Todos juntos

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– Ele está vivo. – A surpresa – Mas está nos deixando. – E o medo.

– Mas você é a médica certo? – A voz Konan saiu levemente temerosa. – Pode dar um jeito nisso, não pode?

– Deidara está ferido demais, eu não posso dar garantias de nada. Mas temos que ser rápidas. – A rosada terminou sua fala se voltando mais uma vez ao corpo quase sem vida que tinha ante si.

A fala da amiga ativou todos os sentidos de Ino, fazendo com que a loira despertasse em sobressalto. Como assim Sakura não acreditava que seria capaz de trazer Deidara de volta? Nunca tinha escutado palavras assim da amiga, tudo o que lhe era imposto, por difícil ou único que fosse, Sakura conseguia. Ela era perfeita com os ninjutsus médicos.

– Rápido? Rápido como? O que eu faço? – Questionou a loira, desta vez sendo solta por Konan.

– Rápido do tipo 'o relógio contra nós' Ino, eu sinto muito. – Não podia deixar de ser sincera com a amiga, por mais que a realidade atual pudesse ser ainda mais aterrorizadora que a anterior.

Faria tudo o que estivesse ao seu alcance, mas não havia garantias para a vida de Deidara.

– Konan precisamos tirar ele do buraco direto para o hospital, eu sei que você tem como se comunicar com Pain daqui, peça para ele, Itachi e Kakuso e Kisame estarem prontos em um hospital para nos auxiliar. Principalmente Itachi, ele precisa estar dentro da sala de cirurgia. – Disse dirigindo um rápido olhar a azulada.

– Hai! – Konan respondeu e se afastou para fazer o que lhe fora pedido.

– Cirurgia? – Ino olhou assustada para Sakura, mas a rosada não lhe respondeu da forma como queria.

– Ino são muitas fraturas e muitas lesões internas, então tome cuidado. Preciso que você mantenha os órgãos primordiais enquanto eu vou cuidar de duas hemorragias, são pequenas, mas ele já está aqui tempo demais. E se você se importa mesmo com ele, não o veja como seu namorado.

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Na sede os homens estavam todos unidos, porém em silêncio. Hidan estava ali apenas porque não tinha escolha, Kakuso estava sentado em uma poltrona grade e confortável, lendo.

O mais velho também não entendia muito bem o porque de ter que se manter ali. Kisame estava deitado sobre o tapete, a cabeça escorada sobre a Samehada, estava curioso sobre onde aquilo tudo iria os levar.

Itachi estava sentado na outra poltrona grande e confortável da sala, o cotovelo apoiado sobre o braço da poltrona, enquanto a mão servia de apoio para a cabeça, os olhos fechados o mantinham em alerta de uma forma diferente. E Pain andava de cá para lá pelo aposento, culpando-se por permitir que Konan saísse sozinha daquele jeito, levando em consideração o estágio de sua gestação.

Ele não sabia nada dessas coisas de gravidez, mas lhe parecia obvio demais o fato de que ela deveria evitar certos esforços. Estava preocupado, já tinha tanto tempo que ela tinha ido e não tinham nenhuma notícia, nenhum sinal de que elas estariam voltando. Devia ter mandado um dos cinco. Devia ter ido com ela. Devia ter-la feito ficar.

Soltou um suspiro pesado para marcar o momento em que tinha desistido de apenas ficar ali esperando. Iria atrás dela, sabia que ela estava mais sensível nos últimos dias, diria até que Konan estava emotiva demais.

Não entendia isso, mas sabia ter relação com hormônios e coisas da gravidez, por isso vinha se monitorando para não contrariar a amada, ou fazer algo que a pudesse chatear, mas não podia permitir essa atitude dela de sair assim por aí. Estava certo disso agora. Deu uma volta em torno de seu próprio eixo, indo em direção a porta.

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