Capítulo 63

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Olhaa quem ta aqui de novo kkkk

agradeçam as chantagens da senhora lolodacamz96-97

Me contem o que tão achando, muda alguma coisa?  Tão gostando?



"Eu tenho que te mostrar uma coisa" O segurança disse e foi andando em direção ao banheiro, eu apenas o segui, chegando no banheiro não precisei perguntar o que ele queria me mostrar, pois bastou entrar, para eu ver as palavras escritas no espelho daquele ambiente.

'Sejam bem vindos novamente ao lar, espero que vocês estejam felizes em voltar para casa.
Assinado: Hudson

Eu não sabia se deveria rir com aquele recado e, principalmente, com aquela assinatura ou se deveria correr até a rua e caçar Hudson só parando quando definitivamente o achasse e o matasse de vez.

"Ele está com pleno acesso ao apartamento, isso vai ser um problema" O segurança me falou "Vocês deveriam ir para um lugar mais seguro" Sua sugestão era lógica, mas para mim foi apenas ridícula e inconveniente. Olhei para aquele homem: alto, forte, com a voz grossa e uma postura rígida.

"Olha, eu sei que você já sabe de tudo, mas não custa nada eu te informar novamente" Olhei para o homem de frente, ele deveria ter no mínimo uns trinta centímetros a mais do que eu, porém isso não me importava, tentei o encarar o mais perto que consegui "Lá fora tem uma mulher que está com o filho no colo e ela está em pânico, ela está sentindo medo de tudo, e com razão, pois esse desequilibrado do ex-marido dela, por algum motivo louco, está a perseguindo, o homem está fazendo de tudo para a deixar acuada e, sabe de uma coisa?" Perguntei retoricamente, o segurança via meu surto, mas nada dizia ou demonstrava pensar, ele parecia uma parede e isso me enfureceu mais, ele simplesmente me ignorava "Essa merda desse cara está conseguindo amedrontar, pois ele atropelou o próprio filho e fugiu. Sabe o que isso significa?" Uma nova pergunta retórica, minha raiva parecia apenas aumentar a cada segundo "Isso significa que ele está sendo capaz de tudo, afinal ele deve amar o filho, mas passou por cima desse sentimento e simplesmente o feriu, se ele é capaz de ferir o próprio filho, o que não fará comigo ou com ela? Então, tivemos que mudar nossas vidas, anexamos vocês nela, agora perdemos nossa privacidade, perdemos nosso direito em sentir que somos normais, livres, pois agora a cada passo teremos vocês. E daí, você ... Você" Ri ironicamente e apontei o dedo ao homem a minha frente "Você, simplesmente vem e diz para a gente se mudar" Meus olhos certamente eram negros e tinham fogo saindo deles "Simplesmente você quer que eu pegue aquela mulher, que já perdeu tudo, perdeu a sua liberdade que é o que ela mais ama na vida, e a leve para um outro lugar. É isso?" Eu realmente estava fora de mim e gritava com o homem, ele não era o culpado de nada, Hudson era o culpado de tudo, mas ele tinha sido o infeliz de estar lá naquele momento e acabou tendo que me ouvir gritar com ele "Eu vou te dizer só uma coisa, nenhuma de nós duas e nem o menino, iremos sair daqui. A gente vai ficar aqui, porque isso é o mínimo que podemos ter de normalidade, é o mínimo que Alison pode ter no momento para se sentir normal agora. Se vocês fizerem a merda do trabalho de vocês direito e ficarem lá fora protegendo a droga dessa casa para ninguém entrar, nós aqui dentro ficaremos bem e não teremos problema algum em ficar morando aqui. Você está entendo?" Perguntei.

"Sim, senhora" O homem respondeu, sua voz me fez tremer e dar um pulo discreto para trás, eu não esperava ele me responder, eu tinha ficado por um bom tempo apenas falando sozinha.

"Apague isso, de um jeito e apague isso, eu vou abri a porta e mandar Alison entrar, nenhuma palavra disso com ela, entendeu?" Perguntei novamente.

"Sim, senhora" Foi sua igual resposta. Eu sentia que eu poderia bater naquele homem a minha frente, quem sabe até mesmo o enforcar.

"Se falar: sim, senhora, novamente eu pego essa sua arma e te dou um tiro" Gritei, o homem como sempre parecia não demonstrar reação, ficava lá, com a coluna ereta me olhando.

"Sim, se..." Olhei para ele com um olhar desafiador, ele se calou, era um homem esperto, nunca duvide da capacidade de uma mulher enraivecida "Entendido" Ele disse, dessa vez com um discreto sorriso, que eu realmente nem sei se ele sorriu de verdade ou estava tendo um derrame, mas também quem se importa?

"Você é um homem esperto" Virei-me para sair do banheiro e ir até Alison, antes que eu pudesse sair no entanto, o segurança me chamou, virei-me.

"Eu vou te ajudar, não digo apenas como um funcionário seu, eu vou te ajudar em tudo que você precisar mesmo que esteja fora da minha alçada de trabalho" Ele me disse, suas palavras me pegaram de surpresa, ele parecia sincero e por um breve segundo vi seus ombros relaxarem e ele perder sua postura austera "Vocês parecem pessoas boas e tem uma criança no meio, eu tenho um filho da mesma idade dele e ..." O homem se calou, acho que ele viu que estava falando demais e saindo do protocolo "Eu apenas vou ajudar vocês" Ele disse e se virou para o espelho para limpar a mensagem.

De alguma forma eu confiei naquele homem, mas do que estava confiando em alguém até agora, mas até mesmo do que eu estava confiando em Eduardo. Eu já tinha um plano, só precisava de ajuda para executa-lo e agora, definitivamente eu tinha a ajuda que tanto queria.

Fui até a porta abrir para Alison e durante o caminho agradeci a Deus, eu não sei explicar, mas senti como se o sol começasse a nascer entre as nuvens.

Não contei a Alison o motivo por eu ter entrado antes, lhe disse apenas que o homem queria me mostrar as câmeras na casa, porque sim, hoje tinham estalado câmeras na sala, cozinha e quarto de Max, apenas o quarto de Alison e o banheiro ficaram longe do alcance das câmeras.

Depois do banheiro limpo, o policial ficou lá fora junto do outro, conseguimos respirar um pouco mais aliviadas estando sozinhas no apartamento.

"Isso é estranho, mas a gente se acostuma, né?" Alison disse encarando uma câmera.

"Não temos que se acostumar com isso, mas por enquanto, vamos ter que conviver com isso"

"Eu não me importo, quero apenas saber que estamos seguras"

Eu estava sentada no chão com Max, ele estava feliz de estar fora do hospital, brincava de uma só vez com todos seus brinquedos ao mesmo tempo, espalhando todos ao chão, eu no momento apenas era mais um brinquedo para ele, Alison se juntou a gente e sentou ao meu lado.


"Em" Ela me chamou, olhei para ela "Você não está me escondendo nada né?"

Sua pergunta me pegou de surpresa, senti meu corpo petrificar, eu não fazia ideia do que fazer, por um segundo pensei em lhe contar tudo, talvez essa fosse minha única chance de esclarecer toda a história para Alison, fazendo de uma forma que ela não ficasse chateada comigo pelas minhas mentiras e ocultações, entretanto se eu contasse tudo agora, eu não sabia como ela iria reagir, talvez ela pudesse surtar e se quebrar de uma forma que eu não saberia como a juntar novamente, eu não saberia se ela era forte suficiente para saber de tudo.

Minha mente primeiro rodou de forma rápida, avaliando todas as hipóteses possíveis, em seguida minha mente parou, eu já não conseguia mais pensar em nada, simplesmente não sabia mais como agir e lhe responder aquela pergunta tão simples, que em verdade, tinha uma resposta tão complexa.


Eu fui feita pra vocêWhere stories live. Discover now