Capítulo 2

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Eu fiquei sentada com Max por mais alguns minutos e depois levantei para caminhar, Max pediu água e fui até um quiosque para comprar, sentei no banco da praça para dar água a Max e quando olhei para o lado mal pude acreditar quando vi que a mulher do skate tinha sentado ao meu lado, desajeitadamente ela tentava dar água para seu cão em um copo plástico, de perto a mulher era mais ainda bonita, seu visual combinava com o meu, ambas éramos apenas rock and roll.

Max quando viu o cachorro se agitou e começou a dar gritos e tentar se jogar no animal que o ignorava, a dona do animal por sua vez não ignorou Max e sorrindo iniciou um dialogo com meu bebê.

"Que coisinha linda, você gosta de cachorros é?"

"Ele gosta, mas nós não temos um, então ele simplesmente fica maluco quando encontra um cão" Eu respondi já que Max não poderia fazer, a mulher me olhou e ainda sorria, seu sorriso era lindo, pois seus lábio era desenhando e carnudo. Max estava muito inquieto e gritava, o cão já não mais o ignorava, porém tão pouco fazia algo, apenas olhava para meu filho.

"Eu sei que pode ser um pouco assustador, mas Jack é um "menino" educado, se você quiser, seu filho pode brincar com ele sem problemas"

"Que seu cão seja educado eu não duvido, o problema é que não sei se meu filho é educado o suficiente para brincar com seu cão" A mulher riu, ela era encantadora, sua risada tinha um 'Q' infantil que era apenas adorável, quem diria que uma pessoa com toda aquela 'casca' e todas aquela marra teria uma alma tão infantil. É como eu sempre penso, não devemos julgar o livro pela capa.

"Mano, acho que para sorte de Jack ele tem o triplo do tamanho do seu filho e deve pesar umas dez vezes mais, ele não corre risco, pode deixar o menino brincar"

Max não esperou eu permitir ou deixar de permitir ele brincar com o cão, simplesmente de alguma forma espoleta, meu filho pulou do meu colo e se jogou no chão, caindo praticamente em cima do cão, eu pensei que ele ia chorar pela queda, mas o safadinho se levantou foi rindo e correu para abraçar o cão, Max abraçava o cão pelo pescoço e eu não tinha muita certeza que ele não estava asfixiando o animal

"Filho, você vai matar ele, solta Max" Eu pedi em vão, Max apenas ria e abraçava o cão, a dona do mesmo ria da situação, por sorte o cão era extremamente calmo.

"Pode deixar, Jack está acostumado a ser torturado por crianças. O nome dele é Max?"

"Sim, e o meu é Alison"

"Prazer Alison, eu me chamo Emily"

Max e Jack brincaram por longos minutos, ou apenas Max brincou por longos minutos e Jack apenas não via a hora de tudo aquilo acabar. Emily e eu apenas observamos eles e riamos da interação entre a criança e o cão.

Emily disse que teria de sair e se despediu de mim, Max chorou ao ver que seu novo amigo iria embora e quando ela virou levando Jack, Max apenas tentou correr atrás do cão, eu não consegui o segurar e devido à pouca destreza dele para andar e ainda mais correndo, Max foi direto para o chão, batendo a boca. O choro dele já não era mais de manha e sim de dor, Emily voltou correndo, eu me desesperei com a quantidade de sangue que saia da boca de meu filho e já estava quase chorando junto dele.

Emily sabiamente pegou sem cerimônia a água da minha mão, foi até o quiosque que estava ali perto e trouxe um monte de papel, aos poucos ela foi molhando o papel com água e limpando a boca de Max, a quantidade de sangue era abundante e parecia não acabar nunca, ela mantinha a calma enquanto eu agora já chorava com ele.

"Mano, não chora" Ela pediu para mim "Você chorando ele vai ficar mais nervoso, nós temos que levar ele ao médico porque o corte deve ter sido profundo"

"Eu vou pegar um táxi e levo ele" Eu me dei conta que nem sabia aonde estava "Aonde tem um hospital aqui?" Eu perguntei desesperada "Merda eu nem mesmo sei aonde estou" Novamente eu voltei a chorar e agora tão desesperada quanto Max.

Para minha sorte eu não estava sozinha, Emily assumiu totalmente o controle da situação.

Eu fui feita pra vocêWhere stories live. Discover now