Capítulo 32

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Harry está em toda parte, e Louis nunca esteve tão sobrecarregado em sua vida. A mais doce combinação de prazer e dor está em cada nervo do seu corpo e no seu coração batendo descontroladamente. O coração de Harry está batendo contra seu peito, e Louis move sua palma sobre ele com a respiração frenética. É demais.

Louis move a mão para debaixo da camisa de Harry para pressionar contra suas costas largas e musculosas, cavando as unhas em sua pele. A respiração de Harry trava, e ele se abaixa ainda mais para morder o pescoço de Louis.

"Harry," Louis choraminga, qualquer constrangimento por soar tão necessitado está sendo ofuscado pela eletricidade que pulsa entre eles. "Por favor."

Harry levanta o rosto e perfura Louis com um olhar intenso, seus olhos queimando com tudo que ele não poderia dizer antes desta noite. "Eu estou bem aqui."

Louis sente seus olhos começando a lacrimejar e pisca rapidamente olhando para o teto, tentando evitar que as lágrimas caiam. Mas Harry percebe. Ele percebe tudo. Ele coloca todo o seu peso no braço esquerdo, trazendo a mão direita para o rosto de Louis, pegando a primeira lágrima com o polegar. Ele se inclina para frente e beija suavemente sua pálpebra, depois sua bochecha e depois seus lábios.

"Me desculpe", Louis sussurra.

"Não."

"Harry–"

"Não. Você não tem motivo para se desculpar."

Louis na verdade havia pedido desculpas por chorar pela milionésima vez. Mas agora ele está dolorosamente ciente de todas as coisas pelas quais precisa se desculpar.

"Louis". Ele olha para Harry através do borrão de lágrimas não derramadas. "Eu estou tão, tão feliz. Você está feliz?"

"Sim", diz Louis, sua voz se quebrando.

"Então não se desculpe mais."

Louis não consegue pensar em uma única razão para não estar beijando Harry agora, então ele levanta a cabeça e junta seus lábios. Ele puxa a camiseta velha e encharcada de Harry sobre a cabeça, a jogando no chão e o empurra sob suas costas, colocando as palmas das mãos na cama perto da cabeça do mesmo. Os cachos se espalham no travesseiro, a água da chuva molham o material fino e ele nunca pareceu tão bonito quanto agora.

"Eu te amo."

Harry sorri, e é tão brilhante, tão gentil e tão honesto. "Eu também te amo", ele sussurra.

"Posso apenas me desculpar só mais uma vez?"

Harry revira os olhos, mas o ato é suavizado por seu sorriso ainda presente. "Acho que sim. Mas depois chega. Combinado?"

Louis assente e abaixa o corpo para descansar em cima de Harry, sussurrando confissões em seus lábios interrompidos apenas por beijos ansiosos e suaves toda vez que um deles não consegue mais resistir.

"Acho que sempre te amei. Desde o dia em que te conheci. Eu me apaixonei por estes primeiro...", diz Louis, enrolando um cacho úmido em volta do dedo. Ele corre o polegar sobre a pálpebra de Harry. "Estes foram os seguintes. Eu não sabia que verde era a minha cor favorita até conhecer você." Louis se inclina e beija o homem bonito abaixo dele. "Então seus lábios. E sua voz. E as palavras que você falou me fizeram acreditar em amor. Você me deu esperança, paz e alegria. Apenas por me amar, mesmo quando eu não merecia isso".

Louis move a mão para baixo no peito de Harry e estende os dedos acima do coração batendo rapidamente. "Quando eu percebi que isso era o que eu realmente amava, seu lindo coração, eu sabia que as coisas nunca mais seriam as mesmas. E isso me assustou, Haz. Eu queria te dar o mundo. E ao invés disso, eu arruinei tudo. Me desculpe por fugir."

Petrichor [l.s] • portuguese versionOnde histórias criam vida. Descubra agora