Capítulo 29 - Pique-esconde

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Pisei fundo no acelerador para deixar logo o Zac em casa. Subi para ajudar ele com as malas e tomei uma ducha rápida antes de ir para o James. Estava vestindo a minha roupa com pressa e explicando muito por cima para Bianca o que tinha acontecido. Peguei as minhas coisas e fui o mais rápido que pude para a casa dele. No primeiro sinal vermelho que parei digitei uma mensagem rápida.

"Meu amor, daqui a uns dez minutos to chegando. Beijos, te amo."

Corri como nunca no meu carro e sete minutos depois estava estacionando o carro em frente ao seu prédio. O porteiro liberou sem problemas a minha entrada e fui direto para o elevador. Por sorte, o elevador já estava no andar, não tive que esperar nada. Os poucos segundos que passei no elevador pareceram anos.

Sai do elevador e toquei a campainha do apartamento. Quem atende a porta é Ian. Ele está com um rosto muito preocupado... Assim que entro no ambiente a família Rodrigues está lá em peso. E James consola a mãe dele no sofá.

– Oi meu amor – dei um abraço nele e me sentei no lugar vazio ao lado de dona Luísa. – Vim mesmo só pelo apoio... Alguma novidade?

– A polícia disse que não pode fazer muita coisa, já que ela não sumiu há vinte e quatro horas, mas tenho alguns amigos internos, então eles vendo o que podem fazer por mim...

– E como foi que ela sumiu?

– Ela estava na escolinha, aí quando saiu foi brincar no parque com a babá. Foi a última vez que a vimos.

– E a babá, vocês sabem onde está?

– É aquela moça chorando ali no canto – James aponta para uma mocinha de cabelos negros chorando sentada no sofá no canto da sala.

– Ah... E vocês não sabem como aconteceu?

– Não. Ela foi comprar um sorvete para as duas e quando se virou para entregar o sorvete a Josy não estava mais lá.

– Meu Deus, como isso pode ter acontecido?

– Não sei Camila, mas estou aqui com o meu coração na mão – dona Luíza fala, batendo os pés no chão nervosamente.

– Mas vamos encontrá-la. A senhora está bem dona Luíza? – pergunta idiota Camila, lógico que ela não está...– Quer um chazinho, uma água com açúcar, ou qualquer coisa assim?

– Não minha querida obrigada. Estou bem assim.

Os minutos foram se transformando em horas. Meia-noite e ainda não sabíamos de nada. E todos só ficavam mais tensos... Ninguém falava nada, até que o interfone tocou. James levantou prontamente e foi atender. Ele pareceu atordoado com a notícia, e nem colocou o telefone no gancho, correu para a porta.

O pequeno motivo da nossa preocupação estava dentro do elevador. Quando viu todos ali reunidos, olhou para todo mundo com uma carinha confusa. Bocejou e coçou os olhinhos. Ah meu Deus, que alívio! Todos abriram sorrisos em seus rostos cansados e James foi o primeiro a abraçá-la.

– Josy, pequena, onde foi que você se meteu? Você está machucada? – James fala e puxa a pequena para um abraço.

– Não, eu caí lá no parque, mas nem me machuquei. O que foi tio James? Você está dando uma festa e nem me chamou? – Josy fala e faz um biquinho de sono.

– Festa nada pequena, estávamos todos aqui procurando você. Você nos deixou preocupados, você estava onde?

– Eu saí com seu amigo tio James.

– Meu amigo? Qual o nome dele?

– Huuum, agora que o senhor perguntou. Acho que ele não me disse. Mas ele disse que conhecia o senhor, e a tia Camila... Ele foi tão legal comigo. Ele comprou sorvete e depois churros...

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