Why should I care about you? - 𝙎𝙚𝙖𝙨𝙤𝙣 1.

sinning is human

||Claire's point of view.||

some days before

— preciso que arrume uma forma de sabotar o sistema de segurança do Jeremy — a voz de tzar pareceu robótica ao telefone, então deixei Marie dormindo no quarto e fiquei na sala, tentando decifrar o que exatamente ele queria.

— você ficou louco? eles vão me matar...— sussurrei tão baixo que tive dúvidas de que ele pudesse me ouvir.

— matarei você se não cumprir com sua palavra, preciso que faça isso. Arranje um plano e execute. — aspirei o ar para meus pulmões; ele estava falando sério.

— mas o que você fará? — não permiti que medo fosse transmitido por minha voz, mas mesmo assim mordi o lábio.

— ficará sabendo na hora certa.

— mas... — e ele desligou. Raiva dominou meu corpo de modo que minha única reação fosse atirar o celular contra a parede a minha frente, observando-o desmontar no exato momento em que se chocou com a própria, caindo no chão morto.

today

A grama bem cortada e úmida dava destaque à entrada da mansão Bieber. Flores para ambos os lados, e uma bela fonte de pedras naturais formavam níveis d'água superiores e inferiores, jorrando e jorrando. O movimento dos seguranças de preto era quase sufocante, e além dos sons de pássaros em seus ninhos, era possível ouvir o bip dos rádios de cada um deles a alguns metros de distância.

— Claire? — a voz distante me fez parar no terceiro degrau de mármore, e me virei, abrindo um grande sorriso ao ver meu amado irmão. — o que faz aqui?

— o mesmo que você faz aqui, irmãozinho — desço os degraus, ficando mais perto do próprio para retirar a pequena poeira que se acumulou em seu terno.

— eu trabalho aqui. — seu tom é grave, sério. Deixando claro suas emoções em relação à mim.

— bom, então significa que você é o mais indicado para fazer o que eu preciso — segurei em sua mão com firmeza, guiando-o para um lado do Jardim onde sabia que as câmeras não alcançavam, e o movimento era menor.

— o que quer? — disse ele, soltando-se e ajeitando o uniforme em seu próprio corpo. Olhei para os lados e depois para ele, a voz um pouco mais que um sussurro:

— preciso de um favor...

— Claire Lee Wright, quando você usa esse tom...— soltei o ar de forma pesada, e permiti que minha mão se unisse a dele, apertando-a.

— eu não uso esse tom quando estou brincando; ou uso? — engoli em seco. Desespero com certeza brilhava em meus olhos, entregando o quanto estava encurralada.

— não quero fazer parte disso — e mais uma vez, sua mão fugiu do meu toque. Minhas sobrancelhas se uniram na testa sem que eu ao menos notasse.

— Mason... Acredite, eu também não queria que você se envolvesse nisso, mas eu... vou morrer se não me ajudar.— e pela primeira vez, minhas pernas bambearam nos saltos, lembrando-me de um medo constante que sempre vem a tona: a morte.

— estou ouvindo — minha mão percorreu meu próprio corpo até encontrar um saquinho em um dos bolsos e mais uma vez, me certifiquei de que ninguém nos olhava antes de aproximar o conteúdo de Christopher.

— preciso que coloque isso na bebida do Adrian, sei que é ele quem fica nas câmeras no horário de meia noite até as seis da manhã. Preciso que ele esteja dormindo para não acionar o alarme nesse período...