Petrichor [l.s] • portuguese version

Capítulo 11

Louis acorda com a luz da manhã entrando pela janela do quarto. Deitado de lado, ele sente o calor sólido de outra pessoa nas costas pela primeira vez em anos. Ele não ousa se mover, temendo o momento em que Harry se desperte e que tudo isso seja arrancado de si.

Louis pode sentir a respiração suave e lenta de Harry na parte de trás do pescoço, o nariz pressionado na parte de trás da cabeça. Ele está muito feliz por ter lavado o cabelo ontem à noite. Ele se pergunta se Harry ainda gosta do jeito que ele cheira, se é por isso que seu rosto está pressionado contra a cabeça de Louis. Harry cheira tão bem, como sempre, um pouco diferente com a idade, mas ainda muito bem. Ele deseja que ele esteja de frente para a outra direção para que ele possa ver Harry dormindo, mas ele não consegue se virar. Ele ficaria assim para sempre, nunca olhando apropriadamente para ele novamente, se isso significasse que Harry estava o segurando. O braço de Harry está colocado sobre a cintura de Louis, e quando Louis olha para sua mão, fica bastante óbvio que eles estavam de mãos dadas em algum momento durante a noite porque a mão de Harry ainda está tão perto da dele, os dedos se estendendo para ele. Louis decide se mexer só dessa vez e desliza a mão o suficiente para os lençóis onde estão os longos dedos de Harry e coloca-os na palma da sua mão aberta. Ele prende a respiração e espera por qualquer sinal de que Harry esteja acordando, mas Harry não se move. Sua nova medicação deve estar funcionando melhor do que as coisas que ele estava tomando antes.

Louis fecha os olhos cansados ​​e se concentra nos dedos de Harry se contraindo em suas mãos, no calor e segurança do corpo largo de Harry contra suas costas, saboreando o sonho antes que termine inevitavelmente. Ele se pergunta quando Harry deve tê-los mudados para essa posição depois que Louis adormeceu em seu peito. Ele sente uma pontada de arrependimento quando pensa nas costas fracas de Harry e se agita silenciosamente por ser tão egoísta, mas ele se assegura de que está tudo bem, ambos estão bem, porque Harry teve o bom senso de fazer uma mudança antes de se machucar. E essa mudança não incluiu deixar Louis sozinho em seu quarto para voltar para o sofá ou mesmo se afastar de Louis em sua cama. Harry ainda é o mais próximo que ele poderia ser.

Vê? Está tudo bem. Harry é assim, ele é delicado. Não é estranho. Ele não sabe que você está secretamente apaixonado por ele. É apenas abraços. E sim, talvez nem todo mundo abraça seu melhor amigo, mas há história aqui, e isso deixa tudo muito bem. Harry e eu somos diferentes, sempre fomos. Antes mesmo de acontecer alguma coisa quando éramos crianças. Está tudo bem.

Louis volta a dormir durante o seu monólogo interno apenas para ser acordado o que parece minutos depois com um movimento contra suas panturrilhas. Louis finge dormir. Se Harry quiser sair e fingir que isso nunca aconteceu, Louis pode pelo menos deixar isso menos complicado.

"Bem, você não melhorou na questão fingir estar dormindo, eu posso ver isso." Antes que Louis possa pensar em uma desculpa lógica, ele está distraído com a sensação do sorriso preguiçoso de Harry em sua nuca. "Você sempre foi tão ruim nisso."

Louis sente o pânico começar a se agitar em seu peito. Isso é descontroladamente inapropriado. Este é o caminho para além da linha que ele decidiu seguir. Ele sai do colo de Harry apenas para ter seu braço preso e seu corpo puxado de volta para a cama.

"Por que você está pirando?" Harry pergunta, pânico suave evidente em sua voz.

"Eu não estou. Apenas me deixe ir."

"Louis, tá tudo bem."

"Não, não está! Não está tudo bem, Harry!"

Harry finalmente desiste e larga o braço de Louis, e quando Louis olha para ele em seu caminho para fora do quarto, ele vê uma expressão de frustração em seu rosto sonolento. Eles fecham os olhos por um breve momento antes de Louis sair do quarto e ouvir Harry cair de volta nos lençóis com um gemido.