Almas gêmeas

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– Dei-san– Ela o chamou, parando o beijo. – Tem uma regra pra entrar no meu jogo.

Ino o fez sentar sobre os joelhos no chão e na sequência se ajoelhou de frente para ele. O Iwa sorriu, ela ainda se lembrava do jogo que ele tinha começado no hotel. Este era um ponto da personalidade dela que nunca falhava, Ino era uma pessoa vingativa.

– E qual seria, un. – Perguntou a incentivando.

A loira se aproximou mais do corpo dele, deixando apenas uma pequena distância eles. Como Deidara estava sentado sobre as pernas e ela apenas ajoelhada, Ino estava mais alta do que ele, que tinha a cabeça erguida para encará-la. A distância entre suas faces era a mesma que havia entre seus corpos.

– Você está proibido de usar as mãos. – Decretou. – Deseja dizer algo?

Ele tomou fôlego para falar alguma coisa, provavelmente algo sem valor, pois após o movimento de resposta dela nem mais se lembrava daquelas palavras. No momento em que abriu sua boca Ino a invadiu impetuosamente, levando as duas mãos à face dele.

O gesto o manteve parado ali como queria. O beijo lhe exigiu movimentos rápidos, com uma profundidade casta e ar afoito.

Ele já esperava por algo do tipo, essa era vingança dela pelo beijo dado no hotel. No começo ele achou que seria fácil se controlar e não tocá-la, apesar de quase tê-lo feito algumas vezes, mas a tarefa estava ficando cada vez mais difícil.

Pois mesmo na urgência dos toques castos, Ino encontrou um meio de lhe exigir o aprofundamento do beijo. E por mais profundo que se tornasse a cada movimento ela encontrava meios de aprofundá-lo ainda mais.

Deidara sentiu como se estivesse sendo sugado e consumido de dentro para fora. Sentia seu coração batendo no mesmo ritmo do beijo, neste momento ele sentia como se dependesse daquele beijo para que seu sangue continuasse a circular. Como se a força que mantinha seu coração fosse o sopro de vida que vinha dos batimentos dela.

A curta distância entre seus corpos fazia com que ele pudesse sentir a vibração do corpo dela, que fazia o seu próprio formigar. Suas mãos pareciam querer seguir espontaneamente para o corpo dela, mas não a tocaria. Ao invés disso cravou as unhas nas próprias mãos. Após alguns minutos ela terminou o beijo deixando um chupão no lábio inferior.

– Tecnicamente, estamos empatados. – Disse de forma irônica, se referindo ao evento no quarto de hotel.

– Yamanaka Ino, um escorpião peçonhento e vingativo. Ela é perigosa e eu gosto disso. – Deidara recitou, como se estivesse contando alguma história sobre alguém distante enquanto apenas ficou a admirando com um olhar embasbacado.

– Vai ficar aí só me olhando, un?– Ela perguntou utilizando da mania dele para que a voz rouca soasse mais irônica.

Sem conseguir falar ou pensar direito, ele a empurrou. Ino que estava ainda de joelhos caiu deitada de costas contra o chão de areia fina, logo sentindo o peso do corpo do loiro sobre o seu. Satisfeitos aquele foi o primeiro beijo que não foi roubado por ninguém, era apenas o processo natural de um desejo mútuo.

Nesta posição as mãos afoitas e curiosas do Iwa tiveram liberdade para percorrer e descobrir cada curva do corpo de vinha desejando há semanas. Seus dedos se apertaram contra os músculos rígidos com uma ansiedade sem igual, tal como se ela fosse desaparecer caso não a mantivesse firme entre suas mãos.

A cada novo toque o prazer de senti-la ceder sobre o seu corpo, levando as unhas pontudas por caminhos inóspitos que mesmo por cima dos panos podia ser sentido. Em um momento em especial a loira se viu obrigada a se soltar dos lábios famintos para perder-se em gemido mudo enquanto abria mais suas pernas para acomodá-la melhor entre suas coxas.

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