loud silence

581 26 3
                                    

Antes de dar início à leitura, lembre-se de que tudo não passa de uma ficção e é claro que terá coisas um tanto...equivocadas?! Bem, espero que goste.

||Claire's point of view.||

Cada passo foi calculado cautelosamente. Com precisão, discutimos e encontramos respostas para perguntas que nem foram feitas. Cada plano tem uma âncora, são compostos e agora cravam em minha cabeça permanentemente.

Lembro-me do acordo estúpido tive que fazer com high e sinto meu estômago gelar por não saber exatamente o que ele quer de mim, mas essa é a intenção dele: me fazer perder as noites de sono, pensando na maneira desvairada como me olhou ao dizer "tem uma dívida a ser realizada comigo, mas não lhe direi qual. Saberá no momento certo, e essa não é a hora."
Me mantive quieta naquele instante, sabendo que no tempo definido, eu teria que cumprir.

Os segundos são cruciais. Quando abro os olhos, tenho uma arma potente em minha mão que combina com a cor negra de minhas vestimentas. Olho para frente e avisto Christian retirando um homem de dentro do carro-forte pelo colarinho; máscara caliginosa a cobrir seu rosto e esconder sua identidade. Me sinto  parte deles.

Quando me viro em outra direção, percebo que high faz o mesmo que ele, arrastando outro pobre homem pelo asfalto escaldante até que encontre o seu amigo, e apenas ali ele o solta, apontando a arma na direção de suas cabeças.

Me surpreendi depois que justin de fato quis usar aquele tipo de roupa, já que antes, ele costumava fazer uso de vestes demasiadamente coloridas apenas para ser pego pela polícia e rir dos inócuos que o cercavam, mas nunca conseguiam o que queriam. Também pelo fato de eu poucas vezes ter presenciado momentos em que ele fazia uso de armas, pois não era tão necessário quando suas mãos eram extremamente precisas na utilização de facas e outros objetos cortantes.
Parece que as coisas mudaram depois de minha partida. Gosto disso.

Ele não pronuncia nenhuma palavra, tem consciência de que pode ser reconhecido pelo timbre de sua voz, que é algo que eu particularmente acho peculiar. Vejo que isso também mudou, já que o próprio só faltava gritar aos ventos para que todos pudessem reconhece-lo. Menos mal. Não quero ficar em um espaço limitado outra vez, não agora.

Não tenho muito o que fazer, apenas tomo o lugar do meu ex após ele gesticular com a mão livre, dando espaço para que eu possa assumir o controle. Olhos repletos de lágrimas, a cor viva se destacando no centro das córneas avermelhadas. Reconheço aquela sensação; é a sensação de controle e domínio de uma situação delicada. Já senti isso antes, quando ia contra as regras impostas por high para simplesmente pegar uma arma e atirar, ou talvez sair sem o seu consentimento. Ele não era o único a fazer as regras, embora na maioria das vezes, conseguisse tomar a liderança das situações.

— fiquem de pé, porra! — uma voz conhecida ecoa dentro de meus ouvidos, meu olhar é certeiro em Ryan, que tinha acabado de quebrar uma regra: nada de falas. Devemos ser silenciosos. Ele não parece notar que aquilo era algo completamente equivocado.

Os homens se levantam, com os uniformes acizentados, parecendo estar com coletes à prova de balas por baixo do tecido; sabem do perigo e com certeza temem por suas vidas. Na mira de minha arma e da de Ryan, eles aparentavam querer fazer xixi ali mesmo, pois estavam inquietos e trêmulos. Quase rio. O sexo oposto é realmente cômico quando se trata de demonstrar simples emoções como o medo.

— já podem ficar nuas, gracinhas — Ryan fala ao meu lado em um tom risonho, segurando sua pistola calibre cinquenta na direção deles, que parecem não compreender o que ele diz. — não ouviram? Tirem a roupa de uma vez, ou querem dançar ao som dessa maravilha aqui? — ele oferece as opções, e eu tive que reprimir uma risada provavelmente alta. Não consigo ver seu rosto, pois estava coberto pela máscara idêntica a minha, pelo menos isso ele cumpriu.

Why should I care about you? - 𝙎𝙚𝙖𝙨𝙤𝙣 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora