Quarenta e nove ✅

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Airon Bonucci

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Airon Bonucci

O relógio marcava uma hora da manhã, no momento em que Airon chegou ao endereço escrito no bilhete por Melina, entregue à ele momento antes de saírem do rancho. Era em outra cidade e a pequena casa à frente mostrava que o lugar era proposital para encontros. De longe ele observa a rua estreita com pouca iluminação, mas ainda assim, era perceptível os homens armados escondidos atrás dos muros de umas casas aparentemente abandonada.

— Tem dez homens te cercando, todos armados com AK-47. Estamos de M-16, mano. Até que podemos brincar — Airon escuta Vincent informar através da escuta em seu ouvido, e assente discretamente voltando a andar até a casa.

Era arriscado. A essa altura do campeonato todos já sabiam quem ele era, e se por acaso deixasse o receio falar mais alto, com certeza sairia dali com vários buracos de bala em seu corpo. Ele precisava agir, mostrar sua posição e demostrar toda coragem insana que havia dentro de si. Mesmo sendo dez contra um.

Ainda que tivesse Vincent e seus seguranças, os caras daqui eram muito mais hierarquicamente eficientes e imponentes. Antes dele chegar até a porta, um tiro ecoa arrepiando seus braços: ele estava sendo recepcionado.

— Está fraco, demônio. — Um chute acerta Airon, que cai ao chão e logo em seguida tem seu rosto socado repetidas vezes.

A adrenalina sobe e o que ele guardava, começa a ser revelado... Fazia tempos que Airon não lutava e de certo modo, sentia como se o corpo clamasse por uma libertação.

Cuspindo o sangue de sua boca, ele se levanta. O homem em sua frente é branco, de altura mediana e possui fortes músculos em toda extensão do corpo, e ele era o sacrifício da noite. Um soldado disposto a dar sua vida pela do Capo.

— O mal do ser humano é ser autossuficiente a ponto de menosprezar a força do outro — Airon responde antes de dar um chute lateral perfeito, sendo capaz de ouvir o estalar na coluna do homem.

A vontade era de mata-lo, socando com toda força que tinha a ponto da cabeça se desfarelar pelos seus dedos, mas seu inconsciente o fazia sentir o cheiro de flores... e ele apenas finaliza em segundos o homem já machucado, que desmaia no chão.

— Eu estava me perguntando, quanto tempo você demoraria a vir até mim, Airon Bonucci.

Da porta surge um outro homem, alto com a barba ruiva aparada, nas suas mãos jazia uma bastão preto envernizado e atrás de si duas mulheres, uma negra e outra loira, com vestidos curtos, o acompanhavam. Chegando mais perto o homem o encara fixamente com seus olhos azuis claros.

— Capo, Lorenzo Jehovin — Airon faz um breve cumprimento abaixando a cabeça.

— Levante-se, Boss.

— Não sou um chefe.

— Não podemos fugir da família, Airon. Os Bonucci tem um valor bastante estimado.

— Eu não ligo para valores, capo! Eu vim aqui por um propósito.

— Bom, se você não é mais da família... nós não temos nada a tratar — Lorenzo ameaça a sair, mas volta sorrindo. — ou podemos fazer um trato.

— O que você quer?

— Uma aliança, terei liberdade para atuar em seu território e usar o nome da sua família quando bem entender. Simples, Airon.

— Você quer liderar o meu legado?

— Sim, perdemos bastante fornecedores depois que seus pais morreram e logo após você não sucedeu efetivamente o legado, quero exercer o controle da sua casa.

— Aceito! — Airon estende a palma da mão para selar o acordo, mas Lorenzo apenas sorri, deixando visível uma covinha na bochecha.

— Mas não depende só de você...

— Eu sou o único sucessor da casa.

— Será? Talvez seu amigo, Vincent, queira se juntar a nós. — Após falar isso, Lorenzo vira para olhar atrás de Airon, onde o amigo vem sendo seguido por dois brutamontes armados.

— O que Vincent tem a ver com isso, Lorenzo?

— Os Jones? Tudo... nada que uma troca justa. Raul foi o melhor amigo do seu pai por anos, Airon. Contudo, sempre precisou de ajuda financeiramente, criando várias dívidas. Uma delas foi com os Miller, seu pai, Vincent. Conhecia os irmãos, Alan e Adam e ele sabia que a casa dos Bonucci seria atacada, Raul só não esperava que vocês saíssem vivos.

— Você está dizendo que o cara que cuidou de mim, sabia que a minha família seria morta?

— Você só pode ser um filha da puta! Para inventar essa merda. — Vincent grita e todos os homens que estavam escondidos aparecem sacando suas armas, mas são repelidos por Lorenzo.

— Vou fingir que não houve essa ofensa, soldado! Apenas por você estar alterado, mas saiba que na próxima vez que me desafiar desta forma, seu corpo será entregue decapitado para a sua família. — O capo o encara com um semblante sério e ameaçador: — não tenho motivos para mentir, já fiz a minha parte, agora é com você, Airon.

— Airon, meus pais nunca fariam isso! — Vincent se aproxima pálido e nervoso, sua fala é rápida e embolada.

— O que você sabe sobre a morte da minha irmã?

Airon não poderia deixar de questionar Capo sobre isso. Se o que ele tinha dito era verdade, talvez pudesse descobrir mais coisas, mesmo que a raiva estivesse começando a consumi-lo, derramando sobre ele os sinais da traição.

— Ah, a pequena Melissa. Uma garotinha encantadora, eu não me meto em brigas de família. Você sabe que vingança é olho por olho, mas confronte o Raul e ele lhe dirá como a sua irmã realmente morreu e tudo o que aconteceu naquele dia.

 Você sabe que vingança é olho por olho, mas confronte o Raul e ele lhe dirá como a sua irmã realmente morreu e tudo o que aconteceu naquele dia

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Quando vocês acham que o mistério já foi revelado, tantantan ( leiam no tom de mistério) rs

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