Louis bate na porta, a madeira velha, rachada, forte e familiar sob os nós dos seus dedos. É um ato estranho. Esta é a sua casa. Ele nunca bateu antes.
A porta se abre devagar, e Louis fica confuso até que ele olha para baixo e encontra um menininho com cachos brilhantes olhando para cima com um sorriso no rosto e os braços estendidos em direção ao irmão.
"Ei, Ernie!" Louis murmura, se abaixando para pegá-lo no colo. "O que você está fazendo atendendo a porta, garotinho?"
"Estou bem atrás dele, não se preocupe", Fizzy responde, abrindo um abraço quando Louis segura Ernest no peito. "Por que você bateu, seu maluco?"
Uma risada silenciosa sobe na garganta de Louis e ele encolhe os ombros. "Não sei. Onde está a mamãe?"
"Deve estar de volta em um minuto. Ela levou Dan em um lugar para jantar, já que ele tem que trabalhar até tarde hoje à noite."
Louis se junta a seus irmãos, pressionando beijos doces em suas cabeças e quase sendo derrubado quando eles se apressam em abraçá-lo. Eles começaram a jogar um jogo de tabuleiro quando sua mãe entra pela porta da frente. Seu rosto se ilumina ao ver Louis esparramado no carpete, com seus irmãos mais novos rastejando sobre ele como se ele fosse um trepa-trepa, e o coração de Louis se contorce de culpa. Como se ela fosse machucá-lo.
"Ei, mãe", diz ele, engessado em um sorriso nervoso.
"Oi, querido." Ela descansa a bolsa no balcão da cozinha e caminha até a sala de estar, abrindo os braços quando Louis se desembaraça dos macacos subindo em suas costas. Ela sempre dá os melhores abraços, apertado e quente, como se deixasse a sensação para sempre, era isso que Louis precisava. "A que devemos este prazer?"
Louis respira o aroma de seu perfume, um pouco ofuscado pelo cheiro de Holmes Chapel no outono. Biscoitos, chá quente e folhas caídas. Ela cheira a casa.
"Preciso conversar. Me desculpe, eu não... aconteceu algo. Me desculpe por eu ter ido embora."
Jay se afasta lentamente, olhando para ele com olhos preocupados. "Você está bem?"
Louis acena com a cabeça uma vez e percebe como isso é falso. Ele muda seus movimentos, balançando a cabeça de um lado para o outro. "Na verdade não."
Os lábios de Jay se juntam por apenas um momento, as sobrancelhas se apertando. "Só me dê um momento para verificar as garotas, ok? Vou me certificar se elas não precisam de uma pausa para cuidar dos pequenos."
Louis assente, "Venha para o meu quarto quando tiver um minuto. Eu vou me deitar um pouco, se estiver tudo bem."
"Claro. Até logo," ela responde, lhe dando um rápido beijo na bochecha antes de pegar sua filha mais nova em seus braços.
Apenas alguns minutos depois, um tapinha suave na porta fechada o distrai da luz fraca que dançava ao longo da parede familiar do outro lado da sala. Ele já olhou para essa parede tantas vezes antes, com os cachos emaranhados de um menino doce no centro de seus pensamentos. Não é muito diferente de agora.
"Boo Bear", Jay murmura, entrando no quarto lentamente. "O que está acontecendo, amor?"
Louis tenta se preparar, para puxar todas as forças deixadas em seu corpo exausto, para tornar isso o mais prático e indolor possível. As lágrimas caem de qualquer jeito, e ele corre para enxugá-las antes que as mãos de sua mãe o atinjam apenas para fazê-las caírem mais rápidas e mais pesadas contra o edredom. Em vez disso, ela espera calmamente por uma explicação.
Outra respiração estremecida inspirando e expirando, e Louis a empurra para fora. "O que Harry disse para você quando você perguntou se ele queria se casar comigo?"
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Petrichor [l.s] • portuguese version
Fiksi RemajaLouis volta para casa depois de se formar na faculdade e descobre que Harry não mudou muito nas coisas importantes. Seu cabelo está mais longo e sua voz mais grossa e ele agora é dono da padaria que eles trabalhavam quando crianças. Mas seus olhos s...