Outro igual

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Então ao invés de dormir ou ir atrás de um dos meus noivos eu fui visitar e ver como ia minha casinha.

A primeira coisa que senti foi o cheiro de tinta fresca... Ela estava ficando pronta, de verdade...

Sorri e entrei com a minha cópia da chave e caminhei no escuro me imaginando ali com eles, em cenas comuns, em cenas caseiras...

Eu poderia ver Tony sentado em uma mesa cheia de aparatos tecnológicos em um dos cômodos de baixo, Step lendo um jornal em uma poltrona diante da janela da sala, Steve na cozinha, Loki deitado em outro sofá vendo TV e Bruce escrevendo no notebook do lado de fora, sentado no jardim tomando sol. Eu podia nos ver ali, eu sentia como se aquela realidade já existisse e bastasse eu fechar meus olhos.

Sorri e me abracei, eu queria aquilo, eu queria todos juntos, uma vida. Um mundo.

Eu me via ali deitado junto do Loki ou sentado ouvindo Tony falar sobre seus projetos. Eu me via levando um chá para o Step ou simplesmente vendo Steve cozinhar seus poucos pratos de solteiro. Eu me via sorrindo da janela para o Bruce compenetrado em seus estudos, eu me via naquela casa como se ela fosse uma extensão de mim, um lar, um mundo todo a minha frente dentro e fora daquelas paredes construídas com amor.

Andei até a pia da cozinha e toquei nos poucos móveis, na pia, nas paredes enquanto a luz da rua iluminava minha sombra e então algo passou por mim e eu me assustei tropeçando na torneira e arrancando ela com força devido a pancada...

Me dei conta do que estava acontecendo quando senti a água sobre mim e o ratinho correndo desesperado mais assustado comigo do que eu com ele.

Abri a boca chocado diante do estrago, que ótimo Peter Parker!

Olhei para os lados e vi as luzes do vizinho acesas, será que alguém poderia ajudar... Ai, se o Steve souber eu estaria tão ferrado!

Corri dali preocupado com uma alagação de verdade, eu não sabia nada de construção, céus! Então bati tenso na porta dos vizinhos... Eu precisava ser educado, e simpático, vizinho simpático tinha mais ajuda, eu sabia, então um cara alto de traços orientais abriu a porta e eu sorri de orelha a orelha entre vergonha e uma fraca tentativa de ser simpático:

— Ah, oi, er... Desculpe aparecer assim de repente a essas horas da noite, mas eu vim visitar a minha casa sozinho porque queria fazer uma surpresa e acabei quebrando a torneira da pia e não sei onde desliga a água e... Hummm vocês por acaso sabem como eu paro um alagamento?

Bem, aquilo parecia bem louco e sem noção, mas a esperança era a última que morria e o vizinho acabou sorrindo educado de uma forma que me tranquilizou, de verdade e logo outro cara, esse de olhos animados surgiu por sobre os ombros do maior e disse sorrindo:

— Não se preocupe, vizinho! Eu cresci com os tios Im e sei consertar tudo o que se tem para consertar em uma casa! Vou pegar a caixa de ferramentas e vamos lá! HY pegue uma lanterna, Chenchen venha conosco para caso precisarmos de algo!

E assim eles me seguiram até a minha casinha que até quinze minutos antes era perfeita e aparentemente o garoto no meio deles sabia mesmo o que estava fazendo. Eram três, o maior, o do meio com a caixa de ferramentas e o menor que usava uma camisa de colégio. Este me olhava curioso, mas não disse uma única palavra até que o do meio fosse direto para a torneira e mexesse em algo de baixo da pia com uma lanterna na boca e com pouca ajuda consertou sabe deus o que eu estraguei.

Eu só pensava em como ele era super UAU! Eu devia aprender aquelas coisas não devia?

E então eu passei a agradecer ele com todos os agradecimentos que conhecia até que acabei falando de mais antes que me dava conta...

Meus daddies vingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora