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– A Floresta Morta é um labirinto mortal, cercada por imensas árvores sombrias que impedem a luz do dia penetrar, tendo a impressão de que a noite nunca termina. Seu negro tom a torna ainda mais tenebrosa, e os gritos que ecoam de seu interior arrepiam e assustam até os mais valentes. Grandes Larvas são vistas por todo o caminho. Elas não atacam, mas atraem o maior de todos os canibais, a Centopeia gigante, uma criatura que vive no subterrâneo, e rasteja silenciosa, caçando tudo o que se move, comendo até as carcaças de sua própria espécie. Além deles, precisamos tomar cuidado com os poços de algas. Elas são pequenas bacias de água esverdeada e gosmenta, repletas de algas grudentas, difícil de escapar. Aquele que cair, não terá chance de sobreviver! – Explicou Elimar a todos, frente à entrada da floresta.

– O quê? – Nick espantou-se. – E nós entraremos aí?

Elimar olhou para os demais, e respondeu tranquilamente:

– Isso! – e entrou, seguido por todos.

– Só pode ser brincadeira!

As árvores pareciam observá-los e conduzi-los a morte, e o chão parecia movimentar-se, confundindo-os, e aqueles gritos, pareciam um aviso para que abandonassem a floresta.

– Odeio esse lugar! – ela sussurrou assustada.

– O segredo é não deixar a floresta te seduzir – comentou Elimar.

– Como assim?

– Ela tentará te pregar peças. Para onde olhar haverá algo sinistro, mas é apenas ilusão e temor.

– Aqui é muito quente também!

– Toda essa região é cercada por vulcões ativos.

Nick olhou rapidamente para trás, e viu um vulto esconder-se entre as árvores.

– Hei pessoal! Eu juro que vi alguma coisa!

– Não deixe a floresta te enganar! – Elimar repetiu.

"Não deixe a floresta te enganar!", ela ironizou apavorada e vigiando a retaguarda. E após um tempo começou a repetir: "É apenas coisa da sua cabeça, Nick!", e constantemente olhava para trás, sentindo que algo a seguia.

Quanto mais eles se aprofundavam, mais tenebroso o lugar se tornava, até um ponto em que a luz ficou praticamente escassa, dificultando a caminhada. Daniel e Mago acenderam tochas, e iluminavam o caminho.

Nick olhou para trás, e viu um vulto cruzar as árvores, e espantou-se, chamando-os.

– Gente! É sério! Eu vi alguma coisa!

Daniel deu de ombros e continuou a guiá-los, até que Mago apontou a tocha para o chão.

– Por que paramos? – perguntou Rebecca.

– Poças de algas – respondeu Daniel. – O caminho está fechado. Estamos encurralados!

– O que faremos?

– Precisamos voltar e encontrar outro caminho! – explicou.

Nick era a última da fila, e tentou manejar o camelo para trás, e o animal escorregou em uma poça, e ambos caíram.

– Nick! – gritou Daniel, correndo para socorrê-la.

O animal entrou em pânico, e foi rapidamente sugado para o fundo, desaparecendo, e Nick começou a desesperar-se.

Elimar a agarrou, mas a alga parecia viva e forte.

– Não solte a minha mão e não faça movimentos! As algas te puxarão mais rápido se não ficar calma! – ele usava toda a sua força para mantê-la na superfície.

Depois do Mundo ★ Livro 1 [FANTASIA/FIM DO MUNDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora