"A queda ensina o coração."
Ele vive no passado.
Ela vive no presente.
Ele apagado pelas sombras.
Ela iluminando os caminhos.
"Me quebre em vários pedaços com a tua dor, mas por favor, não me deixe..."
Airon Bonucci é um homem que desde cedo desc...
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Airon Bonucci
Voltar a casa de infância de Airon, o fez ter pensamentos nostálgicos. Mesmo diante de tais tragédias, foi na enorme casa à frente que ele cresceu e se desenvolveu. Ainda tentava processar as indagações do Capo. Se ele fosse um pouco mais religioso ajoelharia e imploraria para que seus pais adotivos não tivessem nada a ver com a situação dos Bonucci. Airon não aguentaria uma traição desse tamanho, podendo cometer um ato desatino e com certeza, orar e implorar a Deus, não era algo que ele costumava fazer.
— Tem certeza que quer fazer isso? — Vincent pergunta, deixando claro o seu semblante aflito.
Não era para menos, o amigo sabia que ele moveria tudo o que fosse possível para vingar a família, e querendo ou não, se tratava da dele também. Restava saber de que lado o amigo ficaria, caso toda a bomba perdurasse para o lado dos Jones.
— Eu preciso saber da verdade, mano. Eu não saio daqui sem tirar tudo que eles me esconderam.
— Airon, são os nossos pais — Vincent se aproxima segurando o braço do amigo, com um pedido silencioso de paz.
— No momento, eles são apenas os Jones.
Airon se solta seguindo até a porta principal da casa, que se abre graças ao sensor de reconhecimento, destrancando-a. O cheiro fresco de bolo sobe no ar, e Airon se lembra que toda as vezes que voltava da rua ou escola, Jane, preparava um bolo de cenoura para ele.
— Meus filhos, lembraram que eu existo — a bela mulher, no auge dos seus quarenta anos surge com um vestido nude moldando suas curvas avantajadas. Jane estava linda, mas no momento trazia um olhar reprovador de mãe.
— O bom filho a casa retorna, esta gostosona mamãe — Vincent sorri e a abraça levantando do chão, e recebe um tapa estalado na cabeça.
— Me respeite menino.
— Mamãe, realmente a senhora está um espetáculo — Airon a cumprimenta, e recebe o mesmo olhar de carinho para si. A chamava de mãe, desde os seus dez anos, a considerava com uma, mas sem destratar a memória dos seus pais.
— Agora que cansaram de me iludir, que tal sentarmos no sofá. Acabei de fazer um bolinho — Jane sorri animada, mas logo se esvai ao reparar nas expressões deles.
— Não iremos demorar, mãe.
— O que aconteceu? — Jane arruma a postura, pronta para resolver o que for preciso.
— Na verdade viemos falar com o papai, não se preocupe. Apenas tratar de um assunto — Vincent responde tomando a frente, e Airon apenas concorda.
