Capítulo 2

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"Niall! Abra essa porra de porta agora! Eu não estou brincando!"

A porta se abre e Louis se vê cara a cara com seu amigo e antigo companheiro de quarto pela primeira vez desde que ele se mudou para casa depois da formatura.

"Tommo, que diabos? Por que você está em Londres? Você está parecendo um merda."

"Eu sou um idiota tão fodido, Niall", Louis geme dramaticamente quando passa por Niall e entra em seu apartamento compartilhado. Ele se joga no sofá novinho em folha que Niall comprou quando Louis levou sua velha e irregular mobília que mal podia ser considerada um sofá. É perfeito para cochilar, no entanto.

Niall ri. Ele realmente tem a audácia de rir. "Eh... sim, eu sei. Mas você talvez queira ser mais específico? O que aconteceu?"

"Meu mundo desmoronou ao meu redor esta manhã, e você é meu melhor amigo, e eu pensei que talvez você pudesse me ajudar a começar a limpar as merdas ou... pelo menos me deixar reclamar da minha vida."

"Louis, você não está realmente me falando nada que eu possa te ajudar. Você precisa me dizer o que aconteceu ou eu não posso te ajudar."

Louis leva um momento para fechar os olhos, sugar uma respiração irregular e fingir que nada está errado antes de olhar para Niall. Que está olhando para ele. Deus. Ele esconde o rosto nas mãos e diz o mais silenciosamente que consegue: "Eu o vi hoje de manhã."

"Harry?"

Louis olha para cima, assustado. "Como você sabia disso?"

"Louis, cara. Ficou bastante óbvio que esse colapso teve algo a ver com ele. Todos os seus colapsos tem. Então você o viu, né? Onde?"

Escolhendo ignorar as mentiras descaradas, Louis revira os olhos e começa a falar. "Na padaria. Que é chamada de "pathetic" ou "pitiful" ou algo do tipo agora", ele enfatiza as aspas com os dedos. "Eu realmente não o vi, eu apenas ouvi. Eu entrei porque eu não achava que ele estaria lá por causa da placa e do fato de que se passaram cinco anos. Mas ele disse meu nome quando eu estava saindo. Eu sabia que era ele, mas saí sem me virar. Eu não podia ter feito isso, Niall. Por que eu fiz isso? Por que eu mesmo fui lá em primeiro lugar? O que há de errado comigo?!"

Niall pula repentinamente do sofá e retorna momentos depois com duas cervejas na mão. "Não há nada de errado com você, Tommo. É muito legal, na verdade, você mesmo se fazer entrar lá. Muitas pessoas não teriam sido tão fortes, sabe?"

"Eu me sinto um estúpido"

Niall acena e fica em silêncio por um minuto ou dois. "Você vai voltar lá?"

Louis suspira e engole sua cerveja. "Essa é a pior parte. Isso é o que prova que eu perdi completamente a cabeça. Eu quero. Mesmo que seja só para vê-lo."

Niall lhe lança um olhar, sobrancelhas levantadas e Louis não pode culpá-lo.

"Deus, eu pareço tão ridículo! Niiiiaallllll", ele lamenta.

"Eu não acho que você é ridículo, cara. Eu só acho que você precisa resolver algumas coisas, de uma vez por todas. Você não pode fazer isso para sempre."

Bem, esse foi o conselho mais inútil que ele já recebeu. Eles se sentam no apartamento em silêncio, e Louis nota pela primeira vez que a televisão estava ligada o tempo todo. Ele pensa em seu último comentário.

Mesmo que seja só para vê-lo. Ele provavelmente parece estar diferente. Ele não tem mais dezesseis anos. Sua voz soou estranha. Eu me pergunto se ele deixou o cabelo crescer. Seus olhos seriam os mesmos. E suas covinhas. Aposto que ele tem alguém para fazê-lo sorrir tanto que sua covinha esquerda pareça dolorosa.

Petrichor [l.s] • portuguese versionOnde histórias criam vida. Descubra agora