Capítulo 32

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Olha quem voltei, e prometo não sumir tão cedo....

Quero atualizar todos os dias essa semana kkkk

Só estou boazinha  que essa semana é meu aniversário kkkk


Max como sempre me acordou, porém senti uma sensação estranha ao acordar, não era como de costume, algo faltava. Olhei para o lado e vi que tinha apenas ele e eu na cama, nada de Emily, o relógio ainda dizia ser 06:31, era nossa hora habitual de ser acordada pelo nosso mini despertador.

"Em" Chamei pensando que talvez ela tivesse no banheiro, mas não estava. Assim que falei 'Em', Max deu por falta dela e começou a chama-la também, mas ela não respondia. Eu estava curiosa para saber o que a tinha feito acordar tão cedo, afinal era Emily e ela amava seu sono, sempre lutava ao máximo para ser acordada e sair da cama.

Peguei Max no colo e desci as escadas, ela não estava na sala, fui até a cozinha e a encontrei sentada na mesa com um monte de papeis espalhados.

"Em! Em!" Max disse animado, Emily nos olhou e sorriu, me aproximei dela e lhe entreguei Max.

"Bom dia meu pequeno repolho" Ela disse para Max e o encheu de beijos, meu filho ria e se contorcia no colo dela, dei uma olhada nos papeis, eram contas e mais contas, desisti de entender.

"Seu dia começou cedo" Falei e sentei na cadeira ao seu lado.

"Nem me fale, porém estou adiantando as coisas para poder ter a tarde livre" Eu deveria ter pena dela e me senti culpada, certo? Afinal ela tinha acordado não sei que horas apenas para poder ir comigo de tarde procurar apartamentos, porém eu não me sentia culpada, ao contrário, me sentia feliz.

O mínimo que eu podia fazer para ajudar Emily era cuidar de Max e ir na padaria e fazer o café da manhã, fiz todas as tarefas que geralmente dividíamos enquanto ela passou todo o tempo entretida trabalhando com seus papeis e números.

"Você fez faculdade de administração?" Perguntei enquanto preparava o café, eu sabia muito sobre Emily, porém ainda faltava muitas coisas para eu descobrir.

"Também. Primeiro eu fiz marketing e depois de formada comecei a faculdade de veterinária, e foi então que conheci a ONG, pois a fundadora da ONG era uma velha professora minha de veterinária, mas dona Eliana acabou indo para a Inglaterra morar com sua irmã, eu tinha um pouco mais de um ano trabalhando na ONG e aprendendo mais a como cuidar dos animais. Ela foi embora e deixou a ONG sob minha responsabilidade, ser veterinária era útil, porém a ONG estava sempre gerando baixos lucros, mal tínhamos como pagar pela manutenção do espaço e custear os 15 animais que moravam lá. A ONG não se sustentava e dona Eliana tinha que investir todo mês seu dinheiro para não fecharmos as portas, eu acabei desistindo de fazer veterinária e fui cursar administração" Emily tinha o olhar perdido enquanto me contava a história, porém o brilho em seus olhos demonstrava sua felicidade com tudo aquilo "Eu não me arrependo, pois minha intenção sempre foi cuidar dos animais e de certo modo é isso que faço, hoje já não temos mais 15 animais e sim uma base de 125 animais, e por mais que tenhamos dificuldade em pagar as contas, conseguimos paga-las em dia, a ONG se sustenta sozinha, não precisa dona Eliana colocar dinheiro ou qualquer outra pessoa, é claro que vivemos através de doações, é assim que as ONG's sobrevivem, porém tudo já fica planejado, entende? E também temos outras fontes de renda e fundos de aplicações financeiras. " Emily tinha me contado uma parte da sua vida que eu não sabia, mas apenas me fez admira-la mais, praticamente ela que tinha feito a ONG ser como era e eu tinha orgulho dela por isso, seu trabalho naquele local era incrível, sinceramente eu não tinha entendido muito bem a parte administrativa da coisa toda, porém eu apenas disse que tinha entendido.

"Em, essa mulher que criou a ONG não vai mais lá?" Perguntei curiosa, eu sinceramente todos os dias que ia via Emily agindo livremente e sem se preocupar em prestar conta de suas ações, era realmente como se a ONG fosse dela e até os funcionários ou voluntários a tratavam como a dona dali, nada faziam sem a consultar.

"Não, eu apenas lhe mando relatórios mensais e fotos, ela já é bem velhinha Alison, hoje deve ter uns oitenta anos e não mais tem como fazer uma longa viagem de avião, de modo que ela só pode estar presente através de nossas trocas de e-mail"

"Tudo pronto para o café" Anunciei e Emily arrumou seus papeis, enquanto ela arrumava suas coisas com calma fui junto de Max acordar Aria, minha amiga reclamou, porém acabou cedendo e descendo para o café.

Eu fui feita pra vocêWhere stories live. Discover now