Sua caminhada até o café é narrada pelas tentativas cautelosas de Niall para aliviar o clima. Louis está nauseado o tempo todo. Ele não pode deixar de imaginar os resultados potenciais mais dolorosos dessa ideia desastrosa. O que diabos ele estava pensando? Harry tem sua própria vida, uma que não inclui Louis. Por uma boa razão. Esta é uma má ideia.
"O que você está pensando, Tom–"
"O que você acha, Niall?! Oh meu Deus, você pode apenas por um segundo reconhecer que isso é uma grande coisa?! Desculpe por gritar com você, mas vamos lá cara!"
Niall para de andar e agarra Louis pelos dois ombros. "Louis. Eu sei que isso é uma grande coisa e que você está pirando. Mas tudo vai ficar bem. Você vai sobreviver a isso. Você planejou, literalmente, cada momento, e você não vai chegar lá e dizer algo estúpido ou fugir ou vomitar nele. Vai ficar tudo bem, e você vai superar isso e ficar feliz por ter feito a coisa certa porque você está se atormentando há cinco anos. Agora cale sua maldita boca e siga em frente."
Niall deixa cair as mãos e começa a andar ainda mais rápido que antes. Louis tem que correr para alcançá-lo.
Quando eles chegam, depois que Niall entrou na loja sem Louis enquanto o mesmo se dava uma outra conversa rápida, de última hora, Louis abre a porta e entra. O cheiro de canela e açúcar flutua no ar, e Louis já está segurando as lágrimas. Ele olha ao redor do lugar uma vez antes de se sentar em frente a Niall em uma mesa perto da janela com a melhor vista do parque do outro lado da rua.
"Ele está aqui? É ele?"
"Niall, pelo amor de Deus, você pode diminuir a voz um pouco? Por favor? Eu olhei em volta antes de me sentar e não o vi. Ele provavelmente está na cozinha."
Você não sabe como ele é. Claro, você reconheceria seus olhos de esmeralda em outra vida, mas ele poderia estar de costas para você. Ele poderia estar neste lugar. Ele já poderia ter visto você.
"Porra", Louis respira e deixa cair a cabeça na mesa. "Eu não sei se ele está aqui. Vamos pedir o lanche, e eu perguntarei ao atendente se ele está aqui."
Uma garota vem pegar o pedido, Louis escolhendo rabanada com calda extra e Niall selecionando praticamente tudo no cardápio.
"Conhecendo você, nós estaremos aqui o dia todo, então me desculpe por querer estar preparado", diz Niall quando Louis lhe dá um olhar de reprovação. "Eu pensei que você ia perguntar a nossa atendente sobre o paradeiro de Harry?"
"Eu vou quando ela trouxer a nossa comida, eu juro."
Muito em breve, ela chega com o pedido, parecendo muito animada para o que parece ser o fim do mundo. Ele respira fundo antes de olhar para ela cautelosamente. "Hum... Harry está aqui hoje?"
O rosto da garota se ilumina. "Sim, ele está em seu escritório. Você o conhece? Eu posso ir chamá-lo."
Seu escritório?
"Eh... sim, isso seria ótimo. Se você acha que ele não está muito ocupado. Obrigado." A garota concorda com a cabeça e caminha na direção da parte de trás da loja.
Louis se vira para Niall, que está sorrindo assustadoramente. "Eu estou morrendo aqui, você pode, por favor, não parecer que está na Disneylândia no dia do seu aniversário?"
Suas mãos estão tremendo e sua garganta está se contraindo. Talvez Louis morra antes mesmo de Harry chegar à mesa. Niall o traz de volta à realidade alguns minutos depois com uma tosse não tão sutil e um chute no pé debaixo da mesa.
"Olá, sou o Harry! Sam disse que queria falar com–"
Louis está olhando para a mesa como se estivesse desvendando a mais complicada equação matemática da história. Ele não pode fazer isso. Essa é a pior ideia que ele já teve em sua vida, e agora é tarde demais para voltar atrás.
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Petrichor [l.s] • portuguese version
Roman pour AdolescentsLouis volta para casa depois de se formar na faculdade e descobre que Harry não mudou muito nas coisas importantes. Seu cabelo está mais longo e sua voz mais grossa e ele agora é dono da padaria que eles trabalhavam quando crianças. Mas seus olhos s...