what's your name?

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|| Marie's point of view. ||

Era sábado, eu não trabalharia naquele dia. Estava sozinha, literalmente. Os empregados da casa tinham saído para ver suas famílias, incluindo Cecília, já que passavam a maior parte do tempo na casa fechada do "senhor" Bieber. Ainda estava me acostumando a chama-lo daquela forma, era estranho.

A parte interna da mansao era inteiramente minha, já que os seguranças da casa ficavam no Jardim. Eles não tinham férias e nem poderiam ter. Eu deveria aproveitar o dia de folga, afinal, não são todos os sábados que são folgas. São uns sim e outros não, o que é agoniante.

Me levantei da cama, ainda vestia uma camisola de ceda, apesar de já ter tomado o meu primeiro banho do dia. Não estava nem um pouco afim de vestir algo que me apertasse, todas as roupas daquele closet eram justas, apenas as camisolas que não. Desci as escadas rapidamente, fazendo um pouco de barulho.

Pela primeira vez na semana, eu me sentia bem. Sentia que poderia fazer qualquer coisa, que poderia destruir aquela casa com minhas próprias mãos, como se fosse possível. Imito uma modelo ao caminhar pela enorme sala, as almofadas me assistiam, parei de frente para o sofá, colocando minhas mãos na cintura e então fazendo uma pose. Ri comigo mesma, era bom imaginar que estava em casa.

Olhei em volta, tinha uma enorme caixa de som a baixo da TV que ficava pendurada na parede, na qual eu jamais tinha notado que ficava ali em baixo. Caminho até ela, um pé na frente do outro, então ligo. Luzes saem da grande caixa e, automaticamente, as luzes da sala escuressem, dando o ar de "balada" a mesma. Eu me assusto com aquilo, como seria possível? Assustada, eu aperto um dos botões rapidamente, e consigo ouvir o comecinho de uma música conhecida. Body party - Ciara. Sou infectada pela batida gostosa do começo, e acabo me deixando levar.

Maos no corpo, deslizando, eu balanço minha cintura, imaginando olhos sobre mim. As luzes escuressem mais, elas sabem que eu quero imaginar que estou relmente em outro mundo. Meu quadril balança lentamente, minhas mãos sobem e descem por meu corpo.

Imagino pessoas me olhando, aplaudindo o meu show, a sensação de que tinha alguém com os olhos fixos em mim era tão real... braços para cima, eu os movimentos, mãos nos cabelos, nos quadris e olhos fechados. Meus pés descalços deslizavam pelo chão aveludado, me sentia livre como nunca antes.

A música acaba, as luzes vão voltando ao seu estado normal. Eu abro os olhos e, ali estava ele, em seu terno, cabelos loiros perfeitamente alinhados para trás, os lábios entreabertos, os olhos a devorar cada parte de meu corpo. Eu me senti envergonhada, minha bochecha queima e eu abraço a mim mesma como se estivesse com frio. Pelo tamanho das minhas vestes, eu estava praticamente nua.

— é...A quanto tempo você estava aí? — disse timidamente, apertando minha pele contra os meus dedos, denunciando o meu nervosismo. Ele me causava medo, certas vezes.

— a tempo suficiente para te ver dançar lindamente por essa sala — minhas bochechas queimam com mais intensidade, eu levanto um pouco mais meu olhar, encarando seus olhos mel esverdeados. Apesar da cor, seu olhar era frio, parecia não ter vida. "Você nunca pode esperar algo bom vindo dele" lembro de uma vez Cecília ter me dito isso, e um arrepio passa por minha espinha.

— eu só estava tentando esquecer os últimos dias...— minha voz sai arrastada e baixa, encaro o chão novamente.

— não estava lhe repreendendo. Não precisa sentir vergonha em me ter aqui, quero que sinta-se em casa mesmo que não seja sua de verdade — ele fala, calmamente

Why should I care about you? - 𝙎𝙚𝙖𝙨𝙤𝙣 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora