Núpcias, finalmente

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Se eu soubesse que ia deixar todo mundo meio mal eu teria exagerado menos. Mas eu me descobri temperamental e poxa, eu estava casado, CASADO, pelos direitos civis e mundiais eu não devia ser virgem ainda.

Só que estava arrependido e não sabia como consertar, por isso passei a viagem toda até o Havaí, as mais de seis horas dentro da primeira classe com meus maridos assim, caladinho e emburrado, só que era de raiva por eu ter tido raiva. Dá para entender?

Prazer, esse é meu novo eu.

Suspirei pela milésima vez e senti uma mão sobre a minha e me virei um pouco assombrado por alguém estar me tocando que não fosse a comissária de bordo perguntando se eu estava com fome ou precisava de alguma coisa.

Para meu espanto era o Tony e ele tinha um sorriso doce raro no rosto:

— Acho que vai querer ver isso, vem.

Eu saí da minha poltrona e segui ele até a dele do outro lado - As poltronas eram individuais ali – Só para ver pontinhos minúsculos lá embaixo no mar lindo e azul. O dia nascia, um dia lindo diga-se de passagem...

— UAU!

Foi tudo o que eu disse contendo a euforia, minha nossa, estávamos no Havaí, no Havaí mesmo!

— Sim, uau, eu sabia que ia gostar... Estamos perdoados?

Tony me olhando com carinha de cão que caiu da mudança – O que era proposital e dissimulado, eu sabia – Ainda assim era impagável e impossível, mas eu nem disse nada porque me sentia péssimo o suficiente e por isso pulei no colo dele enchendo-o de beijinhos para risos gerais.

— Estão sim!

— Ainda bem, porque esse clima definitivamente não combina com núpcias.

Step disse rolando os olhos e eu sai dos braços do Tony para os dele, mas antes que eu o beijasse, o canal de voz abriu e mandou todo mundo sentar e afivelar o cinto de segurança e eu só pude tocar em alguém de novo quando desembarcamos, mas o fato era que eu estava mais elétrico do que quando fui para a Disneylândia anos atrás e só sabia olhar para tudo ao meu redor e evitar de agir como criança pulando, o aeroporto lotado – Tony disse que era sempre assim – era emocionante e confessar que eu nunca tinha saído do país, na verdade nem saído da costa Americana antes, era um pouco constrangedor, mas eu sabia que eles sabiam.

E depois pegamos um carro quatro por quatro alugado e dirigimos em direção a deus sabe onde e eu pude sentir os cheiros e o vento quente da ilha e aquilo me deixou ainda mais elétrico, senhor... Era tudo lindo, claro, quente e maravilhoso...

Eu fui atrás entre Bruce e Steve e só sabia me curvar sobre um ou outro para olhar os dois lados da estrada. Tony e Step eram os únicos que já tinham estado lá, mas Tony era quem aparentemente sabia dos paranues mesmo e quem dirigia por falar nisso. Ele, Step e Loki iam na frente no carro espaçoso enquanto o Loki falava ao telefone.

Tínhamos visitado o Thor antes de embarcar e ele já era ele de novo jurando que estava quase inteiro e pronto para outra. O que deixou Loki bravo, mas feliz também. Ele quase nos chutou do hospital por nos ver ainda lá e disse que se eu não levasse uma prancha de surfe para ele, meu cunhado ia pegar muito mal. Aquele era o Thor, e eu ri muito quando Loki disse que se ele usasse a prancha, ia era voltar para o hospital por seis meses depois da surra que ia levar do mais velho.

A briga dos dois dizia mais do que tudo, TR ia ficar bem, eles podiam viajar tranquilos.

Lembrar dele me fez sorrir divertido, eu tinha ganho a melhor família do mundo e saber disso me enchia de alegria, eu queria que Thor fosse feliz também e estava torcendo para o HY tomar jeito e cuidar melhor do meu cunhado.

Meus daddies vingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora