Louis acorda cedo na manhã seguinte e se despede de Niall. Niall mais ou menos diz a ele para se recompor, e Louis não sabe se prefere dar um soco nele ou abraçá-lo. Ele escolhe a última opção.
Louis se veste, passa um pouco mais de tempo do que poderia ser considerado normal ajustando sua franja, e deixa seu apartamento antes que ele possa desistir.
Ao chegar na porta da padaria, ele lê a placa mais uma vez. Petrichor. O que diabos isso significa? Isso é mesmo inglês? É claro que Harry encontraria alguma palavra aleatória e a adoraria tanto ao ponto de decidir usá-la para o nome de seu negócio.
Louis planejou chegar antes de Harry abrir a loja, então ele sabe que ele é provavelmente a única pessoa que está aqui. Ele bate na janela e espera impaciente, os nervos batendo contra os ossos no ar frio da manhã. Vai nevar em breve.
Um jovem com cabelo curto e tatuagens escorrendo pelos braços abre a porta e diz com um sorriso: "Sinto muito, senhor. Não vamos estar abertos por mais uma hora."
Louis se desloca desajeitadamente. Ele não tinha planejado isso. "Hmm... na verdade estou procurando por Harry. Ele ainda está em casa?"
"Oh", o sorriso do homem se alarga. Ele parece um cachorrinho. Ainda mais que Niall. "Oh, você deve ser Louis."
Aparentemente, ele também pode ler a mente de Louis como Niall. "Sim... como você sabia disso?"
"Ah, é que o Harry mencionou que você poderia passar por aqui. Infelizmente, ele está doente e não virá hoje. Ou talvez até o resto da semana."
O que? Harry mencionou que eu poderia passar por aqui? Por que ele pensaria isso?
Os pensamentos de Louis estão em todo lugar. Ele não sabe em que focar primeiro. "Oh. Ok. O que, uh... o que há de errado com ele? Suas alergias estão atacando novamente?"
Que bela maneira de falar, Tomlinson. Super suave. Você é basicamente o James Bond.
O homem franze a testa, e Louis decide imediatamente que ele não gosta disso. "Não, eu acho que ele só está doente, cara. Pode até ser gripe. Ele está na cama desde ontem de manhã, pálido como um fantasma. Só se levanta para vomitar. Definitivamente não o quero aqui."
Louis sente que pegou a doença de Harry. Ele quer vomitar só de pensar em Harry cansado e doente, deitado na cama sem ninguém para lhe trazer sopa, afofar os travesseiros, levar o cachorro para passear ou fazer chá para acalmar a garganta. As imagens trazem uma tristeza insuportável. Harry merece algo melhor.
Louis percebe que ele não falou nada por alguns momentos quando o homem estende a mão para apertar a sua. "Liam Payne. Como eu disse, Harry não está aqui, mas você pode entrar se quiser. Eu entendo que você costumava trabalhar aqui. E eu não acho que Harry se importaria."
Louis assente e atravessa a porta, se sentando na cadeira em frente ao balcão. Seu balcão favorito no mundo. É tão feio e tão perfeito. Liam pergunta se ele gostaria de alguma coisa antes de terminar de arrumar a loja, e Louis recusa educadamente.
"É bom finalmente conhecê-lo. Eu ouvi muito sobre você ao longo dos anos."
"Nem todas as coisas foram boas, tenho certeza", Louis estremece. "Há quanto tempo você conhece Harry?"
"Eh... eu diria... eu não sei, tipo quatro anos? Nós nos conhecemos quando me mudei para cá quando tinha dezoito anos, então sim. Foi uma droga, cara, minha família se mudou no meu último ano de escola e eu não conhecia ninguém. Mas Harry meio que me aceitou e cuidou de mim mesmo sendo mais novo que eu. Ele é um cara bom."
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Petrichor [l.s] • portuguese version
Roman pour AdolescentsLouis volta para casa depois de se formar na faculdade e descobre que Harry não mudou muito nas coisas importantes. Seu cabelo está mais longo e sua voz mais grossa e ele agora é dono da padaria que eles trabalhavam quando crianças. Mas seus olhos s...