Era mais um dia chato no escritório. A Susana tinha me abandonado hoje pra entrevistar uma candidata a um emprego aqui. Recebi alguns e-mails preocupantes de fornecedores. Mas consegui resolver tudo antes de meio dia.
O Ian iria chegar mais tarde para eu continuar passando o conteúdo da empresa para ele. Já estava contando os dias para abandonar o terno e voltar para o meu uniforme de bombeiro. Faltava pouco mais de um mês. Eu vou conseguir agüentar.
Assim que consigo terminar a ligação sem fim com a Marina falando baboseiras, a menina que ficou no lugar da Susana por hoje, me liga e me diz que a moça que veio por indicação já estava aqui. Imprimi rapidamente o seu currículo e olhei suas qualificações. Estou impressionado... não tinha seu nome escrito, pois o papai acreditava que devemos conhecer primeiros os valores, antes de julgar por aparência.
Libero a entrada da moça na minha sala. Escuto pequenas batidas na porta, e viro minha cadeira para a parede.
– Pode entrar – falei calmamente.
– Boa tarde senhor Rodrigues – uma voz doce estranhamente familiar veio da porta e eu quando eu viro a cadeira na direção do sim, fico boquiaberto.
– Camila? O que você está fazendo aqui?
– James? O que você está fazendo aí? – ela me fala espantada.
– Eu? Er, essa é a empresa do meu pai...
– Essa é a empresa do seu pai? A IJJ é a empresa dele?
– Sim, essa é a empresa dele. – falei, orgulhoso pela empresa do meu pai ter tanto renome. Ele trabalhou muito duro pra ser reconhecido.
– Eu... é que... eu-eu-eu... – ela fala e percebo que está atordoada ainda... Resolvo falar de negócios, para ver se ela volta a sua forma.
– Então quer dizer que você está se candidatando para um emprego aqui?
Depois que começamos a falar sobre o emprego dela, ela pareceu relaxar um pouco. Algumas perguntas depois, um silêncio começa a querer se fazer presente na sala.
– Como você está? – pergunto querendo saber como ela estava.
– Eu sinto sua falta – ainda bem, não sou só eu.
– Eu também sinto a sua falta.
– Então por que você não me procurou mais?
– Eu queria que você fosse feliz. Não tinha certeza que você seria feliz comigo, então deixei você ir – menti. Não queria soar egoísta.
– Bobagem. Por que você não me procurou mais? – ela me perguntou novamente e parecia que estava olhando a minha alma.
Menti mais uma vez para ela, mas ela insistiu e fazer a mesma pergunta. Não agüentei. Falei tudo o que estava preso na minha garganta há semanas.
– Porque eu te amo mais que tudo. Não posso suportar perder mais alguém que eu ame. É egoísmo eu sei, mas acredito que meu coração não vai conseguir se recuperar se eu te perder de novo. Então resolvi que era melhor pra nós dois te deixar ser feliz sem mim.
Depois que confessei isso, parecia que trinta quilos tinham sido retirados das minhas costas. Eu me expus para ela. Mostrei o que se passava no meu coração. Abri meu coração, meus braços, minha alma. E ela disse que me queria de volta. Chorou em minha camiseta e o cheiro dela era exatamente como eu me lembrava. Não consegui falar nada. E ela disse que não precisava. Ia me esperar. Ela se levantou e estava indo embora.
Não podia a deixar ir embora assim. Fiz o que o meu coração mandou no momento, a puxei pelo braço e lhe dei um beijo. Derramei minha paixão reprimida naquele beijo. Quando a liberei, estava um pouco sem fôlego.

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Marcas de Fogo
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