Far way

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Um ano depois



— Mas papai, já faz mais de um ano!

Eu ouvi Chenchen resmungando no telefone e fui até ele abraçando sua cintura. Chenchen suspirou cercando uma das minhas mãos em sua cintura com a dele. Eu sabia que ele falava sobre o Nini, todos sabíamos.

Nini, desde que saiu de casa há mais de um ano, nunca mais foi visto, até onde sabíamos ele mandava notícias para o pai deles, o senhor Chan, e só. Eu vivia dizendo que ele sabia se cuidar, mas Chenchen andava meio nervoso nos últimos tempos e aquilo era péssimo para seu primeiro concerto na semana que vem.

Todos estávamos ansiosos por isso, Chen reluzia na faculdade, era encantador. E ele ia cantar o seu musical favorito. Ele precisava ficar bem...

— Amor, posso falar com o senhor Kim?

Chenchen assentiu, estendeu o aparelho para mim e enquanto fazia bico, ia para o fogão fazer chá. Ele morava em casa agora que Nini viajou e HY morava em Seul. Viviamos tão bem que parecia que fazíamos aquilo há anos e não um ano apenas e embora ele ainda fosse virgem – Os maridos queriam esperar ele completar vinte e um - Ele dormia conosco, e raramente ia para o próprio quarto.

Tony tinha tentado rastrear o Nini com todas as tecnologias possíveis, mas era como se ele evaporasse do planeta.

— Olá senhor Chan, tudo bem?

— Oi meu querido, como está?

— Preocupado com meu marido surtando por causa do irmão fantasminha.

Respondi franco para receber um risinho gostoso do outro lado. Meu sogro era maravilhoso. Mesmo.

— Peter, diga a esse teimoso que Nini está ótimo e ele em breve virá nos visitar. Ele anda ocupado na verdade, mas está bem, saudável e feliz.

Eu já tinha ouvido aquele discurso, mas ainda, como todo mundo em casa, ainda estávamos em dúvida embora eu soubesse que ele jamais mentiria, o senhor Chan não era disso.

— Desculpe senhor Chan, mas eu gostaria muito se o senhor pudesse entrar em contato com ele e pedir que ele ligasse para o Chenie, só para dizer oi, ele está mesmo preocupado.

— Onde ele está não tem sinal de telefone, mas eu tenho certeza que Nini vai aparecer, agora me diga como está lidando com as outras coisas, meu bem.

Eu evitei sorrir e suspirei, eu sabia que aquilo era tudo o que eu ia tirar do meu sogro e me conformei. Acabei tocando minha barriga meio que instintivo:

— Sei lá, saber que tenho um útero é meio estranho, mas 'tô levando bem, essa coisa toda de hermafrodita e probabilidade louca de poder engravidar é meio sinistro, o Bruce criou meu antialérgico e ele funciona, mas mesmo assim meus maridos são surtados e não querem tentar nada ou seja, tenho um útero inútil. Como o senhor consegue ficar tranquilo engravidando, senhor Chan?

— Eu amo crianças, é meu segredo.

Ele respondeu bem-humorado e eu ri concordado, sim, meu sogro era um pai mãe maravilhoso e eu internamente nomeei aquilo de poder do cavalo marinho. Um homem carregando um filho na barriga era mais ou menos como os cavalos marinhos, em nosso caso era super raro, mas existia. Foi difícil eu aceitar e entender no inicio? Foi, mas depois de saber que meu sogro era igual, meio que eu relaxei. Também era meu segredo e só a família sabia, ponto final.

Bruce me garantiu que as possibilidades minhas para engravidar eram remotas, diferente do meu sogro, já que tínhamos níveis hormonais e úteros bem diferentes, mas ainda assim era uma possibilidade real.

Meus daddies vingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora