Marcas de Fogo

Capítulo 10 - Boas Notícias Requerem Comemorações

Nota da autora: Meus queridos e minhas queridas, obrigada por acompanharem a minha primeira história. Eu gostaria de agradecer aos recadinhos e aos votos de todos vocês. Fico muito feliz quando alguém usa um pouquinho do seu tempo pra ler o que eu com taaaaanto carinho escrevo. Espero que vocês continuem acompanhando e não se esqueçam de deixar sua opinião. Aí vai mais um capítulo novinho. Beijos pra todos meus leitores ;***

O funeral do pai de James foi uma tristeza só. Dona Luíza estava inconsolável e os três irmãos apreciam ainda não acreditar no fato. Pessoas passavam e abraçavam e consolavam a família, mas seus olhares permaneciam vazios, encaravam o nada e pareciam dormentes a toda a situação.

James ocasionalmente apertava minha mão, como se buscasse socorro em algum lugar de mim. Outra que estava ao meu lado era Luíza, que chorava baixinho apertando as próprias mãos.

– Obrigada por estar aqui Camila, minha família precisa de um ombro amigo agora – Luíza fala, alisando minha mão enquanto lágrimas corriam pelos seus olhos.

Eu não conhecia o pai de James, Ricardo, mas não consegui manter a compostura. Afinal, um homem que cria três bem-sucedidos filhos, e tem o amor incondicional de uma mulher como a Luíza, não poderia ser um homem ruim.

Quando terminou, James ainda está com os olhos vazios, e sem erguer o seu olhar no meu, me diz.

– Camila, acho que vou pra casa agora. Vou ficar na casa da minha mãe um pouco, e depois vou pra minha. Espero que não se incomode.

– Claro que não James, você tem o tempo que precisar. E pode contar comigo sempre – estava um pouco receosa em deixar James sozinho, mas como ele ia ficar na mãe dele, acho que ele ia ficar bem.

– Vou manter contato.

– Tudo bem James. Fica bem. Até mais.

– Até Camila – me deu um beijo na bochecha e foi em direção ao carro dele. Me despedi da mãe e dos irmãos dele e fui para casa. Totalmente arrasada.

Meu relacionamento com James foi de mal a pior. Ele se fechou totalmente, mal nos víamos. Ele ficava cada vez mais envolvido no trabalho. Víamos-nos uma vez no final de semana. Ele não me convidava para o seu apartamento, sempre nos encontrávamos no meu, ou então em algum restaurante. Meus sentimentos por ele ofuscavam o fato de que o nosso relacionamento estava definhando. Sofria, sentia muito a falta dele. E por mais que ele tentasse, não era a mesma coisa. Até que um dia eu percebi que não poderia mais suportar. Por mais que eu gostasse dele, não poderia ficar em relacionamento assim.

Passei uma semana toda chorando pelos cantos. Eu sabia que tínhamos que ter uma conversa, e eu também sabia que ela não ia terminar bem. Quando chegou o final de semana, mais precisamente sábado a tarde, James entrou no meu apartamento. Com o mesmo rosto cansado e o temperamento instável.

– Oi meu amor – ele me dá um selinho e senta no sofá da sala.

– Oi – falei um pouco séria demais.

– Tudo bem Camila? Você parece que está preocupada com alguma coisa... Aconteceu algo? – ele me perguntou, batendo na almofada do lado dele, indicando um lugar pra sentar.

– Eu estou bem, eu acho, mas James acho que precisamos conversar... – ele soltou um suspiro audível.

– Isso nunca é bom sinal, mas se você quer conversar... Vamos conversar.

– Eu nem sei como começar... Você sabe que eu me importo muito com você, não sabe?

– Isso também não é um bom sinal, e sim, eu sei. Eu também me importo muito com você.