Capítulo 36 - Susto!

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Estaciono o carro de qualquer jeito no estacionamento e corro para a entrada do hospital. Minha amiga está lá parada, com uma expressão bem divertida.

– Onde está ele amiga? Como ele está?

– Se você tivesse escutado o resto da minha ligação você ia perceber que não foi nada demais. Ele só teve uma torção no tornozelo direito! Ele só precisa descansar dois dias e ele vai estar novinho em folha!

– Porra Bianca, e precisou fazer minha pressão aumentar por causa disso?

– Mas é você que não escuta!

– Eu acho que eu devo ter levado uma cinco multas!

– Você que não sabe escutar tudo!

– E você deveria ter falado que ele não tinha se machucado sério! Bia, você sabe como eu sou exagerada. Quando eu escutei que ele estava no hospital, quase que morro!

– Mas você deveria escutar o que os outros falam até o final...

– Mas onde ele está? Eu posso vê-lo?

– Claro que pode amiga, me segue.

Segui a Bia por meio corredores bem iluminados e limpos. Até que chegamos em frente a uma porta de madeira branca e com um vidro na frente. Olhei dentro e vi James conversando alguma coisa com um médico, com a perna meio enfaixada. Bia bate na porta e a abre.

– Boa noite doutor Souza. Já terminou de dar as recomendações para o rapaz aqui? – Bianca pergunta divertida.

– Sim, e se você sentir qualquer coisa – ele retira um papel de dentro do bolso e entrega a James. – Pode me ligar.

– Obrigado doutor – James fala. O doutor se retira da sala.

– Bom, vou deixar o casal ter um minuto à sós – Bianca fala e sai segundos depois do médico.

– Oi anjo.

– Oi bem. Susto né?

– Susto? Por causa de um tornozelo torcido? E eu nem queria vir, os meninos que insistiram.

–E certo eles amor. Vai que tivesse sido alguma coisa séria?

–Mas nem foi.

– E como isso aconteceu?

– Bem, tinha muita coisa no chão na hora do incêndio, e eu por falta de atenção acabei por pisar em falso num escombro... Mas não foi nada demais. Quinta feira eu já posso retirar isso e sexta feira posso voltar a minha rotina normal.

– Mesmo no dia do seu... – lembrei que ia ser surpresa, então engoli as minhas palavras.

– Oi?

– Nada não amor.

– Tudo bem então, podemos ir pra casa? Estou um pouco cansado.

– Claro meu amor. Vamos.

– Amanhã eu dou um jeito de buscar meu carro lá na corporação.

– Vamos dar um jeito.

Dirigi com um peso enorme que tinha saído das minhas costas de volta para o nosso apartamento, e ajudei James e se locomover e tomar banho, já que a perna dele tinha que ficar imobilizada.

– Você está bem, precisa de alguma coisa? – perguntei afagando seus cabelos ainda um pouco úmidos.

– Não anjo, estou bem. Mas se você quiser chegar um pouco mais perto, não vou reclamar...

– Amor, tenho medo de dar um chute sem querer, sei lá, machucar alguma coisa, piorar a sua situação.

– Anjo, mesmo se você sentar em cima acho que não vou sentir muita coisa...

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