Depois do Mundo ★ Livro 1 [FANTASIA/FIM DO MUNDO]

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– Nunca pensei dizer isso: mas como é bom estar em Emiliano! – Nick suspirou aliviada, após atracarem.

O porto estava calmo e silencioso, e poucos homens e soldados circulavam, e uma densa e estranha névoa tomou conta de tudo, ofuscando a visão, mostrando apenas o branco e frio, tornando a atmosfera tenebrosa e cautelosa naquela manhã que sussurrava uma inquietação apavorante, deixando Elimar e seus amigos melindres e atentos.

– Tem algo estranho – comentou Mago intrigado, olhando em todas as direções.

Eles saltaram do barco, e rapidamente se prepararam para desaparecer ocultos entre as fendas e becos escuros e isolados da cidade. Antes, eles se despediram de Islo, e o agradeceram:

– Para onde vai? – perguntou Mago.

– Retornar à Porto Belo.

– Não é perigoso?

– Júlio é meu principal freguês, e posso convencê-lo de que foram apenas negócios.

– Está bem! – despediram-se.

Islo olhou para Felipe e o perguntou:

– Tem certeza de que não quer voltar?

– Meu irmão colocou na cabeça que precisa ajudar esses loucos, e eu... Não posso deixá-lo sozinho!

Dinho ainda mancava ferido, e ouvindo seu irmão, o abraçou apertando-o contra o peito, quase sufocando-o.

– Menos! – reclamou Felipe desprendendo-se desajeitado.

– Desejo sorte a vocês! – ele soltou as amarras, e o Rosa de Saron lentamente se desprendeu, retornando ao grande Mar dos Reis.

Alguns soldados do império se aproximavam, e Nick sussurrou sugerindo:

– Escondam-se! – ela abaixou-se atrás de alguns caixotes, e seus amigos se ocultaram pelas mercadorias espalhadas, e os Solkers seguiram seus caminhos sem percebê-los.

– Precisamos que tomar mais cuidado! – comentou Felipe.

– Os soldados certamente estão alertas! – comentou Nick.

– E para onde iremos agora? – continuou Felipe.

– Pedro! – respondeu Mago.

Haviam poucos soldados em Emiliano, já que o maior contingente estava em Thális ou acampado em Santa Cruz, deixando a cidade um pouco mais livre para transitarem, mas ainda sim perigosa. Eles seguiram por um estreito e isolado corredor, e Mago liderava-os e guiava o caminho até que chegaram em uma larga viela. Passando ele por um vão, sentiu uma estranha sensação tomar o seu corpo, e verificou cuidadosamente cada canto, e Elimar suspeitou da atitude de seu amigo, perguntando-o:

– O que está te incomodando?

– Sinto algo estranho...

– Escamoso! – gritou Nick.

Elimar e Mago rapidamente se viraram e encontraram o homem de pedra parado, na retaguarda, frio e encarando-os como de costume.

– De novo esse demônio! – comentou Mago, levantando seu fuzil para mirá-lo.

– Espere! – Elimar pensou e tocou na arma de seu amigo, abaixando-a: – Se atirar, teremos a atenção de toda a cidade!

Mago concordou, e abaixou o seu fuzil, perguntando:

– Qual o plano?

Elimar meditou e passou levemente a mão sobre o Alcor. E depois de um breve tempo, olhou para os demais e planejou: