Final

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Nick e Mago foram lançados no calabouço, junto com Felipe e Dinho. Geralmente Nick seria a primeira a tentar fugir, planejando algo, mas grande era a sua tristeza, e jogou-se ao canto chorando. Dinho sentou ao seu lado e tentava consolar a menina.

Élder acompanhou pessoalmente a prisão deles, e Mago o encarou por um minuto, dizendo:

– Todos esses anos, e seu pai nunca teve uma noite tranquila que não fosse pensando em você!

Élder encarou Mago e nada falou, e colocando seu capacete centrado e sombrio, retirou-se, deixando Mago desolado.

Felipe continuava de pé, tentando barganhar algo como água ou comida.

– Onde estará Elimar? – ele perguntou.

Mago colocou sua cabeça para trás e fechou seus olhos, e deixou uma lágrima escorrer de seu rosto.

Na câmara de Jáhva, o corpo de Daniel continuava jazendo, iluminado pelas tochas que rodeavam aquele sinistro salão, e o silêncio predominava. No bolso de Daniel, uma luz esverdeada surgiu, sugando para ela o pó do corpo de Tuto. A luz intensificou-se, e aquela pequena lasca de pedra que Tuto o deu tomou proporções, espalhando-se pelo corpo de Daniel, e o cobrindo por completo. A luz brilhou com força e o seu corpo desapareceu. Agora Daniel estava de pé, longe e perdido, e assustou-se:

– Estou vivo?!

Olhando ele para o seu corpo, estranhou. Ele havia se transformado em um tipo de criatura, como pedra esverdeada, e elevando as mãos ao rosto, percebeu que não tinha boca, e espantado, finalmente compreendeu:

– Eu... Eu me transformei no Escamoso!

– Você Devaron agora!

– Tuto?

– Tuto ajudar Devaron!

– Onde estamos?

Alguém se aproximou pela mata, e Daniel se escondeu entre as fendas, e Tuto o seguiu. Rapidamente ele viu Elimar e outro Daniel aproximarem-se, caçando coelhos selvagens. Eles conversavam:

– Hei! Eu sei que vi! – Elimar justificava-se.

– Olhe à sua volta! Não há nada além destas malditas ruínas! – justificou Daniel.

Elimar não se convenceu, e continuou vasculhando.

– Vamos! Apareça!

– Deixe de tolice!

– Não é possível! – Devaron sussurrou a Tuto. – Esse é o dia que eu, Elimar e Mago caçamos, antes de tudo isso acontecer! Eu estou sonhando?

– Devaron não sonhar. Devaron viver esse dia!

– Se eu estou vivendo esse dia... Então voltamos no tempo?

– Devaron voltar tempo!

– Incrível! – Devaron assustou-se. – Então... Um Jirath saltará em segundos no meu outro eu e... Preciso ajudá-lo!

– Devaron não alterar passado! Pode ter problema!

– Verdade! A Feiticeira alertou sobre eu não alterar o que já estava escrito! Mas eu posso tentar dizer à eles quem eu sou!

– Só Tuto ouve Devaron! Devaron sem boca!

– Droga! Verdade!

O Jirath atacou o outro Daniel e Mago o salvou, e então rapidamente eles deixaram aquele local.

Devaron saiu da fenda, olhando tudo à sua volta e pensando, e Tuto o perguntou:

– O que Devaron fazer agora?

Devaron suspirou e pensou por um curto tempo, e novamente olhou para o seu corpo, braço e pernas, e enfim respondeu:

– Seguir nosso destino. Vamos para Emiliano!

(Continua no livro 2)

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Depois do Mundo ★ Livro 1 [FANTASIA/FIM DO MUNDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora