Eles compartilham meus sonhos

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— Cuidado, Peter.

Eu engoli em seco e passei a andar mais devagar enquanto Step continuava com as mãos em meus olhos. Stephen tinha chegado ontem e tinha dito que queria me ver assim que terminassem as aulas. Foi minha última semana, eu era quase um adulto agora, ainda que sem emprego e com um TCC que poderia matar minha carreira que nem começou, mas eu nem estava aí com isso. Eu faria aquilo e faria bem. Porque a ideia era genial segundo um dos meus namorados e ponto final!

Mas eu estava com medo e talvez eu não soube esconder bem isso deles... Era uma possibilidade, não vou mentir. Step parecia mais sério do que o costume por isso quando ele parou naquele lugar no meio do nada, tipo não era exatamente no meio do nadaaaaa, mas era alguma vila estranha fora da cidade, mas ainda assim perto e pediu que eu saísse do carro e fechasse os olhos. Eu nem discuti.

Começamos a caminhar e ele cobriu meus olhos com as mãos dizendo baixo que era garantia. Eu não ia olhar afff! Mas ainda assim eu não disse nada.

Seria alguma festa de comemoração em um pub escondido – Aquilo era bem o Loki - por minhas notas mais do que exemplares? Eu devia confidenciar que Jarvis ajudou no último ano e não era mérito só meu, mas de um programa avançado de computador? Seria justo né!?

— Peter!

Eu tropecei em algo e acabei caindo nos braços dele que me pegou antes que eu me chocasse com algo mais duro do que o cabo de antena... No chão? Oi? Meus olhos abriram no susto e eu vi um cabo em um chão com piso lustroso colocado pela metade. Oi de novo?

Step suspirou fundo e eu fui solto com segurança e me virei para ele confuso:

— Não é um bar?

— Bar? Você anda demais naquele bar do Loki, Peter...

Ele disse rolando os olhos, eu sorri:

— Tecnicamente eu trabalho lá, Step.

Ele acabou sorrindo de canto e assentiu:

— Era para ser surpresa, mas você e olhos fechados em um ambiente deste é muito perigoso. Enfim, diga o que acha, eu sei que ainda não está acabado, porém queria que visse...

E ele me virou para que eu visse melhor a construção elegante e em estágio avançado de acabamento. Era uma casa? Uma casa de dois andares?

Me soltei de Step e fui até a escadaria de canto em um estilo legal, pisos claros, pé alto, e a porta daquelas chiques que abre toda com vãozinho e tudo. A cozinha tinha bastante espaço e pude ver árvores ao redor do lado de fora de trás da casa. Sai pela porta da sala e olhei a casa de fora, era a do final da rua, com grama e tudo no jardim de frente e abri a boca sorrindo, Step ia se mudar para perto de casa?

— Você vai se mudar para cá! Vamos ficar pertinho agora, ahhhhh!

Me empolguei, confesso e corri para meu daddie ator famoso de Tv e pulei no colo dele enquanto ele ria do meu rompante exagerado, por que eu era desses mesmo.

— Gostou?

— Sim, adorei!

— Mas eu não quero morar só "pertinho" – Ele disse me descendo e eu me senti confuso, como assim!? – Eu quero morar bemmm pertinho – ele praticamente me imitou quando eu alongava as consoantes finais, fiquei ainda mais confuso, como? – Peter, essa casa é sua, é nosso presente de formatura para você. E bem, tem mais um...

Ele se ajoelhou e eu quase tive um enfarto surto de loucura e me tremi todo antes que gritasse, e sabe o porquê...? Porque Stephen Strange estava tirando do casaco escuro londrino típico, uma caixinha de joias negra e abrindo ela sem tirar os olhos dos meus. Juro que eu tinha absoluta certeza que se o mundo acabasse agora eu ainda ficaria congelado ali no meio daquela casa fofa, congelado, em choque.

Meus daddies vingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora