Capítulo 80

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Prometem não me matar, mas eu voltei kkkk

Não sei se é pra ficar, mas eu voltei kkkk

Vamos aproveitar a quarentena pra ler e shippar casal kkkk


Eu estava de costa para a porta, sem visão nenhuma da pessoa que tinha nos flagrado, entretanto eu não precisei me virar para saber que era minha vó. No mesmo momento meu coração parou de bater, o sangue já não mais corria pelo meu corpo, certamente eu estava pálida e gelada, fechei os olhos com força, não respirei fundo, pois tão pouco eu estava conseguindo respirar.

Abri os olhos esperando que tudo tivesse sendo apenas um pesadelo e, ao abrir meus olhos, eu estaria deitada em minha cama. Foi inútil, lá estava eu, ainda na cozinha, Alison, permanecia em cima da mesa, diferente de mim ela tinha visão total da porta e da pessoa ali parada, os olhos de Alison estavam hipnóticos, parado em um foco único.

Eu sabia que precisava agir, fazer qualquer coisa, desde tentar explicar a minha vó o que estava acontecendo ou, até mesmo, fugir dali, porém eu precisava agir, seja para que caminho fosse, eu precisava sair do meu estado pétreo. Senti o sangue em um impulso único voltar a irrigar meu corpo, meu coração agora não mais estava parado, ao contrário, ele batia de forma assaz. Tentei capturar o máximo de oxigênio e dei um giro de 180º para encarar minha vó, eu estava pronta para ver a decepção em seus olhos, provavelmente até mesmo o nojo, entretanto fui surpreendida com o nada, pois ninguém estava ali na porta, apenas os cacos de vidro ao chão denunciavam que aquilo não tinha sido uma completa ilusão.

Meu corpo já estava totalmente diligente, de modo que tive plena atitude em sair daquela cozinha e ir procurar minha vó, eu precisava explicar a ela tudo que estava acontecendo, deixei Alison ali mesmo e fui direto para a sala. Minha vó não estava lá, apenas os dois seguranças estavam lá, sentados no chão da sala e brincando de carrinho com Max, o menino ao me ver, se levantou correndo e veio até mim. Rapidamente me abaixei a altura dele e o expliquei que era para ele voltar a brincar.

"Agora não, Max, mais tarde brinco com você, agora seja um bom menino e volte a brincar com eles" Pedi, entretanto eram palavras demais, ditas com pressa demais, Max não entendeu e insistiu para eu brincar com ele.

"Agora não" Gritei por puro desespero, no fundo Max era um menino mimado, amado demais, não era acostumado com gritos dirigidos a ele, por isso no mesmo instante que gritei, Max começou a chorar. Merda, o que eu tinha feito? Me senti extremamente mal, a pior pessoa do mundo.

Abracei Max e o trouxe para junto a mim, ele ainda chorava, eu pedia desculpas incessantemente.

"Deixe que eu cuido de Max, vá procurar sua vó" A voz de Alison soou por trás de mim.

Eu queria ficar com Max até ele se acalmar, me sentia culpada pelo seu choro, até mesmo porquê, a culpa era minha, contudo eu não podia ficar ali para ele me desculpar e acalma-se, eu tinha que ir procurar minha vó e esclarecer as coisas com ela.

Como eu ainda estava abaixada, abraçando Max, me levantei e trouxe comigo ele em meu colo, me desculpei mais uma vez com ele e lhe beijei a bochecha, entreguei Max a Alison e já tinha me virado para sair quando senti ela segurando minha mão e me impedindo de andar, virei-me, novamente a encarei.

"Vai ficar tudo bem" Ela me disse, suas palavras eram simples, de certa forma aquela era uma frase padrão, entretanto era Alison, eu apenas não conseguia não acreditar nela, para mim era como se tudo que ela falasse fosse simplesmente a verdade absoluta. Senti até mesmo meu corpo relaxar, em algum lugar dentro de mim, agora eu acreditava no impossível, eu acreditava que tudo iria ficar bem.

Selei meus lábios rapidamente com os dela e mais uma vez beijei Max e pedi desculpa a ele, Max já estava calmo, nem mais chorava.

Sai da casa e fui para o lado de fora, eu sabia aonde minha vó estava, algumas coisas realmente nunca mudam, não importa quanto tempo passe.

O vento frio soprava em meu rosto, um contraste brutal com meu sangue que agora estava quente e circulava em meu corpo com pressão, me causando adrenalina e medo. Andei até a horta, e assim que cheguei lá, pude ver minha vó, sentada naquela pedra de tamanho médio.

Eu fui feita pra vocêWhere stories live. Discover now