém.

Sakura permaneceu em silêncio por alguns minutos, agora que Ino tinha doto aquilo o fato se tornou consciente em sua cabeça também. Vivia cercada de pessoas queridas para si na vila, mas agora que tinha o seu foco em si apenas eles não pareciam ser tão vitais em sua vida.

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