Extra - TR X HY

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Thor pegou a garrafa de cerveja e levou a boca mesmo sendo só nove horas da manhã. Sentado em um dos banquinhos do central Park, ele revisava mentalmente tudo o que fez na tarde e noite passada querendo se socar e ao mesmo tempo sorrindo que nem um babaca iniciante.

E ele não era iniciante, era um agente secreto de missões nível onze de perigo em uma escala de zero a dez e isso por si só, já dizia como sua mente foi mexida em menos de vinte e quatro horas.

Tudo começou quando recebeu uma ligação que seu rastreador capturou sendo de um dos vizinhos do seu cunhadinho amor. Curiosidade e oportunidade fizeram ele marcar um encontro com o garoto. Como ele tinha conseguido seu número de trabalho? Como um garoto chinês – Descobriu depois que era coreano - sabia da sua conexão com a falecida Campone e como, como ele podia precisar de seus serviços particulares?

Então ao ficar cara a cara com o mais velho dos três vizinhos ele soube que o jovem realmente conhecia Michelle, que ela não estava morta e que ele queria nada menos do que achar Bucky e levá-lo para casa porque o ex SEALs maluco tinha sido o herói do irmão. Sério? Bucky Barnes era um filho da puta retardado que foi expulso dos EUA por violação de conduta, mas o garoto achava que ele era só um cidadão de bem heroico.

Deveria ter mandado o garoto voltar para a floricultura que trabalhava e ir viver a vida sonsa de um civil inofensivo naquele segundo, mas nãoooooooo, não conseguiu negar o pedido do garoto de olhos irritadinhos e fala estressada. Era fofo de uma maneira meio psicótica e ele adorava um cara fofo de uma maneira meio psicótica. Vivia no perigo e adrenalina, estava no seu sangue.

Dai foi que se lembrou do cheiro da casa deles que o tinha perturbado mesmo, comida caseira, comida gostosa... Quando comeu algo feito assim? Não se lembrava, mas salivou mais do que o suportável, pela semana em que ficou naquela vila pesquisando os vizinhos para seu irmão possessivo. Então juntou o desejo de comer algo que o irmão dele preparava – Descobrir que era um irmão tinha o deixado aliviado sem entender o porquê – Com a vontade insana de provocar o bonitinho estressado e pronto, disse seu preço.

Um jantar.

Quando é que vendeu seu trabalho por um prato de comida, senhor? E nem tinha bebido no dia... Mas o fato é que no fim ele aceitou, aparentemente desesperado por conseguir achar o ex louco da elite da marinha e Thor sorriu satisfeito mais do que o racional. Então foi atrás do Bucky só pensando em como convencer o idiota... Ele ainda era tão perigoso como se lembrava? Como ia levar um cara daqueles na casinha de bonecas dos vizinhos do seu cunhadinho?

Com uma rápida pesquisa com seus contatos que sim, o xingaram bastante por usar dos recursos para encontrar um louco que agora trabalhava para um príncipe africano – MANO, muito louco! – ele por fim foi parar em um quarto de hotel meia boca e de frente ao cara que jurava nunca ter que rever. O filho da mãe tinha boa mira e Thor gostava do soco a soco. Aquilo foi um motivo real para eles se odiarem anos atrás.

— Que demônios você...?

— Relaxa que é extraoficial, Psycho – Thor entrou no quarto pensando rápido no seu plano mirabolante – Eu deixei de ir para Singapura por sua causa hoje, colabora.

— TR, eu não estou no humor.

Thor sorriu, uia, o mesmo nervosinho...

— Acontece que tem um garoto aí querendo te agradecer pelo, veja só, ato heroico com ele em uma floricultura. Virou até notícia no dia, não ficou sabendo? – Thor se voltou para ele ainda na porta e que lhe olhou fulminante, Thor ergueu as mãos – Olha, eu recebi bastante para vir te achar e entregar para o garoto só para ele agradecer, rosne com ele.

Meus daddies vingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora