Visitas inesperadas

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— Himchan, você tem certeza?

TR olhava para a tela no notebook ainda ligando, sentindo até sua nuca congelada. O menor assentiu firme:

— Uma hora teremos de contar e eu sei que se eu falar sozinho vão exigir que você apareça na chamada então é melhor fazermos juntos de uma vez. Minha família é meio bagunçada, mas legal, TR. Não se preocupe. E sendo sincero, conheço o Chenchen, ele já deu com a língua nos dentes.

TR olhou para ele, sentado ao se lado na mesa da cozinha e em engoliu em seco. Ele já tinha passado por tantas quase mortes na vida, porque então conhecer a família do seu namorado lhe deixava tão em pânico?

Sua mente listou em segundos todos os porquês:

Primeiro: seu relacionamento com HY ainda era meio complexo;

Segundo: a família dele era imensa,

Terceiro: HY nunca tinha namorado na vida e praticamente tinha convidado TR para morar lá, era o que ele queria? Sim, mas não sabia o que significava aquilo completamente para a família dele cheia de Doms, daddies, e pais possessivos.

Quarto: tecnicamente agora era um desempregado possivelmente sem a visão de um olho. Que pai ia querer um homem assim para o filho?

Quinto: HY era uma caixinha de surpresas que ele amava provocar – Embora agora o menor não fosse nada menos que uma seda com ele – E com certeza aquilo era genético. Ou seja, alguém em sua família também era uma bomba relógio ambulante e a paixão que ele tinha por perigo tinha limites.

Sexto: ele temia muito perder o frágil relacionamento que tinham. O futuro era incerto, e se ele falasse algo de errado e estragasse tudo?

Suspirou e assentiu inseguro. Enfim, aquilo ia acontecer mais cedo ou mais tarde mesmo.

— Só promete para mim que seja o que for, não vai me expulsar daqui.

Disse irônico, mas tenso por dentro. Para sua surpresa – Porque HY quase nunca o tocava sem necessidade, eles moravam juntos, mas parecia que o menor ainda tinha medo de que seu toque fosse abrir alguns dos cortes ou coisa assim, por mais que dissesse que estava ok – Cobriu a sua mão na mesa com a dele e sorriu tranquilo, coisa rara também:

— O que eu posso lhe garantir é que mamãe vai adorá-lo e eles já sabem do que fez por mim. E eu te dou minha palavra Thor, nunca mais vou te expulsar de onde quer que seja, eu te trouxe para casa não foi? Isso significa tudo para a minha família, não deixamos ninguém entrar no nosso lar sem que a pessoa mereça. Nem se quiser fugir, acho que não deixo. Eu sei que não sei me expressar direito, mas vou melhorar, prometo.

Por fim ele sorriu divertido e TR rolou os olhos se sentindo mais tranquilo.

Não queria que HY mudasse um fio de cabelo que fosse, adorava ele do jeito que era, mas se ele fosse um pouco mais aberto ajudaria mesmo, e muito.

— Ok, vamos lá!

Ele arrumou os ombros e HY fez a ligação que demorou longos dez segundos da sua vida. TR queria fugir, de verdade, mas se manteve ali, firme e forte até que um rosto sorridente surgiu do outro lado, um sorriso que era quase idêntico ao HY, mas tinha um semblante leve, bem diferente do seu coreaninho endemoniado.

— HY? Me diz que não é um stripper na sua casa, não que eu seja contra, mas os pais... – TR abriu a boca um pouco chocado e um gritinho longe quase o fez correr, voz que também lembrava a do seu HY só que mais fina "Meu deus, HY vai transar de verdade e com um humano, preciso contar para a BA!" e Em seguida o que estava falando com eles riu e rolou os olhos – Estou brincando, eu sei que você é o Thor, né, Chenchen já mandou mil mensagens falando sobre o irmão do marido do Pete e em como ele é legal, genial e corajoso! Seja bem-vindo a essa família gigante e insana, grandão!

Meus daddies vingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora