Capítulo 5

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"Que tal eu passar outro fim de semana em Holmes Chapel?", sugere Niall, sua voz soando distante, claramente distraída.

"Niall, isso realmente não é necessário."

"Não é como uma obrigação passar um tempo com o meu melhor amigo, ok? Nós podemos sair e beber um pouco. Ou muito. Encontre um lugar onde possamos ficar curtindo sem que eu não seja forçado a sentar no sofá mais horrível do mundo."

"Você feche essa sua maldita boca, Horan", Louis diz com firmeza e um sorriso secreto no rosto. "Esse sofá é meu bem mais precioso. Você insultou minha honra pela última vez."

"Tudo bem, rainha do drama. Arrume suas coisas e eu te vejo amanhã."

Louis desliga e deixa o telefone cair de sua mão ao colocá-lo no edredom. Qual é o objetivo? De tipo... qualquer coisa? Sair da cama? Não tem sentido, ele não tem emprego. Tomar um banho? Não tem sentido, não é como se ele estivesse tentando impressionar alguém.

Depois de afundar em autopiedade por mais uma ou duas horas Louis decide se sentir mal na casa de sua mãe, e não em seu próprio apartamento. Uma mudança de cenário é tudo que ele precisa. Ele esfrega o rosto e escova os dentes, nem mesmo se incomodando em olhar no espelho. Ele pega uma barra de granola da tigela no balcão da cozinha, desliza em seus antigos tênis que não foram desatados em mais de um ano, e entra no corredor, trancando a porta antes de descer as escadas e andar devagar pela rua.

"Oi, mamãe", diz ele, cansado, ao entrar na pequena casa. Cheira a biscoitos de amêndoa e ao perfume de sua mãe.

Jay olha para cima de onde ela está se curvando em frente ao forno. "Bom dia, baby bear. O que você está fazendo aqui, amor? As meninas estão na escola."

"Só precisava de um aconchego."

Jay caminha até Louis e envolve seus braços ao redor dele, apertando com tanta força que beira a dor. "O que aconteceu? Não minta para mim."

"Mãe, eu nunca minto para você."

"Eu sei amor. Me deixe terminar aqui e podemos conversar. Vá se sentar. Pegue sua colcha. Você quer chá?"

Louis assente e deixa ela se afastar. Ela chega à sala de estar minutos depois com um sorriso suave e sábio. Louis sabe que ela não vai pressioná-lo, ele terá que dizer.

Ele respira fundo e solta tudo em um único suspiro: "Eu vi Harry sexta-feira passada e conversamos sobre coisas, ele parecia feliz em me ver e depois fomos para o Luna no sábado, ele ficou bêbado e eu surtei porque eu estou com medo porque ainda estou apaixonado por ele e nós não conversamos faz cinco dias e não sei o que fazer."

Jay estende a mão e coloca as mãos nos dois lados do rosto de Louis, pressionando um beijo suave na sua testa. "Vai ficar tudo bem."

"Você não tem certeza disso, mãe."

"Sim eu tenho. Não responda", ela pisca para ele.

Louis sorri e se inclina em seu abraço caloroso.

"Amor, você o ama desde que nos mudamos para cá quando você tinha doze anos e ele tinha dez e vocês dois não podiam ficar um dia sem o outro. Pelo amor de Deus, o número de vezes que Anne e eu pegamos vocês se encontrando no meio da noite ou quando você estava de castigo deve ser embaraçoso para você. Mas você sabe por que eu deixo você manter isso?"

Louis olha para cima de onde ele tem o rosto enterrado no pescoço dela. "Por quê?"

"Pela mesma razão pela qual eu sei que tudo ficará bem desta vez. Ele também te ama. Ele sempre amou."

Petrichor [l.s] • portuguese versionOnde histórias criam vida. Descubra agora