Louis se vira e observa Harry se aproximar. Ele sorri e Louis dá uma risada nervosa que ele não tem certeza se Harry ouve. Ele realmente não se importa se ele ouviu ou não.
"Oi de novo."
"Oi", Louis respira.
Harry aponta para o banco. "Posso me sentar com você?"
"Sim! Por favor!" Jesus, ele realmente precisa se acalmar.
Harry se senta e arqueia as costas, sua espinha estalando audivelmente. "Ugh, desculpe. Foi uma longa manhã."
"Eu sinto Muito. Tenho certeza de que minha aparição não ajudou."
"Não, sinceramente, não é você. Meu cachorro ficou doente a noite toda, então eu não consegui dormir. E eu estava tão cansado quando cheguei à padaria hoje de manhã que estraguei todos os tipos de receitas antes de finalmente desistir e esperar que minha confeiteira chegasse. Eu estou fora de mim hoje. Não é você. Eu estou feliz que você esteja aqui."
"Ok, certo."
"Ei. Eu realmente estou feliz em te ver. Eu agi como um idiota logo no começo, então me desculpe. Eu acho que estava em choque."
"Compreensível. Você poderia ter me dado um soco na cara, gritado comigo ou me chutado para fora da sua padaria, então eu acho que você lidou com isso muito bem na verdade." Harry não responde, então Louis respira e continua. "Sinto muito que você tenha tido uma manhã difícil mesmo antes de eu aparecer." Ele ainda está sentado lá sem dizer nada, e Louis entra em pânico, precisando preencher o silêncio. "Você tem um cachorro?"
"Sim", diz Harry, seu rosto se iluminando com a pergunta. "O nome dela é Gracie. Ela é um Dogue Alemão. Ela é uma idiota. Super adorável. Dogue Alemães realmente dão abraços incríveis." Um sorriso cresce no rosto de Louis enquanto Harry gesticula descontroladamente. "Eu sinto que é um equívoco comum que apenas cães fofinhos são chameguentos. Isso é uma palavra? Chameguentos? De qualquer jeito. Minha Gracie é a minha chameguenta favorita."
Louis não pode evitar. Ele ri. Ele realmente e genuinamente ri alto por muito tempo. Harry parece estar lutando com sentimentos alternados de ofensa, vergonha e pura alegria, seu rosto oscilando entre emoções como o tique-taque de um relógio.
"Do que você está rindo?!"
"Me desculpe, eu não estou tirando sarro de você." Harry lhe lança um olhar perplexo para o qual ele esclarece: "Não de um jeito ruim."
"Como você tira sarro de alguém de um jeito bom?"
"É só que... eu perguntei sobre você ter um cachorro, e você falou por dois minutos inteiros sobre abraços. Foi engraçado Harry! Vamos lá, você teria rido de mim se eu tivesse sido o único a falar sobre abraçar meu cachorro sem pêlo."
O sorriso hesitante de Harry aumenta até que a coisa favorita de Louis no mundo acontece diante de seus olhos pela primeira vez em cinco anos. As covinhas de Harry estão em exibição total, e Louis poderia chorar. É preciso cada fibra de autocontrole em seu corpo para resistir ao fato de querer estender a mão e colocar o polegar na cratera no belo rosto de Harry. Ele ama essas covinhas tão fodidamente.
Ele tem que continuar falando. Isso é bom, ele só precisa continuar falando.
"Então você é dono da padaria agora, e sua chameguenta favorita é a sua cachorra Gracie. Você tem cabelos longos e tatuagens."
Ele sente o rubor rastejar em seu rosto. Que bela maneira de dizer que você estava o verificando. Bom trabalho, Tommo. Surpreendente. Formidável. Maravilhoso. Isso não é tão embaraçoso assim.
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Petrichor [l.s] • portuguese version
Teen FictionLouis volta para casa depois de se formar na faculdade e descobre que Harry não mudou muito nas coisas importantes. Seu cabelo está mais longo e sua voz mais grossa e ele agora é dono da padaria que eles trabalhavam quando crianças. Mas seus olhos s...