Capítulo 02

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EVELYN

SEGUNDA-FEIRA

Ugh as pessoas são tão sórdidas! Limpei o suor espesso da minha testa e soltei um suspiro profundo. Eu odiava o meu trabalho nesta merda de motel, era nojento. Certamente mostrou-me como os humanos podem ser horríveis.

Eu queria ir embora. Eu precisava um lugar novo para trabalhar, mas não foi simples - o mercado de trabalho no momento era desastroso. Pelo lado positivo, esse lugar ficava próximo a mim. Por que você deixaria lençóis manchados de sêmen no meio da sala?

Pelo menos era quase o fim do meu turno. Eu mal podia esperar para chegar em casa para ver a minha filha, Daniele. Ela tinha acabado de fazer sete anos e era a coisa mais doce do mundo. Ela fez toda arduidade desse trabalho de merda valer a pena. Quando eu olhei nos olhos dela e vi o que estava fazendo, não parecia tão difícil.

Eu tive sorte de ter minha melhor amiga, Taís, para cuidar dela.

- Evelyn? - a voz rigorosa de Saulo chamou-me pela porta do quarto. - Assim que terminar aqui, preciso falar contigo no meu escritório.

- Mas já é o fim do meu turno... - eu só queria ir para casa. Eu não queria ouvir o Saulo tagarelando sobre os requisitos de saúde e segurança. - Eu preciso voltar para minha filha.

- Não vai demorar muito. - o som de sua voz me deu um arrepio para cima e para baixo na minha espinha. - É fundamental.

Pelo amor de Deus! Quando o Saulo saiu, revirei os olhos e soltei um suspiro de raiva. Essa era a última coisa que precisava. Eu fiz a maior parte do trabalho. Eu certamente não fui paga o indeficiente para ficar mais tempo do que meu turno, então estava tudo bem. Não havia mais sujeita no quarto e o sêmen havia sumido. Isso foi uma vitória para mim.

Enfiei o balde de limpeza de volta no armário e puxei meu avental pela cabeça. Não fez muito; as roupas que eu usava por baixo estavam sujas como inferno, mas isso dificilmente importava. Não era como se eu tivesse um lugar bom para estar. Casa e trabalho, trabalho e casa, era tudo o que eu fazia atualmente.

- Ok, Saulo. - anunciei com raiva enquanto empurrava a porta do escritório. - O que está acontecendo? É uma nova legislação? Posso apenas pegar uma planilha ou algo para aprender?

- Oh não, não é isso. - ele bateu os dedos em um gesto intimidador. - É outra coisa. Por favor, sente-se.

Eu cruzei os braços sobre o peito e fiz o que ele ordenou, o tempo todo planejando mentalmente quanto tempo levaria para voltar à casa. Eu queria estar lá antes que a Daniele fosse pra cama para que pudesse desejar boa noite a ela. Isso parecia muito mais importante do que... o que quer que fosse.

- Ok, Evelyn, como eu tenho certeza que você está ciente de que há algumas mudanças que precisam ser feitas por aqui.

- Tem? - eu não tinha notado nada sendo modificado nos dezoito meses em que trabalhei aqui. Muitas coisas precisavam de um enfeite, mas eu não conseguia imaginar isso ocorrendo. - Como o quê?

-Bem, nomeadamente a nossa equipe. - isso fez meu coração afundar um pouco. Mudanças na equipe não pareciam ser a melhor maneira de iniciar uma reunião. - O motel tem perdido dinheiro no último ano e, para recuperar os custos, precisamos reduzir nossa força de trabalho.

Mãe Solteira do Meu BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora