Conversa sincera

1.3K 157 2
                                    


Chenchen se acomodou nos travesseiros e assistiu com certo saudosismo seu pai entrar no quarto e vir sentar a beira da sua cama.

Aquele dia tinha sido surpreendente em todos os sentidos.

O príncipe indo buscá-lo na escola, conversando horas com ele na sorveteria sobre seu país, suas ideias e o ouvindo verdadeiramente interessado sobre seus desejos. Ser um artista da Broadway.

Então ele chegando em casa e vendo o pai na porta a sua espera era como voltar para o tempo em que moravam na vila da praia do Brasil, quando ainda era um pequeno garoto correndo a solta por toda a longa praia e sempre pai Chan estava na porta a sua espera. Era outra porta agora, outro país, mas o sentimento era o mesmo.

Se jogou nos braços dele e então soube que todos os pais estavam lá e parecia que fazia anos que não os via, e não quase um ano apenas. Então apresentou o príncipe e seus pais viraram cães ferozes. Como sempre. E então disse sincero que estavam apenas se conhecendo, o que sua alteza confirmou e tudo ficou menos tenso.

No fim conversaram muito, ficou sabendo das novidades de casa e ficou feliz que os pais ficariam alguns dias. Contudo pai Chan continuava a olhá-lo daquela forma que sabia que em seu coração havia mais coisas. Então o príncipe se foi, seguido por um Bucky que parecia louco de bravo com ele, além de também ter passado por uma longa hora da inquisição Kim.

Sua alteza ia ter uma má noite com o seu guarda costas, só sabia disso.

Sentiu pena dele, mas não podia fazer muito.

Quando a porta se fechou atrás dos dois homens, pai Jongdae foi incisivo:

— Bucky sabe atirar, Nini e não sei se gosto disso, ele reconheceu de primeira o Soo na sala.

— Mas isso é bom papai, é mais proteção, não acha?

Seu irmão disse doce. Thor – Que seus pais adoraram por falar nisso – Já tinha subido com HY, só estavam ele, Nini e os pais na sala.

— Um príncipe de uma terra distante interessado no Chenchen, isso sim é preocupante.

Pai Suho rebateu com o rosto sério demais. Chenchen suspirou:

— Só estamos nos conhecendo, papai, não aconteceu nada, ele não ofereceu nada, só conversamos. Eu o acho bonito, interessante, mas nada além disso. Por enquanto...

— Meu amor, seus pais só querem ter a certeza que nada fique entre seus sonhos e você – Pai Chan pegou suas mãos de forma carinhosa como sempre - Veio para essa cidade por causa disso, todos apoiamos seus sonhos e se fosse alguém que morasse aqui, que pudesse namorar com calma sem a pressão da distância de continentes, seria mais saudável. Só estamos preocupados com isso, você é um pedacinho do nosso coração, e esse pedacinho é muito importante para que não fiquemos preocupados. Sabe que idade, poder aquisitivo, ou o que quer que seja não nos importa, mas não queremos que seus sonhos que tem alimentado desde pequenininho seja ofuscado por uma paixão juvenil. E para ser sincero, meu amor, eu pensei que seu coração já tivesse se encaixado com outro certo alguém de quem só sabe falar desde que o conheceu.

Ele tinha arregalado os olhos naquela hora e seu pai Luhan provou Nini sobre o bombado mau encarado e o assunto saiu de si, mas Chenchen não esqueceu aquilo nem um segundo sequer.

E agora estava ali, só ele e seu papai que mais amava em todo o vasto mundo e sabia que ele ia continuar de onde começou. Chenchen mordeu os lábios incertos:

— Eu não gosto do Petepete assim, papai. Eu só... não me vejo mais sem ele, não sei explicar. Quando eu penso que ele pode sumir, ir embora, ficar com raiva de mim é como se um pedaço do meu coração fosse arrancado. Ele está a menos de quinze dias longe e parece que os dias estão tão nublados...

Meus daddies vingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora