bad day

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Justin's point of view.

Os olhos azuis da garota eram intrigantes e perdidos, eu olhava para ela e procurava por respostas. Por que pularia pela janela e tiraria a sua vida? Por que não trancou a porta? Se quisesse de fato se matar, teria feito corretamente.

Pessoas suicidas possui inteligência, e ela foi burra demais em tentar tirar sua própria sem ao menos um preparo. No meu ponto de vista, tudo aquilo foi apenas um teatrinho. Garotas mimadas fazem isso para chamar a atenção dos pais. No caso dela, queria chamar a minha atenção.

Não nos atrevemos a quebrar o silêncio, meu olhar para ela era de desgosto, mas a própria não notava isso, pois tinha seus olhos pávidos grudados no teto, enquanto seu corpo estava em seu leito. Lágrimas silenciosas saiam dos olhos brilhantes da própria, não sentia pena. Meu corpo se recusa a sentir qualquer fio de sentimento que um ser humano é capaz de ter, as regras não permitiam.
Se estivesse em seu lugar, trancaria a porta e faria o menor dos barulhos, para assim conseguir retirar a minha vida sem que ninguém perceba. Todas preferiam morrer ao passar a vida inteira ao meu lado.

— por que tentou pular da janela? — penso alto demais ao dizer, os olhos chorosos dela viram lentamente para mim, ela engole a saliva em sua boca, mesmo que ela agora seja mínima.

— isso não é da sua conta. — diz com frieza, mas não me atinge. Novamente, volta a encarar o teto. Ser ignorado me deixa extremamente nervoso, mas não permito que minha frustração seja notada.

— tudo o que acontece dentro dessa casa, é da minha conta, garota. — cuspo as palavras, mas ela ri mesmo com lágrimas nos olhos, me parece uma risada vazia.

— você é mesmo um idiota — diante de seu insulto, apenas mantenho minha postura rígida e travo o maxilar, precisava me manter calmo em toda e qualquer situação.

— quero que responda a minha pergunta — insisto, ganho sua atenção novamente, dessa vez está séria.

— ou o quê? — seu olhar é desafiador.

— responda a minha pergunta, Stewart. — falo em um tom grave, um tanto ameaçador; Marie se ergue e fica de joelhos na cama, de frente para mim. O azul piscina de seus olhos desapareceu, agora só restou a lama do fundo.

— eu odeio você, Bieber! Você e toda a sua família. — sua voz era alta e afiada, um sorriso mínimo aparece em meis labios. Ver mulheres nervosas sempre foi algo Hilário para mim.— Vocês se sentem superiores, e realmente vocês são, porque vocês destroem a vida das pessoas e nada de ruim acontece com vocês. Eu espero que todos morram da pior maneira possível, espero que você queime no inferno junto com o seu pai! Eu tenho nojo de vocês! — o sorriso desaparece no momento em que sinto algo molhar meu rosto, levo a mão até o local e olho para ela, não expresso nenhuma reação diante daquilo. Ela me cuspiu. Antes que seja capaz de dizer mais coisas inúteis sobre minha pessoa, eu transfiro um belo tapa de mão aberta no lado direito de seu rosto, o que a faz cair na cama com a pressão.

— jamais volte a repetir tais palavras para mim. — falo próximo ao rosto dela, que estava vermelho e afundado no travesseiro. Lágrimas eram cada vez mais visíveis e luzidias mesmo com a pouca iluminação.

— seu inútil, seu inútil! — ela não me dá tempo de responder, sinto seus dedos nos fios de meus cabelos, sua força não me permite voltar a minha posição normal de imediato; seu peso em minhas costas quase me faz perder o equilíbrio, a dor aguda fica cada vez mais presente em meu couro cabeludo.

Me apresso e ando para trás
ligeiramente, batendo seu corpo contra a parede e me satisfazendo com o seu gemido de dor. Ela perde as forças com o impacto, e solta meus cabelos, o que me dá tempo de virar e tomar o seu pescoço com minha mão. Ergo o mesmo, ela estava na ponta dos pés e eu sorria de maneira sádica para o seu rostinho avermelhado.

Why should I care about you? - 𝙎𝙚𝙖𝙨𝙤𝙣 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora