Quinze ✅

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PS: quero os feedback desse capítulo

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Alisson Parker

Na calada da noite a campainha toca, enquanto, com os olhos ainda avermelhados pelas lágrimas, um  conjunto de moletom aconchegante, juntamente com cobertas em volta do corpo, Alisson assistia a uma série qualquer.

Com um suspiro, ela pragueja quem estaria lhe chamando àquela hora, pausa sua série de forma preguiçosa e se levanta, já imaginando que se fosse o ex namorado, com prazer ela tacaria um vaso de flores na cabeça dele.

Ainda resmungando ela vai atender a porta sem incomodar em se arrumar, afinal, estava em sua casa então era um direito seu, pensava.

A surpresa é nítida ao constar quem estava ali. Praguejou duas vez ao se dar conta que senão fosse pelo pensamento tão tosco que tivera há alguns segundos sobre ser o seu direito estar bagunçada em casa, poderia estar mais apresentável. E o constrangimento poderia ser menor.

— Airon — ele dá um meio sorriso quando ela abre a porta, mas o mesmo some ao analisar o seu rosto que deixava claro o seu choro.

— O que aconteceu ? — a irritação era clara enquanto perguntava.

— O que você faz aqui? — a curiosidade de Alisson com certeza era maior do que a importância que daria ao seu choro, já que Airon estava parado a essa hora à sua porta.

— Alisson, eu sei que é tarde, mas hm... posso entrar? — Airon passava a mão no cabelo como se estivesse ansioso, o que ela não saberia dizer pois o mesmo não demonstrava absolutamente nada em seu semblante.

— Entre...

Alisson não saberia explicar, mas a presença dele em sua casa despertava sentimentos interessantes... como se eles já tivessem feito aquilo inúmeras vezes, vivido aquele momento, e ela não queria essas emoções tão cedo.

— O que houve com você? — A pergunta dele a tira do torpor, e agora ambos estavam sentados um do lado do outro no sofá.

— Está tão na cara?

— Sim está, e seus olhos estão vermelhos — Airon se ajeita no sofá e fica virado de frente para ela.

— Eu fui traída, mas eu estou bem — ela esperava alguma reação, mas ele apenas a olha como se esperasse algo dela.

— Sabe, Alisson... eu costumava achar que homens não choram, mas quando o fiz pela primeira vez... foi libertador e não me arrependo de nenhuma lágrima derramada.

É engraçado como uma pessoa reage a outra, como quando observamos alguém bocejando e automaticamente fazemos igual. Naquele momento com Alisson não foi diferente, assim que ele terminou de falar as lágrimas voltaram a deslizar pelo seu rosto.
E quando se viu, estava se abrindo com ele:

— Eu não esperava... namorávamos há quatro anos. Não eram dias. E éramos incríveis, mas quando paro para analisar eu vejo o quanto a nossa relação era tóxica. Ele era carinhoso, mas as vezes pisava na bola e por ele ser bom, eu acabava perdoando..., mas traição? — Um soluço escapa dos seus lábios, e ela faz uma pausa enquanto Airon está atentamente ouvindo cada palavra, Alisson então continua: — eu esperava de tudo, menos traição... eu dava tudo a ele, Airon, eu fazia de tudo, não tem explicação.

— Às vezes as coisas acontecem sem uma explicação lógica, apenas acontecem — ele fala tombando a cabeça no encosto do sofá igual a ela.

— Sim... eu achava que iria sofrer, gritar, mas estou bem. Isso tem algum sentido ?

— Talvez tenha...

Alisson abre um pequeno e confuso sorriso, mediante a conversa, então volta a pensar sobre a sua presença tão estranha ali, enquanto ele parece totalmente alheio a esse fato.

— Por que você está aqui, Airon?

Continua...

Airon Bonucci Onde histórias criam vida. Descubra agora