Vinte e sete ✅

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Alisson Parker

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Alisson Parker


Caminhar pela casa sentindo o corpo leve do pós sexo, trouxe um sorriso para os lábios da Alisson. Não era do feitio dela se entregar daquela forma, até mesmo com Scott levou tempo até consumir o ato sexual, mas o Airon trouxe uma fagulha nova em seu peito... com ele tudo parecia diferente; novo! De certa forma, essa era a melhor palavra que ela poderia associar a Airon, e tudo o que ele trazia para a vida dela.

Mas após estar tanto tempo perdida em pensamentos relacionados ao homem que tem mexido tanto com ela, Alisson decide arrumar a casa e cuidar da sua gatinha, Diane, e ao terminar isso, resolve ligar para a sua mãe.

Graças aos últimos acontecimentos, as duas não haviam se falado tanto, e depois de tudo, essa era uma ótima hora para conversar com a mãe.

— Oi, minha bundinha — a voz animada da Rachel Parker, soa ao telefone, fazendo Alisson rir e ao mesmo tempo revirar os olhos com o apelido tão tosco chamado pela mãe.

— Ah, mãe! Já pedi para não me chamar assim — Alisson senta no braço do sofá, e se joga para trás, caindo confortavelmente no assento.

— É exatamente por isso que te chamo assim, querida.

A provocação da mãe apenas faz Alisson rir, e mesmo que o apelido não seja um dos melhores, não há como evitar um largo sorriso por estar falando com a mãe.

— Como você está, filha?

— Estou muito bem, mãe.

— Hmm, por que eu sinto que tem algo a me contar?

Mesmo se quisesse Alisson não conseguiria mentir para a mãe, ou omitir qualquer coisa dela; desde pequena foi ensinada a confiar e contar a verdade para a Rachel. O que com o passar do tempo, passou a fluir automaticamente, mas às vezes Alisson pensava – e até chegava a acreditar – que sua mãe tivesse algum tipo de dom, pois não importava o tom de voz que ela usasse, a mulher sempre parecia saber quando havia algo diferente com a filha.

“Era incapaz de fugir da própria mãe” pensava com certa graça, encarando o teto do seu apartamento.
Mas então, deixando os pensamentos de lado, Alisson soltou um longo suspiro.

— Além de terminar com o Scott, que me traiu, eu me envolvi com outro cara: o Airon — ao soltar a verdade, que já estava deixando a mãe agoniada do outro lado por toda a espera, a linha fica muda e Alisson se questiona sobre ser realmente necessário contar à mãe tudo isso. 

— Primeiro: eu sempre soube que o Scott não era para você — a voz da mãe a faz suspirar com alívio, feliz por tudo estar bem do outro lado. E a mulher apenas continua a falar: — como está em relação a isso, filha?

— Eu achei que ia ficar muito mal, mas eu não sinto nada além de alívio por ter acabado e um sentimento de liberdade, mãe... você entende?

— Entendo... e o Airon?

— Bom... nós transamos e foi incrível. Eu não esperava sentir essa avalanche de coisas. É tão confuso, mãe.

— Você desde criança foi assim, querida. O que você está sentindo é ansiedade pelo desconhecido. É a primeira vez que alguém, de fato, mexe com a sua cabeça. Se fosse só química, você não estaria se martirizando, mas você já tem sentimentos.

As palavras da mãe fazem com que Alisson suspire outra vez, agoniada com tudo o que ela não conseguiu dizer a si mesma, e de repente a mãe estava falando. Mas era óbvio! Sua mãe a conhecia melhor do que qualquer pessoa, e certamente poderia falar sobre o que ela sentia dessa forma... como se estivesse ali a sua frente, acompanhando tudo o que ela passou.

E mesmo assim, ainda havia todo o receio do que sabia que sentia por Airon.

— Mas não é muito cedo, mãe?

— Tem pessoas que demoram 5, 10 anos para encontrar o verdadeiro amor, e outras, filha, demoram dias. Às vezes é um olhar, um toque, que diferencia tudo. Não se prive, meu amor.

Agora, um sorriso singelo toma conta do rosto da garota, com a certeza de que a mãe a conhecia como ninguém, e era a melhor conselheira que ela poderia encontrar, e todo o receio em contar tudo para ela, pareceu sumir depois das suas palavras.

— Obrigada, mãe — fala mais tranquila, sentindo uma leveza diferente.

— De nada, querida. E, você sabe, é aquela história da fila, não é?

— Do que você está falando, mãe? Que fila?

— A fila anda, Alisson! Agarra logo esse homem!

As gargalhadas seguintes são inevitáveis, tomando conta dos dois lados da linha e levando embora todo o medo que antes habitava na mente da garota, e após conversarem por mais alguns minutos, ambas se despedem e finalizam a chamada.

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Airon Bonucci Onde histórias criam vida. Descubra agora